- O "absolutismo", no Reino de Portugal, começou em D. Afonso Henriques e manteve-se até D. Miguel I.
- A monarquia católica no Reino de Portugal manteve-se até D. Miguel I. Depois, apenas era gerida a auto-demolição.
- O nome "absolutismo" surge para denegrir o sistema tradicional de monarquia aproveitando os casos do regalismo (portanto, fugas de certos monarcas aos compromissos católicos a que estavam jurados e investidos perante Deus).
![]()  | 
| D. Miguel I de Portugal derrotando o Inimigo da Pátria e assistido pela graça de Deus | 

5 comentários:
Por amor de Deus! Então o absolutismo começou em D. Afonso Henriques? Francamente nunca tinha ouvido isso. O Absolutismo é uma moda da monarquia que teve o seu tempo. Nunca ouvi ninguém dizer que o absolutismo existia no tempo de D. Afonso Henriques. Exagerou sem dúvida, e bastante.
JSampaio,
Obrigado por comentar o artigo.
A. Nunca ouviu dizer tais coisas seguramente por dois motivos:
1 - História Escrita Pelos "Vencedores": Depois da invasão desolante (vitória demoníaca) os absolutistas (portanto, os miguelistas) não escreveram para o público a respeito do assunto. Viram o Rei D. Miguel I no exílio, o Rei legítimo, e esperava-se a reposição da normalidade por meios sensatos. O tempo foi passando.Viram assustados a destruição gradual de Portugal e foram ficando reduzidos a um grupo cada vez menor assistindo com muita dor à tendência mundial de liberalizar, corromper descatolizar-se e, enfim até "modernistar-se". O material conhecido pelo público é feito por liberais ou pessoas que, vindas do mesmo ambiente liberal/republicano, acabaram por um dia reconhecerem o mal que era não dar razão aos miguelistas (aderiram mais pela questão da legitimidade ou até por justo repúdio ao liberalismo e à maçonaria). Os escritos miguelistas de conhecimento público e da época (portanto, muito poucos) são já os que não eram privados naquela época.
2 - O Reconhecimento de que a Crise Global É Ideológica-Doutrinal: Há documentos históricos, fundamentais desta época, que nunca foram do conhecimento público e que são guardados pela nobreza (há documentos e certo tipo de material que esteve secretamente guardado, e nem todo apareceu ainda). Há miguelistas que sobrevivem, e há miguelistas que se fizeram depois (aderiram), outros houve que, por se "modernistarem", foram deixando de ver a situação e começaram a deslocar-se ideologicamente para o outro lado. Os liberais não tiveram qualquer tipo de resistência posteriormente e não houve necessidade de escreverem mais do que tinham feito (foi simples). Ao mesmo tempo, pela mão da monarquia liberal, a Nobreza era cada vez mais reprimida (e até falsificada, duplicada) face ao avanço da revolução constante que foi levando à República pela mão da maçonaria. Só quem não conhecesse este terrível e progressivo rebaixamento desolante, sem retorno, poderia aventurar-se em escrever uma obra absolutista, tanto mais que se foram somando catástrofes constantes e cada vez mais graves até à revolução chegar ao âmago do próprio catolicismo. O mundo tinha deixado de ser católico como monárquico.
B. Diz-me que o absolutismo foi uma moda. Ainda há pouco tempo ouvi dizer que o "absolutismo" era um abuso que consiste na centralização do poder no Rei ao ponto de dispensar as Cortes. Se é realmente assim, então o absolutismo não é um sistema estabelecido (não existe como sistema), por dois motivos:
1 - Se o sistema monárquico sobre qual o Rei abusa era católico, então o absolutismo seria um regime católico sobre o qual o Rei abusou, e o absolutismo teria então de ser entendido como uma irregularidade ilegítima e querida pelo Rei. Em suma, o absolutismo seria uma irregularidade cometida contra o próprio sistema e não um sistema;
2 - O Rei é diante de Deus responsável pelo Reino. Logo a função do Rei católico sempre foi central. Ora esta nota é própria das sagrações dos reis católicos e agir em contrário seria sim uma irregularidade, uma irresponsabilidade. O "centralismo" é um adjectivo pesado, tal como será se o aplicarmos a um pai de família católica por cair nele a mais alta responsabilidade pela sua família, mas muito mais pesado é o uso de "absolutismo" para dizer o mesmo mas com intenção de denegrir. A monarquia católica sempre teve como FUNDAMENTO da monarquia o Rei-pai. A monarquia, em si mesma, é hierárquica, e depende de um Monarca que rege a ordem social submetendo-se a única vontade que é a de Deus. Se isto é absolutismo então é absolutismo toda a monarquia tradicional católica.
Afinal, resta mesmo que o tal "absolutismo" seja nada mais nada menos que uma tentativa de ataque à monarquia tradicional (católica, obrigatoriamente) pela questão da tal "centralidade", pois as ideias democratistas já se iam insurgindo.
Consegue identificar que Rei em Portugal fundou um regime absoluto?... provavelmente não... Pois o "absolutismo" aparece como adjectivação posterior, e essa sim que é moda! Quanto aos absolutistas, ele apenas são assim conhecidos por se oporem aos regimes não tradicionais que surgiram (o liberalismo). Trata-se de uma forma de identificação num contexto determinado tal como hoje os católicos têm de ser chamados "tradicionalistas" para se distinguirem dos "católicos liberais" que são a maioria e se dizem apenas "católicos".
etc...
Parabéns pelo resumo.
Quando dizem «O "absolutismo", no Reino de Portugal, começou em D. Afonso Henriques e manteve-se até D. Miguel I.» parecer aos leitores que o absolutismo começou desde D. Afonso Henriques. A bom entendedor entende-se que tanto é absolutista D. João V como qualquer outro rei anterior.
O marquês de Pombal anda agora a ser chamado de absolutista. Mas, desde os bancos de escola, sempre dissemos despotismo esclarecido.
Cumprimentos
Não está lá isso que está a dizer. Está entre aspas. O absolutismo não foi nada uma moda, tanto era "absolutismo" no tempo de D. Afonso Henriques como de outro rei qualquer. Tal como não havia absolutismo no tempo de D. Afonso Henriques também não havia no tempo dos reis mais recentes.
Enviar um comentário