- O "absolutismo", no Reino de Portugal, começou em D. Afonso Henriques e manteve-se até D. Miguel I.
- A monarquia católica no Reino de Portugal manteve-se até D. Miguel I. Depois, apenas era gerida a auto-demolição.
- O nome "absolutismo" surge para denegrir o sistema tradicional de monarquia aproveitando os casos do regalismo (portanto, fugas de certos monarcas aos compromissos católicos a que estavam jurados e investidos perante Deus).
D. Miguel I de Portugal derrotando o Inimigo da Pátria e assistido pela graça de Deus |
3 comentários:
Por amor de Deus! Então o absolutismo começou em D. Afonso Henriques? Francamente nunca tinha ouvido isso. O Absolutismo é uma moda da monarquia que teve o seu tempo. Nunca ouvi ninguém dizer que o absolutismo existia no tempo de D. Afonso Henriques. Exagerou sem dúvida, e bastante.
JSampaio,
Obrigado por comentar o artigo.
A. Nunca ouviu dizer tais coisas seguramente por dois motivos:
1 - História Escrita Pelos "Vencedores": Depois da invasão desolante (vitória demoníaca) os absolutistas (portanto, os miguelistas) não escreveram para o público a respeito do assunto. Viram o Rei D. Miguel I no exílio, o Rei legítimo, e esperava-se a reposição da normalidade por meios sensatos. O tempo foi passando.Viram assustados a destruição gradual de Portugal e foram ficando reduzidos a um grupo cada vez menor assistindo com muita dor à tendência mundial de liberalizar, corromper descatolizar-se e, enfim até "modernistar-se". O material conhecido pelo público é feito por liberais ou pessoas que, vindas do mesmo ambiente liberal/republicano, acabaram por um dia reconhecerem o mal que era não dar razão aos miguelistas (aderiram mais pela questão da legitimidade ou até por justo repúdio ao liberalismo e à maçonaria). Os escritos miguelistas de conhecimento público e da época (portanto, muito poucos) são já os que não eram privados naquela época.
2 - O Reconhecimento de que a Crise Global É Ideológica-Doutrinal: Há documentos históricos, fundamentais desta época, que nunca foram do conhecimento público e que são guardados pela nobreza (há documentos e certo tipo de material que esteve secretamente guardado, e nem todo apareceu ainda). Há miguelistas que sobrevivem, e há miguelistas que se fizeram depois (aderiram), outros houve que, por se "modernistarem", foram deixando de ver a situação e começaram a deslocar-se ideologicamente para o outro lado. Os liberais não tiveram qualquer tipo de resistência posteriormente e não houve necessidade de escreverem mais do que tinham feito (foi simples). Ao mesmo tempo, pela mão da monarquia liberal, a Nobreza era cada vez mais reprimida (e até falsificada, duplicada) face ao avanço da revolução constante que foi levando à República pela mão da maçonaria. Só quem não conhecesse este terrível e progressivo rebaixamento desolante, sem retorno, poderia aventurar-se em escrever uma obra absolutista, tanto mais que se foram somando catástrofes constantes e cada vez mais graves até à revolução chegar ao âmago do próprio catolicismo. O mundo tinha deixado de ser católico como monárquico.
B. Diz-me que o absolutismo foi uma moda. Ainda há pouco tempo ouvi dizer que o "absolutismo" era um abuso que consiste na centralização do poder no Rei ao ponto de dispensar as Cortes. Se é realmente assim, então o absolutismo não é um sistema estabelecido (não existe como sistema), por dois motivos:
1 - Se o sistema monárquico sobre qual o Rei abusa era católico, então o absolutismo seria um regime católico sobre o qual o Rei abusou, e o absolutismo teria então de ser entendido como uma irregularidade ilegítima e querida pelo Rei. Em suma, o absolutismo seria uma irregularidade cometida contra o próprio sistema e não um sistema;
2 - O Rei é diante de Deus responsável pelo Reino. Logo a função do Rei católico sempre foi central. Ora esta nota é própria das sagrações dos reis católicos e agir em contrário seria sim uma irregularidade, uma irresponsabilidade. O "centralismo" é um adjectivo pesado, tal como será se o aplicarmos a um pai de família católica por cair nele a mais alta responsabilidade pela sua família, mas muito mais pesado é o uso de "absolutismo" para dizer o mesmo mas com intenção de denegrir. A monarquia católica sempre teve como FUNDAMENTO da monarquia o Rei-pai. A monarquia, em si mesma, é hierárquica, e depende de um Monarca que rege a ordem social submetendo-se a única vontade que é a de Deus. Se isto é absolutismo então é absolutismo toda a monarquia tradicional católica.
Afinal, resta mesmo que o tal "absolutismo" seja nada mais nada menos que uma tentativa de ataque à monarquia tradicional (católica, obrigatoriamente) pela questão da tal "centralidade", pois as ideias democratistas já se iam insurgindo.
Consegue identificar que Rei em Portugal fundou um regime absoluto?... provavelmente não... Pois o "absolutismo" aparece como adjectivação posterior, e essa sim que é moda! Quanto aos absolutistas, ele apenas são assim conhecidos por se oporem aos regimes não tradicionais que surgiram (o liberalismo). Trata-se de uma forma de identificação num contexto determinado tal como hoje os católicos têm de ser chamados "tradicionalistas" para se distinguirem dos "católicos liberais" que são a maioria e se dizem apenas "católicos".
etc...
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