23/02/12

OS "DISTANTES" FACE A D. MIGUEL (I parte)

Vieram-me dizer convictamente que eu não existo. Explico... vieram-me dizer que os miguelistas (absolutistas) não existem, pois D. Miguel nunca teria apoiado o absolutismo. Portanto, não só não existo como Portugal não existe, como veremos. Quem afirmou generosamente tais "realidades" gritou-as lá do Brasil aqui para Portugal. Gritou-as a um Portugal que julga não existir e a mim que, portanto, não existo. Não é caso para rir, pois o tom foi muito sério... Jurava-se ainda a "constituição de António Sardinha" que dita que o absolutismo é mau e outras coisas que se perdoam aos jovens de educação liberal e republicana acabados de converter (não se retire o mérito devido a António Sardinha, mas apenas o devido).

Não me acostumei nunca com o uso de autores, por viciar: é mais fácil repetir o que dizem os outros do que assumir a responsabilidade pelo que dizemos e observamos. Os autores sim, mas com moderação e apenas como complementaridade, visto que não estamos assim em séculos tão recuados.

D. Miguel é tão absolutista quantos os Reis anteriores, e nunca ouvi dizer o contrário. Mas diz 
agora o amigo brasileiro o contrário do que eu sempre ouvi e me ensinaram na escola, igualmente aos meus pais avós, bisavós e todos os do meu sangue que até ao Senhor D. Miguel existiram. 

Até hoje os republicanos e liberais, ambos inimigos de Portugal, ensinam isso às crianças, mas nestes modos:
Tratam D. Miguel absolutista como rebelde, e como o clero o apoiava era tratado como interesseiro de regalias a manter.


"EL-REI D. MIGUEL - Chronica Popular do Absolutismo", Faustino da Fonseca. 1905:


Estas imagens que escolho são insuspeitas até aos desconfiados mais distantes. São imagens recolhidas apenas da internet sem grande demora, e não resultam sequer dos actuais miguelistas.

Quando nos ajuntamentos de portugueses mais portugueses por consciência, os monárquicos, sempre se descobrem algumas bandeiras de Portugal de fundo branco. E todos os presentes costumam referir-se aos das bandeiras de fundo branco como "os miguelistas" ou "os absolutistas". Mas, segundo pessoa mais "distante", talvez haja nestes ajuntamentos fenómenos de ilusão óptica, e o fundo de tais bandeiras não seja realmente branco... Enfim, não existimos, não existo, Portugal não existe, as imagens que aqui publico não existem!?...


Olhemos a revista "Ilustração Portuguesa" de 1908:









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