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15/08/18

ALJUBARROTA, PASTORINHOS DE FÁTIMA, ASSUNÇÃO


- 13 de Agosto: os Pastorinhos de Fátima ficaram privados das aparições. Foram levados pelo Administrador do Conselho de Ourém (activo republicano, e maçon), o qual estava convicto que tudo era uma farsa do Clero para aumentar o poder e influência da Igreja e da crença. As crianças foram duramente interrogadas e fortemente pressionadas para darem a verdade por mentira. Foram presas. [O Trono de Portugal estava em risco de fugir para um rei ilegítimo, por estrangeiro. Os portugueses, em meio de uma crise dinástica viam-se ameaçados por forças mais poderosas, mas resistiram e se mantiveram fiéis aos seus deveres pátrios].

- 14 de Agosto: foi um tempo de grande provação. Os pastorinhos permaneceram presos, mas mantiveram-se fiéis em guardar o segredo e em não desmentir o que guardavam. [Não recuando, guiados pelo santo General das tropas, por dever quiseram os portugueses resistir ao invasor directamente, travando-se batalha em Aljubarrota. Ganhou a defesa da legitimidade ao Trono de Portugal.]

- 15 de Agosto: ao terceiro dia, depois de novo interrogatório, foram por fim libertos neste dia de Assunção. [Foi com especial solenidade celebrada a festa da Assunpção de n. Senhora, quem deu a vitória. D. João I cumpriu então a sua promessa, construindo o Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, conhecido como Mosteiro da Batalha, obra magnífica na Europa. Também em dia de Assunção, anos depois, D. João I redigiu Carta onde decreta que o Reino de Portugal passaria a usar como referência de datação o ano de nascimento de Nosso Senhor, e não mais o calendário Hispânico (ou de César). Sto. António de Lisboa nasceu num 15 de Agosto]

Algures, ficou incompleto o nosso estudo, no qual se mostra que são conhecidos nos séculos passados indícios de que o nascimento do Santo Condestável teria sido a 13 de Maio (ex: Jorge Cardoso começa por supo-lo na sua monumental obra Agiológio Lusitano).

14/08/18

ALJUBARROTA - VÉSPERAS DE ASSUNÇÃO

D. João I perante Nossa Senhora da Oliveira, a quem faz voto de construir um Mosteiro se Ela lhe desse a vitória.

Entender a vitória de Aljubarrota é entender o que nos compete do nosso lado:

- O sinal de Deus para defendermos Portugal das pretensões exteriores;

- A confiança em Deus para fazermos o que nos compete  (… e a Ele cabe considerar as recompensas "victórias");

- Deus pode fazer vencer o fiel mais débil, sobre um maior fiel menos justo;

- A vitória começa pela fidelidade e confiança em Deus;

- Ao exemplo do Santo Condestável, a batalha começa e fundamenta-se de cada qual consigo mesmo (este Nobre era um exemplo de integridade e de grande virtude).

- A defesa daquilo que é nosso é a nós que Deus incumbe.

Por outro lado, também há que considerar:

- O orgulho e a vaidade não são cavalo que se monte;

- Não adiantam santos aparatos se a verdade e a justiça ficar em causa;

- Mais vale pouco e certos, que muitos e errados;

- As honras e dignidades não decidem batalhas católicas.

23/10/15

15 de Agosto - ASSUMPÇÃO DE N. SENHORA e DUAS GRANDES FUNDAÇÕES

A 15 de Agosto, dia da Assumpção de Nossa Senhora, foram fundadas a Companhia de Jesus e a Santa Casa da Misericórdia.

Ontem, dia 14, Vésperas da Assunção, foi aniversário da batalha de Aljubarrota: portanto, os Castelhanos tinham programado uma victoria que haveria de ser "autenticada" por Nossa Senhora", o que não ocorreu.

Armas de D. João I de Castela
O Calendário Litúrgico sempre teve muita importância para a marcação dos vários acontecimentos significativos entre os cristãos. Isto foi sempre muito levado em grande conta, ainda mais nos tempos recuados da grande Cristandade. Partamos então desta realidade para fazer algumas observações:

O dia de chegada de Cristóvão Colon às Antilhas, 12 de Outubro, calhou na Festa de Nossa Senhora do Pilar (especialmente significativa para a Espanha). Pedro Alvares Cabral chegou ao Brasil dia 22 de Abril, dia da Ressurreição (Páscoa), no ano de 1500 (que inicia o novo século).

Hoje sabe-se que Portugal conhecia a localização do Brasil antes de 1500. Portanto, o dia e ano de chagada OFICIAL foram previamente programados, e da forma para a qual os portugueses se sentiam prudentemente forçados: em segredo. Mesmo com a programação da data a sua simbologia deve continuar a ser tida em conta, pois tudo o que acontece é porque Deus quer ou permite (já na Batalha de Aljubarrota, Deus não permitiu a iniciativa castelhana, e acabou por dar a victoria aos portugueses na mesma data). Deus, pelo menos, permitiu que a data oficial da descoberta do Brasil tivesse sido na Ressurreição (a permissão ou iniciativa, também é certo, têm valores diferentes).

Hoje está provado que, antes da primeira viagem de Cristóvão Colon, já os portugueses tinham chegado e mapeado as Antilhas (América Central). Como é do conhecimento público, Colon fez a aprendizagem de navegação em Portugal. O diário de Colon diz que ele não descobrira nada que os portugueses não tivessem já descoberto antes, e visto que o trajecto de retorno da primeira viagem  aponta para um conhecimento prévio e seguro daqueles mares, é quase impossível aos investigadores não concluir hoje que Colon já conhecia as coordenadas das Antilhas antes de partir para elas. Se assim foi realmente, a chegada do 12 de Outubro foi também programada (Deus, pelo menos, assim terá permitido).

Interessante... curioso! ...

15/08/14

15 de AGOSTO - NÓS CERTA VEZ NA ÁSIA


"Era D. Paulo de Lima muito devoto da Assumpção de N. Senhora, que cai a 15 de Agosto, e tinha determinado de cometer a Cidade em seu dia: foi dilatando a bateria, e dando ordem às coisas, desembarcaram, e informando-se da terra, e do modo da fortaleza, e aos 13 dias do mês mandou armar da outra banda de Jor um altar, e desembarcou com tod a gente, e se lhe disse uma devota Missa, na qual tomáram a maior parte dos da armada o Diviníssimo Sacramento, porque se tinham já confessado, sendo os primeiros os Capitães, porque quis D. Paulo registar primeiro com Deus aquelas coisas; porque quanto lhe quer se entenda que todo o bem vem dele, e que nos homens não há poder para nada; e a gente que faltou por confessar, e comungar, o fez ao outro dia, que era véspera de N. Senhora, e assim se gastaram estes dois dias nestes exercícios cristãos, nos quais todos mostraram bem grandes exteriores de arrependimento, e ao outro dia no quarto de alva começou toda a armada a disparar aquela tempestade de artilharia, e de bater a cidade com grande terror, e espanto, e o Capitão Mór se mudou aos navios de remo com toda a gente da armada, deixando encarregada toda a frota a Luís Martins Pereira, que se passou a uma galé, e com todo o poder cometeram os nossos a terra, e ao som de muitas trombetas,  tambores, e pífaros, levando o Capitão Mór ordenado de toda a gente três batalhas, que nunca quis fazer dela alardo, por se não saber o pouco poder que tinham, e todavia passavam de seiscentos portugueses: a primeira batalha encomendou a D. António de Noronha, e a D. João Pereira, que haviam de ser a dianteira, e com eles seu irmão D. Nuno Alvares, D. Manuel de Almeida, D. Fernando Lobo, Sebastião de Sousa, Martim Afonso de Melo, e outros muitos Fidalgos, mancebos aventureiros, que desejavam de ganhar honra, e toda a gente de Malaca: a segunda batalha deu-a a Mateus Pereira de Sampaio, e com ele D. Bernardo de Menezes, Sebastião de Miranda, e outros Fidalgos, e Cavaleiros, e a gente dos bantins de Malaca; e a terceira batalha tomou o Capitão Mor para si, e com ele ficaram Francisco da Silva de Menezes, D. Pedro de Lima, Diogo Soares de Melo, Francisco de Sousa Pereira, Pedro Alvares de Abreu, e os dois Capitães Frois, e Coelho; e cometendo a terra, o primeiro que nela pôs os pés foi D. João Pereira com a sua bandeira, e logo D. António de Noronha com a de N. Senhora do Rosário, e em terra acharam um esquadrão de inimigos, de que era Capitão Raja Macota, que o Rajale mandou defender a desembarcação, com o qual D. João Pereira travou logo com grande determinação, e levou de arrancada um bom espaço até além do Forte do Corritão; mas chegou logo outro grande esquadrão de inimigos de fresco, e ajuntando-se todos, tornaram a voltar sobre D. João; e como o poder era grande, foi-lhe tendo o encontro até se recolher no Forte do Corritão até chegar D. António de Noronha com toda a dianteira; e ajuntando-se todos, deram nos inimigos, e os fizeram recolher para um palmar, que se fazia da banda do mar, e antes dele ficaram os nossos esperando pelo Capitão Mór, que ia desembarcando devagar. Tudo o que neste tempo se ouviu eram coriscos, e trovões, assim da armada, como da cidade, que este dia disparou com todas as suas carrancas; porque como se guardava para então, que havia de ser o último dos seus trabalhos, toda a força, e resistência para a sua defesa, e nos nossos todo o valor, e esforço, que era necessário para cometer uma cidade tão forte, e bem provida, assim se desfazia tudo em trovões, e terramotos, que não havia quem se pudesse entender. Já neste tempo era manhã clara, e a gente não acabava de desembarcar pelo impedimento das estacadas, em que alguns dos navios se embaraçaram; e muitos soldados deles vendo o seu Capitão Mór em terra, se lançaram à água, por a ele não poderem chegar. O Capitão Mór depois de posto em terra, mandou a Diogo Soares que lhe fosse recolher alguns soldados, que viu andar desmancados, e que ele não pôde fazer só, e o foi ajudar Francisco de Sousa Pereira, os quais recolheram com trabalho, por andarem já travados com os Mouros, e alguns já bem escalavrados; e porque o Rajá Macota se tinha recolhido ao palmar, e afrontava dali os nossos com suas arcabuzaria, mandou D. Paulo meter um daqueles Capitães no Forte do Corritão para dali fazer afastar os inimigos, o que ele fez com morte de alguns." (X Década da Ásia, cap. X)

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