14/12/12

A VERDADE E O EVOLUCIONISMO (XV)

(continuação da XIV parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)

A SELECÇÃO NATURAL


A selecção Natural, ainda usada em sentido metafórico, faria com que os seres vivos se mantivessem sempre fieis ao tipo, eliminando os que se desviem dele. Esta seria o sentido corrrecto da expressão Selecção Natural; expressão que, por certo, não foi criado por Darwin –como muitos crêem, e como o mesmo se encarregou de fazer acreditar -, Senão que, vinte e quatro anos mais tarde pelo naturalista inglês Edward Blyth, quem a usava no sentido que anteriormente assinalei.

Para o leitor interessado em ver como Darwin deliberadamente ocultou toda a menção a E. Blyth, depois de se apoderar do seu conceito e de ter-lhe mudado o sentido, permito-me recomendar o livro fascinante do já desaparecido e famoso antropólogo americano Loren Eiseley: Darwin And The Mysterious Mr. X.

A chamada Selecção Natural é uma metáfora que indica a acção (imprecisa, aleatória, impossível de determinar e quantificar) de um conjunto de factores na natureza, que faz com que os seres vivos permaneçam sempre fieis ao seu tipo: os peixes, peixes; os macacos, macacos, e os homens, homens. A respeito dos homens, a Selecção Natural pareceria não estar muito activa ultimamente…

Aclaro já que este efeito da Selecção Natural (estabilizador o conservador do tipo) já foi econhecido – Ainda que com ranger de dentes – por vários cientistas darwinbistas (Simpson, Maynard Smith, G. Willams, R. Lewontin e R. Leakey, entre outros). Usada em sentido contrário, ou seja, como "algo” capaz de transformar uma espécie em outra, é um conceito absolutamente erróneo.

Isto é assim, caro leitor, porque as características de todo o ser vivo estão rigorosamente programadas – até ao último detalhe – a nível do código genético (!). E a Selecção natural jamais pode fazer tal; pela simples razão de que ela “actua” (metaforicamente, entenda-se) sobre o organismo já formado e não sobre os seus genes; o, como dizem os biólogos, ela actua sobre o fenótipo e não sobre o genótipo.

(continuação, XVI parte)

Sem comentários:

TEXTOS ANTERIORES