31/10/12

A VERDADE E O EVOLUCIONISMO (XII)

(continuação da XI parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)

A SELECÇÃO NATURAL

Analisemos agora algo sumamente importante relativo ao tema: o mecanismo que explicaria a transição do macaco a homem. Porque sem um mecanismo que explique mais ou menos racionalmente tal transição, adeus hipótese darwinista (Darwin dixit)
Pois bem, há expressões que adquirem um poder de sugestão tão grande que anulam a razão e possibilitam a captação mística da realidade, os "mantras" dos budistas, por exemplo. A fé darwinista tem, naturalmente, os seus "mantras", e talvez o mais importante deles seja a famosa e toda-poderosa "Selecção Natural".

Esta "explica" não só a transição do macaco a homem mas também a origem de todas as espécies animais e vegetais do nosso planeta. Sim senhor! Mas com uma condição: que não se pergunte o que ela é! É válido dizer qual é a sua natureza. A Selecção Natural explica tudo, com a condição de que não se tente defini-la racionalmente. Em questões de crença nunca há que raciocinar muito.

Se o leitor, como homem de pouca fé darwinista, tenta buscar uma definição mais ou menos coerente de Selecção Natural, não irá encontrá-la. Poderá encontrar uma vintena de tentativas incoerentes. Cada cientista "define-a" como quer. Por algum motivo, quase sempre tentam não defini-la, limitando-se a invocá-la, nada mais.

Quando tentam dar uma definição, falam - mais ou menos "ex cathedra" - de reprodução diferencial, ou seja, alguns indivíduos (os mais "aptos") têm maior descendência, e estes são favorecidos pela Selecção natural; enquanto os outros (os menos "aptos") têm menor descendência e são eliminados.

Acontece que o problema - de não existir um critério de atitude - faz com que aquilo que acabei de mencionar se converta, automaticamente, numa tautologia; ou seja, um raciocínio circular que não explica nem define nada e confunde tudo.

(continuação, XIII parte)

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