(continuação da II parte) |
Violência que se há de fazer à enfermidade |
“Agiológio
Dominicano, Vida dos Santos, Beatos, Maryres, …” Tomo: Abril/Junho. LISBOA,
1710
(pág. 8) “Em prémio destas dores
o regalava Deus muitas vezes, fazendo que esquecido de todas as coisas criadas,
se deliciasse entre as doçuras do Paraíso. Era tal o ímpeto do seu espírito,
nestas ocasiões, que lhe era necessário fazer violência ao corpo, para se não
elevar; especialmente quando se achava em público ou celebrava o Santo
Sacrifício da Missa,”
(pág. 100) “Quando as Religiosas
de Procena souberam o que passava, lhe mandaram pedir perdão da desobediência,
conhecendo que não há força na terra que possa resistir à violência da Oração
feita por uma alma amante de Deus.”
(pág. 203) Da carta que o Rei D.
Sebastião enviou ao Papa S. Pio V: “Damos infinitas graças ao poderoso Deus,
que foi servido aceitar as piedosas lágrimas de Vossa Santidade, e os contínuos
jejuns em idade tão pesada; pois por sua grande misericórdia, ouviu as suas
fervorosas súplicas e enternecidos suspiros que fizeram violência ao Céu.”
(pág. 222) “Com efeito, sem mais
justiça nem razão que a sua vontade e ambição, lançou os Religiosos fóra do
Mosteiro por violência, prometendo edificar-lhe outro.”
(pág. 223) “Muitas vezes era sua
alma arrebatada com tal violência que, levando juntamente o corpo, o viam
suspenso no ar em maravilhosos extasses.”
(pág. 253) “A devoção para com o
Senhor Sacramentado foi imponderável. Na sua Divina presença, como no seu
centro, é que as vorazes chamas do amor de Deus que a consumiam, minoravam de
alguma sorte a sua santa e amável violência.”
(pág. 254) “Um Cavalheiro
ameaçou-a que visto não querer condescender a seu apetite, alcançaria a
violência, o que não podia conseguir o interesse ou o rendimento. Respondeu ela
que o braço de Deus era mais valente que todos os atrevimentos humanos;”
(pág. 273) “Publicou-se um édito
contra os Ministros da Fé Católica, e sobre estavam já presos os que andavam
pelas outras Cidades. Disse-lhe o Vice-Rei, que era seu afeiçoado, se
ausentasse ou escondesse enquanto passava esta primeira violência: porém ele
desejava tanto firmar com o seu sangue as verdades da sua pregação que
agradecendo a amizade não aceitou o conselho.”
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