18/09/12

MANUAL DA LIGA ANTI-MAÇÓNICA (XII)


(continuação da XI parte)



O que deve fazer quem teve infelicidade de se alistar na Maçonaria?

Deve logo desligar-se dela, porque se a juízo da Igreja e da sã razão, é gravemente culpável o filiar-se nela, quanto mais culpável se tornará aquele que sabendo o que é a maçonaria e o que ela pretende, quer ainda pertencer-lhe como membro?

Os que saem da Maçonaria estão obrigados aos juramentos que fizeram de obedecer à seita, de guardar segredo, etc.?

De maneira nenhuma estão obrigados a cumprir tais e tão culpáveis juramentos e fazer o oposto a quanto juraram ou prometeram. A razão é clara, segundo os princípios da moral e do bom senso. Todo o homem está obrigado pela consciência e pela honra a cumprir aquilo que tem prometido, especialmente se foi debaixo de juramento, quanto a causa prometida é boa, justa e legítima. Mas em caso nenhuma se pode ser obrigado em consciência a praticar o mal, apesar mesmo de se ter comprometido a isso sob pena rigorosa. Ora, cooperar nos desígnios criminosos das sociedades secretas, e guardar segredo sobre estes desígnios, para se poderem mais fácil e mais impunemente executar, são coisas essencialmente más. Logo ninguém pode de modo algum ficar ligado com tais juramentos maçónicos. Jurastes, por exemplo, matar vosso pai e guardar segredo sobre os tramas que ameaçam a sua vida: estareis ligado por tal juramento, e ser-vos-há permitida a execução do mesmo? Não, porque é sabida a tese geral, que comprometer-se a fazer o mal é um acto criminoso, mas cumprir um tal compromisso é um acto mais criminoso ainda.

Os próprios mações de algum modo declaram que os seus juramentos não obrigam. O demónio, que os inspira, e que sabe perfeitamente que ninguém se pode obrigar a si mesmo a fazer o mal, os leva por isso, em troca da nulidade radical dos seus juramentos, a fazerem imprecações terríveis e a mascarar esta nulidade com o aparato exterior que usam, Assim, por exemplo, a fórmula do juramento de aprendiz e de companheiro, segundo o rito escocês, seguido em Inglaterra, Escócia  Alemanha, França, etc., é desta maneira:

"Juro em nome do Arquitecto Supremo de todos os mundos, de nunca revelar os segredos, as senhas, os toques de mão, as palavras, as doutrinas e os usos franco-mações, e de guardar sobre isto eterno silêncio.
Prometo e juro a DEUS nunca atraiçoar a Maçonaria nem com a pena, nem com sinais, nem com palavras, nem com gestos; nunca fazer escrever ou litografar, nem gravar, nem imprimir coisas que lhe digam respeito; nunca publicar o que me foi confiado até este momento, e o que me for confiado no futuro. Comprometo-me e me sujeito à pena seguinte, se faltar à minha palavra: Que sejam os meus lábios abrasados com ferro candente, que a minha mão seja cortada, que a minha lingua seja arrancada, que seja degolado, que o meu cadáver esteja pendurado numa loja durante o trabalho de admissão de um novo irmão, para desonra da minha infidelidade e terror dos mais; que em seguida seja queimado e que se lancem ao vento as minhas cinzas, a fim de que vestigio nenhum fique da minha traição." (Eckert, La Franc-Maçonnerie, etc. t. 1. pag. 35)

Estas fórmulas imprecatórias, odiosas e ímpias, tornam sem dúvida o juramento mais culpável, porém não mais valioso. De resto sempre é verdade que nunca poderá haver obrigação, nem de consciência nem de honra, de fazer mal.

Logo os mações de qualquer grau que sejam, não estão obrigados aos juramentos maçónicos.

(Aqui a continuação)

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