21/03/12

OBSERVAÇÃO AO COMENTÁRIO DA SPES (III)

(Continuação)


O comentário da SPES se divide entre a interpretação que faz do artigo ASCENDENS e em fazer uma mostra das suas linhas orientadoras como monumento de fidelidade à doutrina e filosofia católicas. Neste momento recordo o que a respeito da SPES afirmei: "é  louvável o esforço feito". Todo esse discurso mais demorado do Senhor Prof. Nougé apenas demonstra a intenção da SPES, o que não impede a existência de problemas em alguns dos artigos, e pode até parecer esse um argumento de autoridade, o qual se traduziria em: a intenção recta é garantia da acção certa.

Há quem seja mais susceptível à crítica injusta, e com razão. Há quem seja mais susceptível à crítica justa, sem razão. 

Há quem julgue ser infalível?... O blogue ASCENDENS, ao longo de anos, já efectuou correcções a alguns dos seus próprios artigos (e agradece aos leitores que apontem possíveis falhas), cada vez mais, mantém uma vigilância sobre aquilo que produz, para o bem-comum. Mesmo, quando um texto é impecável do ponto de vista doutrinal ou histórico, há sempre frases que são aperfeiçoadas em alguns artigos já publicados. Existem mais de uma centena de artigos que estão trancados no blogue, ou aguardando uma melhor oportunidade de publicação, ou por não estarem suficientemente terminados, ou até por terem estado temporariamente online e terem sido por mim recolhidos para revisão. Este procedimento é responsável e até seguro, é um verdadeiro serviço que tem as críticas justas por vantagens e, ao mínimo sinal de erro, é para o bem de todos procurar saber se há realmente erro. Este é um procedimento emanado da moral católica, e são bem-vindos os que por bem nos apontem defeitos, sem que os acusemos de coisas imaginadas em suas palavras.

A recepção que a SPES fez à recomendação ASCENDENS foi mais uma repulsa defensiva, embora seja clara a afabilidade que adoçou tal posição.

É certo que o artigo ASCENDENS recomenda precaução (ad tempus) relativamente à leitura geral dos artigos da SPES. Tal recomendação tem o seu valor limitado ao contexto. Uma recomendação vale tão somente como recomendação que, por ausência de explicações, tem a credibilidade que cada um dos leitores lhe quiserem confiar. Em suma, não é uma argumentação, mesmo que tal recomendação assente sobre as conclusões que eu tirei para mim e preferi não dar a conhecer.

(terá continuação)
(Leia a parte II)

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