Amigo, lá por não me incomodar como os anjos são, não significa que eu não me importe. Isso, no fundo, é como a nossa Fé: temos que seguir Cristo como Ele quer que nós os sigamos, e não como nós queremos segui-lO. As coisas são o que são e como são. A propósito, já conhece o meu blogue de apológetica?
A doutrina dos anjos está no catecismo (retiro todos os catecismos depois do Concílio Vaticano II), fazem parte da doutrina católica OBRIGATÓRIA. A Doutrina é revelada, e é ela que expressa fundamentalmente a vontade de Deus. Isto que lhe digo não é da minha lavra, está sumamente repetido pela Igreja. A selecção doutrinal, ou seja, retirar partes à doutrina chama-se literalmente heresia que significa "escolha" (no sentido de selecção). A heresia consiste em mudar, diminuir ou retirar um enunciado à doutrina.
A vontade de Deus é que aprenda a doutrina e a professe. Recomendo-lhe o Catecismo de Trento que foi adaptado de forma mais didáctica por S. Pio X na versão chamada "Catecismo de S. Pio X" (contudo este último, menos pesado, é um pouco menos digesto às pessoas do nosso tempo).
Falou-me de Fé, mas a Fé é realmente isso: crença nas verdades reveladas (compendiadas no Catecismo) e a crença nelas é fruto da graça de Deus (portanto, é Deus que nos faz ver para que nelas acreditemos).
É assim que as coisas são e sempre foram ensinadas... e queira Deus que sempre nos sujeitemos a elas por Sua vontade.
Eu vi o seu blogue e é interessante e útil. É pena que tenha lá o "padre das redes sociais" a estragar-lhe o arranjo (muitos o seguem e por isso comem os erros doutrinais com grande confiança)...
Realmente, o Pe. Paulo Ricardo é carismático, mas tal não invalida a boa obra que ele tem feito, nomeadamente no que diz respeito ao combate às seitas. Aliás, se existe algum motivo que me leva a "tolerar" a Renovação Carismática é o facto de se tratar de um grupo que muito tem feito para resgatar os fiéis de regresso à Casa do Pai.
Em relação à Fé, creio que Ela pode ser vivida de diferentes maneiras. A minha querida avó, que é analfabeta, não possui conhecimento nenhum a nível doutrinal nem tão pouco conhece a Bíblia (senão quando ela é lida) e nem por isso duvido que ela tenha Fé - e certamente até mais que eu, que sou super imperfeito e indigno da graça de Deus.
Vc. diz que o padre em questão é carismático. Eu não fiz qualquer referência a isso nem sequer sabia disso. Portanto não entendo como faz um comentário a este elemento que vc. introduz como se fosse eu a tê-lo colocado em conversa.
Vc. nunca se centra na questão, pelo que tenho que avisar-lhe que isso é uma falta de respeito pela conversa que estamos a ter, a si e a mim, e é uma autêntica desordem. Peço-lhe que acabe com esse tipo de atitude senão fica impossível qualquer conversa.
A questão que lhe apontei é UNICAMENTE os erros doutrinais que esse padre emite. Isso é gravíssimo. Ora, quem fizer promoção a esse padre está evidentemente a lançar os leitores aos mesmo erros que ele emite.
Quanto a questão que lança (a Fé e a sua senhora avó), mais uma vez volta ao mesmo erro, em vez de perguntar o que devia saber começa a especular como se a Igreja fosse uma palavrinha e eu estivesse aqui a especular. Enfim, haja paciência. Aquilo que o FierHead tem de perguntar honestamente é "o que a Igreja me ensina a respeito disto ou daquilo" e submeter-se TOTALMENTE ao seus ensinamentos. Vamos então ao problema:
Quando eu digo que o padre não tem Fé e lhe explico porquê, estou nada mais nada menos que a repetir o que sei que a Igreja ensina. Eu posso errar nessa transmissão, mas a vontade de quem transmite tem de estar submetida a intenção de transmitir o que a Igreja ensina. A Igreja ensina sobre esta matéria que basta acreditar num enunciado contrário a qualquer um dos enunciados da doutrina para não se ter Fé (É A IGREJA QUE O DIZ, NÃO EU). Entendeu? Mas o exemplo que me deu da sua senhora avó não cabe nisto (escolheu mal o exemplo porque não entende a questão), e por isso lhe pergunto em que acha que a sua familiar acreditou de contrário à Fé? A sua senhora avó ensinou-lhe algo contra a doutrina? Não me aprece... Qualquer senhora idosa que não saiba ler tem grandes probabilidades de ter mais Fé que um "instruído" jovem sacerdote que, claramente, professa crer em mais de 50% dos enunciados contrários à Fé. Entendeu? É importante que entenda isto, é muito importante.
Os instruídos de hoje perdem-se por ter absorvido ideias contrárias à Fé, e, curiosamente, os pequeninos preservam mais integra a Fé e notam facilmente quando certas ideias e costumes não são bons mesmo sem saber explicar o motivo. Chama-se a este fenómeno o "sensus fidei", e que em alguns casos, nomeadamente em santos, chegou ao ponto das más ideias ou maus costumes ou até pessoas pecaminosas provocarem enjoo, sensação de mau cheiro etc. (isto sem que a pessoa que os sente tenha conhecimento intelectual prévio de que tal coisa é herética ou má, e se lhe revolta a natureza que lhe faz sentir repugnância).
Mas admira-se tanto da falta de Fé como se fosse uma coisa extraordinária? É a coisa mais comum. Basta uma pessoa cair em pecado mortal, pois expulsando de si a Deus, a graça que é CONDIÇÃO para se ter Fé deixa de se fazer presente. Eu repito resumidamente em que consiste a Fé: é a CRENÇA nas VERDADES REVELADAS com a assistência de Deus pela GRAÇA (por isso é uma Virtude). Portanto, não estando em estado de graça não se tem Fé, mesmo que se saiba o catecismo de um lado para o outro.
É pena que tenha lá o "padre das redes sociais" a estragar-lhe o arranjo (muitos o seguem e por isso comem os erros doutrinais com grande confiança)...
A minha resposta: Realmente, o Pe. Paulo Ricardo é carismático...
12 comentários:
A mim não me incomoda minimamente como os anjos são, mas aposto que as feministas não vão gostar muito de saber disso! :)
"Não me incomoda minimamente".... ? Ai não? Por acaso está a rejeitar a Fé? Ou não sabe que é matéria obrigatória do catecismo?
Meu caro, tirou as conclusões que quis.
Não me ponha intenções... Afirmou que "Não me incomoda minimamente"... acho que se devia importar mais. Não ?!
Amigo, lá por não me incomodar como os anjos são, não significa que eu não me importe. Isso, no fundo, é como a nossa Fé: temos que seguir Cristo como Ele quer que nós os sigamos, e não como nós queremos segui-lO. As coisas são o que são e como são.
A propósito, já conhece o meu blogue de apológetica?
http://seibonokishi.blogs.sapo.pt/
Abraço.
FierHead,
A doutrina dos anjos está no catecismo (retiro todos os catecismos depois do Concílio Vaticano II), fazem parte da doutrina católica OBRIGATÓRIA. A Doutrina é revelada, e é ela que expressa fundamentalmente a vontade de Deus. Isto que lhe digo não é da minha lavra, está sumamente repetido pela Igreja. A selecção doutrinal, ou seja, retirar partes à doutrina chama-se literalmente heresia que significa "escolha" (no sentido de selecção). A heresia consiste em mudar, diminuir ou retirar um enunciado à doutrina.
A vontade de Deus é que aprenda a doutrina e a professe. Recomendo-lhe o Catecismo de Trento que foi adaptado de forma mais didáctica por S. Pio X na versão chamada "Catecismo de S. Pio X" (contudo este último, menos pesado, é um pouco menos digesto às pessoas do nosso tempo).
Falou-me de Fé, mas a Fé é realmente isso: crença nas verdades reveladas (compendiadas no Catecismo) e a crença nelas é fruto da graça de Deus (portanto, é Deus que nos faz ver para que nelas acreditemos).
É assim que as coisas são e sempre foram ensinadas... e queira Deus que sempre nos sujeitemos a elas por Sua vontade.
Eu vi o seu blogue e é interessante e útil. É pena que tenha lá o "padre das redes sociais" a estragar-lhe o arranjo (muitos o seguem e por isso comem os erros doutrinais com grande confiança)...
ASCENDENS,
Realmente, o Pe. Paulo Ricardo é carismático, mas tal não invalida a boa obra que ele tem feito, nomeadamente no que diz respeito ao combate às seitas. Aliás, se existe algum motivo que me leva a "tolerar" a Renovação Carismática é o facto de se tratar de um grupo que muito tem feito para resgatar os fiéis de regresso à Casa do Pai.
Em relação à Fé, creio que Ela pode ser vivida de diferentes maneiras. A minha querida avó, que é analfabeta, não possui conhecimento nenhum a nível doutrinal nem tão pouco conhece a Bíblia (senão quando ela é lida) e nem por isso duvido que ela tenha Fé - e certamente até mais que eu, que sou super imperfeito e indigno da graça de Deus.
Um abraço.
FireHead,
Vc. diz que o padre em questão é carismático. Eu não fiz qualquer referência a isso nem sequer sabia disso. Portanto não entendo como faz um comentário a este elemento que vc. introduz como se fosse eu a tê-lo colocado em conversa.
Vc. nunca se centra na questão, pelo que tenho que avisar-lhe que isso é uma falta de respeito pela conversa que estamos a ter, a si e a mim, e é uma autêntica desordem. Peço-lhe que acabe com esse tipo de atitude senão fica impossível qualquer conversa.
A questão que lhe apontei é UNICAMENTE os erros doutrinais que esse padre emite. Isso é gravíssimo. Ora, quem fizer promoção a esse padre está evidentemente a lançar os leitores aos mesmo erros que ele emite.
Quanto a questão que lança (a Fé e a sua senhora avó), mais uma vez volta ao mesmo erro, em vez de perguntar o que devia saber começa a especular como se a Igreja fosse uma palavrinha e eu estivesse aqui a especular. Enfim, haja paciência. Aquilo que o FierHead tem de perguntar honestamente é "o que a Igreja me ensina a respeito disto ou daquilo" e submeter-se TOTALMENTE ao seus ensinamentos. Vamos então ao problema:
Quando eu digo que o padre não tem Fé e lhe explico porquê, estou nada mais nada menos que a repetir o que sei que a Igreja ensina. Eu posso errar nessa transmissão, mas a vontade de quem transmite tem de estar submetida a intenção de transmitir o que a Igreja ensina. A Igreja ensina sobre esta matéria que basta acreditar num enunciado contrário a qualquer um dos enunciados da doutrina para não se ter Fé (É A IGREJA QUE O DIZ, NÃO EU). Entendeu? Mas o exemplo que me deu da sua senhora avó não cabe nisto (escolheu mal o exemplo porque não entende a questão), e por isso lhe pergunto em que acha que a sua familiar acreditou de contrário à Fé? A sua senhora avó ensinou-lhe algo contra a doutrina? Não me aprece... Qualquer senhora idosa que não saiba ler tem grandes probabilidades de ter mais Fé que um "instruído" jovem sacerdote que, claramente, professa crer em mais de 50% dos enunciados contrários à Fé. Entendeu? É importante que entenda isto, é muito importante.
Os instruídos de hoje perdem-se por ter absorvido ideias contrárias à Fé, e, curiosamente, os pequeninos preservam mais integra a Fé e notam facilmente quando certas ideias e costumes não são bons mesmo sem saber explicar o motivo. Chama-se a este fenómeno o "sensus fidei", e que em alguns casos, nomeadamente em santos, chegou ao ponto das más ideias ou maus costumes ou até pessoas pecaminosas provocarem enjoo, sensação de mau cheiro etc. (isto sem que a pessoa que os sente tenha conhecimento intelectual prévio de que tal coisa é herética ou má, e se lhe revolta a natureza que lhe faz sentir repugnância).
Mas admira-se tanto da falta de Fé como se fosse uma coisa extraordinária? É a coisa mais comum. Basta uma pessoa cair em pecado mortal, pois expulsando de si a Deus, a graça que é CONDIÇÃO para se ter Fé deixa de se fazer presente. Eu repito resumidamente em que consiste a Fé: é a CRENÇA nas VERDADES REVELADAS com a assistência de Deus pela GRAÇA (por isso é uma Virtude). Portanto, não estando em estado de graça não se tem Fé, mesmo que se saiba o catecismo de um lado para o outro.
Está interessado nestas matérias doutrinais?
É pena que tenha lá o "padre das redes sociais" a estragar-lhe o arranjo (muitos o seguem e por isso comem os erros doutrinais com grande confiança)...
A minha resposta: Realmente, o Pe. Paulo Ricardo é carismático...
FireHead,
Claro, ninguém pertenceria ao movimento carismático se reunisse o conjunto seguinte:
- Recta intenção;
- Conhecimento da Doutrina católica (a de sempre);
- Aceitação dessa Santa Doutrina.
Olhe,,, enviaram-me agora isto para o facebok:
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