19/02/12

RETRATO DE CALVINO, DOS SEUS DISCÍPULOS E COOPERADORES (IV)


2.º Que Calvino, não tardando em por-se em aberta contradição com o princípio fundamental do protestantismo: Não há mais autoridade na Igreja que a Bíblia, substituiu a autoridade dos Bispos e do Papa pela sua própria vontade, arbitrária, absoluta, opressora, até ao ponto que todos os negócios na ordem civil ou religiosa, e todas as pessoas desde o cínico da república até o mais humilde pregador da aldeia, deviam submeter-se ao seu férreo jugo. O autor aduz multidão de factos para provar que o grande e o pequeno Conselho da República, o Consistório, a venerável Companhia, os anciãos, as leis e os tribunais, tinham que curvar-se a cada passo à vontade do fogoso e violento reformador.

3.º Que Calvino, na sua orgulhosa impiedade, chegou até pretender identificar a sua causa e a sua vontade caprichosa com a causa e vontade de Deus, afirmando que Deus quer o que quer Calvino.

4.º Que Calvino, à força de vexames, desterros e sentenças capitais, conseguiu aniquilar o partido nacional de Genebra, e ficar arbitro da situação, exercendo o poder por meio de estrangeiros vindos de toda a parte para por-se cegamente ao seu serviço.

5.º Que os pregadores chamados e autorizados por Calvino, e até o mesmo Calvino, que em união dos seus falsos profetas não deixavam de declarar contra a imoralidade e abusos do clero romano, tiveram desde os princípios da Reforma tão depravados costumes, que repugnariam à plebe das mais licenciosas cidades. Daqui o provérbio: ninguém se converte ao protestantismo para se fazer melhor.

Efectivamente não podiam esperar-se outros frutos de uma doutrina que sustenta: Que as boas obras são inúteis; que é impossível a virtude cristã e meritória; que o homem carece de livre arbítrio; que obra necessariamente o mal; que está fatalmente predestinado ao céu ou ao inferno sem consideração às suas boas ou más obras, etc. etc.

(Aqui a continuação)

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