Qualquer católico é obrigado à Doutrina católica, professa a Fé com os seus conteúdos imutáveis. A Doutrina não pode mudar, o Papa está obrigado a guardá-la, protegê-la e a transmiti-la (tal como define dogmaticamente o Concílio Vaticano I).
Durante séculos a Igreja transmite a mesma Doutrina revelada por Deus. Contudo, hoje, os sermões estão repletos de anti-doutrinas, os seminários não ensinam mais integralmente a Doutrina Católica e misturam-na com a protestante e outras, os Bispos em geral não entendem mais a Doutrina e nem aceitam a concepção católica da sociedade como sempre souberam os seus antecessores. Os catecismos promulgados com obrigatoriedade não são mais seguidos, e os anos de catequização aumentam ao mesmo tempo que neles diminui a catolicidade.
Pergunto a quem queira responder:
1 - Onde na minha região há um sacerdote que em seus sermões diga apenas o que é doutrinalmente certo?
2 - Onde na minha região há um catequista que ensine apenas o que é doutrinalmente certo?
3 - Onde na minha região há um Bispo que, publicamente, não emita noções contrárias à Fé?
2 - Onde na minha região há um catequista que ensine apenas o que é doutrinalmente certo?
3 - Onde na minha região há um Bispo que, publicamente, não emita noções contrárias à Fé?
Meu caros, acho que esses, Bispos, sacerdotes, e catequistas realmente católicos no crer (Fé), já morreram há muito. Hoje não existem, e poderiam existir, ou talvez exista um pequeníssimo número deles.
Podem dizer-me que a doutrina que hoje se houve por todo o lado é realmente católica e sou eu quem não conhece realmente a doutrina certa. Sim, não sou muito sabedor relativamente à Doutrina, mas sei o suficiente para me afligir com o que vejo hoje. Por outro lado os documentos do Magistério ao longo da história, tal como os milhões de livros antigos confirmam toda uma civilização católica que sempre acreditou na mesma Doutrina. É esta mesma Doutrina e este mesmo entendimento que hoje choca grande parte dos católicos e que os condena pelas novas doutrinas recentemente adquiridas.
Dizem alguns que temos de ler as coisas no seu contexto. É bem verdade, contudo estes que hoje o costumam dizer pegam no contexto para relativizar a verdade, quando deveriam fazer o contrário: entender o contexto para conhecer melhor a aplicação daquela verdade. Ao verem as condenações da Igreja ao Socialismo, ou ao Modernismo, costumam dizer "isso foi naquele tempo em que o socialismo apareceu e perturbou muita gente" ou "isso foi naquele tempo em que o Papa queria excomungar este ou aquele autor problemático". Fazem assim passar os Papas por tolos caprichosos dizendo que "naquele tempo os Pontífices tinham outra mentalidade, mas hoje não é mais assim" (curioso que esta típica crença transparece a preocupação de apartar a "Igreja antes" da "Igreja agora"). De relativismo em relativismo vão destruindo tudo, sem por vezes se darem conta, arrastados nessas viciosas concepções. Na verdade deveriam ler com humildade e concluir que é o sistema de ideias (ou crenças), as quais, neste caso, se vieram a chamar "socialismo" e de "modernismo", que são condenadas por serem contrárias à Doutrina (que é verdade inabalável) e que por isso são erro maligno. Mas isto implica acreditar que a Doutrina é a base de orientação da civilização católica em todo o âmbito, privado e colectivo, coisa que os sacerdotes hoje estão mais preparados para rejeitar que aceitar.
Enfim, como se pode então confiar na orientação de um sacerdote incutido de princípios não católicos e subjectivismos? Tal sacerdote vive materialmente empregando da heresia (quase sempre sem o saber e por nada a respeito disto saber). Como deve agir o católico que conhece a Doutrina e sabe que esse sacerdote não é doutrinalmente fiável? Não é verdade que hoje o ensino nos seminários é fundamentado no Concílio Vaticano II que se limita à pastoralidade? Não é verdade que a pastoral legítima tem de ser submissa à Doutrina e é tanto mais fiel quanto melhor conseguir orientar os fiéis às mesmas verdades doutrinais? Por este motivo, quando se usa o Concílio Vaticano II como grande pilar, fica espezinhada a Doutrina que se vê assim reduzida à pastoral, e ficam as paróquias entregues a todo o tipo de doutrinamento mundano e a todas as ideologias inclusivamente as já condenadas pela Igreja e que muito julgam ser novas.
Dizem quem as doutrinas pós-conciliares não contradizem a Doutrina tradicional da Igreja. Contudo nunca foi mostrado que as novas doutrinas estivessem contidas na Doutrina tradicional da Igreja. A ausência do pensamento tomista (que a Igreja declara ser o "pensamento católico") torna dificílimo hoje fazer entender que toda a doutrina que não esteve sempre contida no Catolicismo é falsa. E, finalmente, tais novas doutrinas são realmente opostas e proferidas por sacerdotes que foram formados à margem da Doutrina tradicional da Igreja ou, o que é pior, em discreta apologia contra ela.
Mas quem hoje suporta ouvir dizer, por exemplo, que "fora da Igreja não há salvação"? Hoje parte-se do princípio que outras religiões (que a Igreja sempre chamou de "falsas religiões") também são caminho para Deus. Como podem estas oposições não o serem!? Como pode alguém não ver tal coisa!?
Nós católicos podemos confiar na boa intenção de qualquer sacerdote, contudo não se pode confiar no aconselhamento nem doutrinação dada sacerdotes formados num lugar onde já houve ou há descontinuidade doutrinal. É seguro que todos os seminários em total regularidade com Roma foram implementando as novas doutrinas , gradualmente ou não. Uma vontade de retorno à Doutrina tradicional da Igreja implica primeiramente a conversão e a recusa às novas Doutrinas. Por isso faz todo o sentido perguntar a Roma se considera que vários documentos do continuado Magistério Papal (anterior ao CVII) são obrigatórios e continuam com o mesmo significado que sempre lhes tinha sido dado.
Nós católicos podemos confiar na boa intenção de qualquer sacerdote, contudo não se pode confiar no aconselhamento nem doutrinação dada sacerdotes formados num lugar onde já houve ou há descontinuidade doutrinal. É seguro que todos os seminários em total regularidade com Roma foram implementando as novas doutrinas , gradualmente ou não. Uma vontade de retorno à Doutrina tradicional da Igreja implica primeiramente a conversão e a recusa às novas Doutrinas. Por isso faz todo o sentido perguntar a Roma se considera que vários documentos do continuado Magistério Papal (anterior ao CVII) são obrigatórios e continuam com o mesmo significado que sempre lhes tinha sido dado.
É evidente que os sacerdotes diocesanos de hoje não entendem a Missa segundo a Doutrina tradicional da Igreja, senão nunca a diriam por consciência. A doutrina da Nova Missa (Missal de Paulo VI) contem graves problemas doutrinais e diminui tudo o que na Missa do Rito Romano (codificada em definitivo por S. Pio V) foi elevado.
Estamos sem sacerdotes aptos, sem Bispos aptos, Papas aptos sendo que, provavelmente, todos eles são legitima hierarquia da Santa Igreja. A quem poderão recorrer os católicos que seguem a mesma Doutrina, livros de piedade sumamente recomendados e tudo o mais que a Igreja durante séculos recomendou e deu para seguimento certíssimo? Também, ao contrário daquilo que sempre foi característico na Igreja, vemos sacerdotes com doutrinas distintas umas das outras. Um pároco da cidade X afirmou-se indiferente ao Concílio de Trento, um outro sacerdote da cidade Y, numa outra dioceses, afirmou que o Concílio de Trento devia ser respeitado mas havia que interpretá-lo à luz do Concílio Vaticano II, outros dois sacerdotes nas mesmas cidades, há 70 anos exaltaram ambos os dogmas eucarísticos do Santo e Ecuménico Concílio Tridentino. Se recuarmos 100, 150, 200, 250 anos podemos constatar pelos documentos existentes que todos os sacerdotes falaram do Concílio de Trento como aqueles dois sacerdotes há 70 anos e NUNCA como aqueles outros dois sacerdotes que hoje são parcos nas respectivas cidades.
É apenas por este "estado de necessidade" nunca antes visto que os católicos, que têm disto consciência, obrigados a não negligenciar os pouquíssimos meios válidos, recorrem a sacerdotes validamente ordenados, fieis à Doutrina e à Igreja, mas, infelizmente, porque a situação o obriga, feridos por Roma com uma censura não muito pesada mas que dificulta a posição de Roma perante Deus, a Doutrina, e perante a Igreja.
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