03/07/11

TESTEMUNHO DE JOHN PERKINS (II)



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6 comentários:

anónimo disse...

O testemunho do entrevistado é muito significativo e importante. Contudo o Blogue ASCENDENS não pode subscrever a totalidade do conteúdo da entrevista.

anónimo disse...

Um dos erros da neodemocracia é a ilusão de que o governo é feito por uma maioria representada. Na verdade as maiorias são cada vez mais fielmente representativas de vontade de uma discreta elite mundial sem que se apercebam disso. Não se apercebendo disso, continuam sistematicamente a votar para, por maioria (metade + 1), elegerem um representante que depois demitem sempre por incompetência.

Johnny Drake disse...

Subscrevo o segundo comentário! Tal como a história é escrita pelos vencedores, também aqui vivemos na ilusão (nem todos...) de que por colocarmos uma cruzinha, decidimos alguma coisa... A pior prisão é a ilusão de viver em liberdade!

anónimo disse...

Como sou católico recuso a noção corrompida de "liberdade". Contudo eu entendo o que quer dizer com "liberdade" e, tendo isso em conta, concordo que sim, os eleitores não mandam mais que eleger um representante que não pode representar. Ninguem me pode representar realmente pois sou insubstituível, contudo posso mandar um representante de uma ordem minha ou de uma mensagem determinada para uma ocasião determinada. Por outro lado representar Portugal é diferente de representar os eleitores de Portugal: no primeiro caso seria mais apto um Rei, e no segundo um Presidente eleito. Contudo nem Rei nem Presidente... nada... isto não se resolve com representação sequer...

Johnny Drake disse...

Como Católico, gostaria de saber a sua noção de "liberdade" e qual o regime político em que gostaria de viver.

anónimo disse...

A noção de liberdade é a da origem da palavra na cultura clássica com a sua máxima elevação e projecção com a Cristandade, e que perdura unicamente na Santa Igreja. Contudo, como já lhe dei a entender, a Igreja Católica está como que "abafada" por uma pseudo-igreja em recente construção (por mais estranho que isto possa parecer, até hoje só quem não quer não o sabe) assim o conceito de "liberdade" que os católicos HOJE têm é o conceito corrompido da ideologia dominante, mais especificamente: é o conceito que deu nome ao liberalismo (séc. XIX).... etc..

Dar-lhe o conceito de "liberdade" pode ser o mesmo que nada (como colocar um programa de um sistema operativo noutro sistema operativo (WIN/MAC)). Mas quero adiantar este assunto também, não lhe pedindo para sair do seu sistema operativo =) ... Aqui vai um exemplo:

"O Manuel é fumador e sabe que o tabaco faz mal. Ele é livre de fumar - dizem". Isto é um absurdo, pois o Manuel não querer sofrer os malefícios do tabaco (físicos, psicológicos, e económicos),está dependente do tabaco.

O Manuel não está livre do tabaco mas seria livre de fumar, segundo o que o Johnny Drake crê!?

Em que consiste o "ser livre de"? Podemos "estar livres de", mas "ser livres de". SER e ESTAR, como bem sabe não são o mesmo. Há quem nasça doente e assim permaneça (É doente - verbo SER), há quem contraindo uma enfermidade se cure (esteve doente - verbo ESTAR). Se a liberdade fosse uma coisa (?) com a qual nascêssemos por natureza porquê continuar a LIMITAR um "sou livre" a um "sou livre de"?!

Temos de admitir que, afinal, Manuel está CATIVO do tabaco e por isso NÃO está livre, logo não é livre.

Aquelas tais contradições e deficiências traduzem-se em conceitos complexos por si INEXPRESSÍVEIS, pois são errados (como algo que "nasce" sem alguma vez ter tido vida e sem vida permanecer).

Mas como todos repetem hoje tais erros sem repararem neles sequer sendo que vamos tanto à universidade?! Tal erro era inexistente no séc XII e, ao ouvi-lo aqueles contemporâneos, não passaria de um jogo tolo de palavras que nem fariam rir o mais tolo.

Permita que lhe apresente o "erro do sistema Win." que mais me fez rir: é um contra a verdade. E deu-se o caso de estar a dizer a uma familiar que "era verdade que"... Ela retorquiu dizendo "ora essa, não há verdades absolutas". É costume sair esta reposta da boca para fora. Perguntem então à minha familiar se ela tinha a certeza, ao que me respondeu que sim. Voltei a perguntar-lhe "então é mesmo ABSOLUTAMENTE VERDADE que não existem VERDADES ABSOLUTAS?!"... Eu sorri, ela gaguejou...

Aqui na aldeia mais próxima ainda há pessoas de idade, PRINCIPALMENTE aqueles que não vêem televisão e não sabem ler (ou seja, não têm possibilidade de receber a formação que se diz por todo o lado ser tão importante para obter "qualidade de vida" e outros paraísos na terra) que apenas não riem daquelas "exclamações contra a verdade" porque pensam que os mais "civilizados" (os outros) por algum mistério e desígnio conhecem tudo.

Abordei os concito de "liberdade" e "verdade", atacados e corrompidos, é um mania (fanatismo da liberdade) e outro uma fobia (relativismo absoluto) e tão característico da nossa sociedade.

Enfim... Este tema de liberdade é muito importante e eu quero trata-lo aqui no blogue com tempo.

Quero apenas focar que o conceito de "liberdade" próprio da nossa civilização (basta pensar nos mais de 800 anos que tem o nosso Portugal, e os tantos países da Europa - cultura ocidental milenar) não treme nem sobe a cegueira da contra-civilizaçã recente.

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