De cinco títulos pelos quais (conforme o Direito, e viver salvo recebido) pode um Santo, ou varão ilustre em virtude, pertencer a algum reino ou cidade, etc. (V)
O quarto título é o nascimento (que chamamos final) por morte, ou natural de Confessores, ou violenta dos Mártires, cujos dias, em que os santos mártires morrendo, venceram os tiranos, como mais próprios, de sua primitiva infância (com grande veneração) celebra a igreja Católica, como dos Santos Padres provam vários autores. Primeiramente de Tertuliano I de coron.milit.c.3.in Job. De S. Gregor. Nisseno in vita Thaumat. De S. Bern.serm.de S. Joanne Bapt.onde diz: Novit enim Eccl.quia melhor dies mortis die nativitatis, et quod ortus hominum tristitia comitetur. Inde est quod diem mortis martyrum non nativitatis solemnizat Ecclesia, mortem tamen erorum natalitiorum nomine nominas, quibus, factus est de morte natalis, Tunc enim coeperunt de morte nasci ad vitam, cum vitam deposuerunt pró vita. De Nicolau I respondeu ado consulta Bulgarum, que nega senão deve jejuar, nem abster de carne nos natais dos principais Mártires, se dairem em sexta-feira, e dando a razão entre outras muitas, toca a seguinte: Quomodo enim usitato modo sicitur nasci, quando quis ex útero materno procedens in hanc lucem exit: sic quoque iure natus appellari potesi, quilibet ad huius faculi teneb ris ad lúmen pertigans viventium. Pró qua erg o re apte consuetudine tenet Eccl ut solemnes B. Martyrum, vel Confesorum Christi dies, quibus de hoc mundo ad adregionem migravere vivorum, nuncupentur natales: sede et eorum solemnia nonfunebria tamquam mo rientum, sed utpote in veram vitam nascentium, natalitia vocitentur. Haec ibi. De aqui procede, que mais propriamente são os santos dos lugares onde morreram, que dos que em que nasceram, pois claramente se vê quanta vantagem faz um outro nascimento, que no primeiro, e natural, saiem as criaturas das maternas entrenhas inficionadas com mácula do pecado original, sujeitas (segundo a presente justiça) à eterna condenação, expostas para sofrer as inumeráveis misérias, e calamidades deta vida, incertas do fim, que hão de ter, ou de glória perdurável, ou pena eterna; formidável incerteza! E no final nascimento sejam os santos do tempetuoso mar deste mundo para entrar no porto seguros da eterna felicidade, onde por intermináveis séculos gozem da beatífica visão em companhia de todos os bem-aventurados. Portanto, diz S. Eucherio: Beatorum Martyrum pasiones natales cocamus dies, quando eos martyrii vitae, et gloriae fides dum ingerit morti, genuit aeternitati; et perpetua gaudia brevi dolore parturiit. Mérito plane dicendi natales dies per quos illi qui nati fuerant in hanc fragilitatis humanae miseriam, súbito renaeruntur in gloriam vitae perennis , initium, de morte fumentes, etc. Por esta cabeça todos os Santos de quelquer mação que fossem, que morreram enste Reino de Portugal, e duas conquistas nos pertencem, e são nossos, não deixando juntamente de o ser das pátrias onde nasceram. Por este título tem por seus Girona aos santos Bispos Narciso e João, ambos Portugueses, naturais de Santarém; Granada ao B. João de Deus, outro sim Português de Montemor-o-Novo; e Milão ao nosso B. Amadeu, nascido em Campo Maior ; Saragoça a S. Engrácia e Capua a S. Ma[?] ambas estas santas portuguesas filhas de Régulos da Lusitânia.
Ler IV parte
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