(Continuação da 1ª parte)
A infanta D. Mafalda foi logo entregue a D. Urraca filha de Egas Moniz (o grande homem da confiança de seu avô D. Afonso Henriques e que o educou). Mantinha-se assim uma continuidade de educação tão fundada na Fé e na valentia.
D. Afonso Henriques o Grande (D. Afonso I, de Portugal) |
D. Henrique I de Castela |
D. Afonso II (o Gordo) |
D. Sancho I tinha deixado a todos os filhos territórios e poder pleno sobre eles. A D. Mafalda tocou-lhe o Castelo de Seia, a respectiva vila com todos os seus rendimentos, e o mosteiro da Bouça. Deste património fê-la o pai Rainha. Ora, o conceito de nação actual diria tratar-se de um Reino dentro do Reino de Portugal. Mas não. Na verdade tratou-se de um território independente, à imagem de feudo. E esta prática não foi tampouco um capricho da originalidade. Também D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, se intitulara Rainha. O conceito de "Reino", até este período, não tinha as especificações que veio a ter depois. É justamente pelo modelo de governo que D. Sancho tinha tido grandes problemas com o Clero e a Nobreza. Também D. Afonso II os teve, e desta vez com suas santas irmãs. Assim os Reis afastavam-se de modelos mais nossos e aproximavam-se de outros modelos mais comuns na Cristandade. D. Afonso II queria fazer valer o seu modelo e não permitira suas irmãs como Rainhas de seus pequenos Reinos. O significado de "rei" era mais o de "senhor".
(Terá continuação)
2 comentários:
Fantástico blogue!!!
Hermínius Lusitano,
Obrigado pela simpática apreciação.
Volte sempre.
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