Capit. 1
O QUE FOI O CONCÍLIO VATICANO II
B. Sobre as Causas Que Explicam o Concílio
I. Acerca da finalidade do Concílio Vaticano II
11) Conclusão:
“Seria legítimo assinalar o humanista ateu, em recurso apologético, que coincidimos com ele na promoção do homem, agregando que não há verdadeira promoção da dignidade humana sem ter em conta a relação do homem com Deus, ou seja, sem ter em conta a religião. Mas aquilo só por um instante, porque a coincidência naquela finalidade é puramente material, pois uns procuram-na para divinizar e outros para dar glória a o verdadeiro Deus, e em consequência, as realizações concretas de tal promoção dar-se-ão em formas opostas. Mas, evidentemente, é isto que fez o Concílio.
Pode ocorrer também que esta tal linguagem se adopte por não advertir as distinções que é necessário estabelecer, as que – como dissemos – não carecem de subtilezas. Mas isto justifica que de vez em quando se diga uma frase torta, mas não que sempre, e sistematicamente, se fale dessa maneira. Ademais, se alguém com espírito católico comete este erro, horroriza-se quando se tornam patentes as consequências. Isto foi provavelmente o que aconteceu à maioria dos Bispos que aprovaram a constituição Gaudium et Spes.
Mas quem faz sentar o homem no trono da criação desta maneira, colocando o Criador ao seu serviço, cegou-se intelectualmente por um orgulho insensato. É certo que este pecado, como nos diz a experiência, pode crescer por graus entre muita inadvertência, porque cobre-se de roupagens de grande religiosidade. Mas a adoração ao “Homem” como imagem de Deus – “Pai, glorifica o Homem para que o Homem te glorifique” – é, em toda a sua espécie, o pecado do primeiro personalista, Lúcifer, que preferiu a contemplação de sua própria essência, como mais perfeita imagem da divindade, do que subordinar-se com toda a sua natureza em adoração ao Verbo encarnado. Os frutos dados pelo Concílio, em quarenta anos, não o livram deste pecado.”
Pode ocorrer também que esta tal linguagem se adopte por não advertir as distinções que é necessário estabelecer, as que – como dissemos – não carecem de subtilezas. Mas isto justifica que de vez em quando se diga uma frase torta, mas não que sempre, e sistematicamente, se fale dessa maneira. Ademais, se alguém com espírito católico comete este erro, horroriza-se quando se tornam patentes as consequências. Isto foi provavelmente o que aconteceu à maioria dos Bispos que aprovaram a constituição Gaudium et Spes.
Mas quem faz sentar o homem no trono da criação desta maneira, colocando o Criador ao seu serviço, cegou-se intelectualmente por um orgulho insensato. É certo que este pecado, como nos diz a experiência, pode crescer por graus entre muita inadvertência, porque cobre-se de roupagens de grande religiosidade. Mas a adoração ao “Homem” como imagem de Deus – “Pai, glorifica o Homem para que o Homem te glorifique” – é, em toda a sua espécie, o pecado do primeiro personalista, Lúcifer, que preferiu a contemplação de sua própria essência, como mais perfeita imagem da divindade, do que subordinar-se com toda a sua natureza em adoração ao Verbo encarnado. Os frutos dados pelo Concílio, em quarenta anos, não o livram deste pecado.”
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