(continuação da I parte)
LEVAR CONHECIMENTO ONDE HÁ IGNORÂNCIA
"Quando aqui na serra mais próxima vejo um pastor tocando uma destas
flautas, transportando o seu cajado de pastor, guardando suas ovelhas
junto a ele, vestido como humano (portanto, como um pastor), não penso
nem digo que vi um Pã! Digo e penso que vi um pasto!... Óbvio! Se no
painel central da mitra há uma personagem com pés humanos, cabeça
humana, que guarda ovelhas, se veste humanamente, porque é que alguns
querem dizer que é um Pã!?" (do nosso artigo "Chiesa Viva - Tolice Satânica?") .
Desde 2012 ninguém livrou a tese do artigo da Chiesa Viva para demonstrar que a imagem da mitra fosse realmente Pã e não um pastor. Lembremos agora em 2020 o comentador do nosso artigo não consegue também negar que vê um pastor (ao qual passou a chamar de Pã!!!).
A QUEM FRANCO ADESSA CHAMOU PÃ?
(imagem: Nas Catacumbas Domitilla, séc. III)
O artigo de Adessa é bastante arrojado nas afirmações, fortíssimo na conclusão que faz supor aos leitores mais incautos, terrivelmente fraco na sua ciência e critérios, muito sensível à opinião do seu público alvo. Neste e em outros artigos parece fazer mais levantamento sobre os elementos da maçonaria, mitologia, etc. que procurar saber das próprias coisas da cultura cristã.
Franco Adessa com a sua tese da mitra demonstrou não ter conhecimento sobre aquela figura do pastor; não gastou tempo em procurar imparcialmente fonte e informação sobre tal imagem (erros graves para qualquer investigação e posição moral talvez duvidosa quando isso implica culpabilizar terceiros). Em suma, este "investigador" desconhece uma das figuras mais reproduzidas pelos primeiros cristãos nas catacumbas: um pastor simbolizando "Cristo bom pastor" condutor das suas ovelhas.
Enquanto tal redactor não buscou a cristã informação, porque antes aplicou o tempo em construir pintadas narrativas em torno das suas suposições fantasiosas, foi-se formando gradualmente um artigo que fez as delícias de muitos leitores Chiesa Viva. Foi assim que uma multidão de gente por ignorância tomou um antigo símbolo do Cristianismo por uma imagem pagã!
(imagem: na Basílica Patriarcal de Aquileia, mosaicos representando o Bom Pastor com uma flauta na mão - séc. IV)
Lamentável...!!! Más cá estivemos nós a tempo para dar SUFICIENTE sinal. Cá voltamos em 2020 para dar uma ajuda mais a quem então não viu, e uma oportunidade mais a quem não quis ver.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sobre a mitra papal pode sim dizer-se o óbvio:
1 - faz presente o ângulo da "pastoralidade" (aspecto sobrevalorizado nos tempos "pós-concílio");
2 - faz presente a ideia do Papa como Pastor Universal da Igreja;
3 - usa as conchas como fundo (a concha é um elemento presente no brasão de Bento XVI, o mesmo para quem foi feita a mitra em causa);
4 - preenchimento secundário de elementos vegetais decorativos, dispostos na forma mais comum.
Então, sendo assim tão simples, como foi possível ter havido tanto engano e persistência nele!? É assim que costuma ser!
7 comentários:
A mitra de Bento XVI, afinal, reproduz aquela imagem encontrada nas catacumbas, é mesmo igual!
Como é possível olhar para aquilo que é objectivamente um pastor e chamá-lo de pã? O próprio comentador "Francisco" (que trouxe de novo a polémica) reconhece a imagem de um pastor, no entanto, diz que o pastor é um pã. Loucura, fanatismo, má-fé?
Nunca fui leitor da revista Chiesa Viva, mas se isto são as suas publicações, então morra a Chiesa Viva. A sua obra é diabólica.
Caro Reaccionário,
na parte I do artigo fica bem patente que a CHIESA VIVA mudou de direcção/qualidade pelo menos desde 2012, ano da morte do seu fundador.
Haveria que ver se o problema se deve aos novo dirigente Franco Adessa. Enfim, como sabe, o artigo apenas faz crítica a uma publicação lamentável da CHIESA VIVA.
"Chiesa Viva" actualmente parece mais fazer propaganda maçónica do que anti-maçónica
ao último anónimo:
pois... de certa forma os leitores ficam a saber mais das simbologia e meandros da maçonaria que da cultura católica etc.. Depois erra nas investigações com aquela facilidade que se viu.
Em tempos ainda esteve em preparação uma análise a outros números da revista pós 2012 (e mesmo de 2011); mas tornou-se cansativo pelo largo número de suposições e afirmações fáceis que a revista fez. É que também custa dizer... uma vez que sabemos estar a voltar contra nós amigos nossos leitores fervorosos dessa revista, os quais propagaram aqueles números com os artigos aqui refutados.
Salve Maria!
Agradeço pelos artigos.
Consegui algumas edições em português e essa da Mitra foi uma delas. A primeira coisa que notei foi a imagem usada em toda a reportagem ser de baixa resolução.
Fico admirado por ter visto a divulgação dessa Revista em ambiente "tradicionalista não-sedevacante".
Caro Ivo, obrigado por comentar.
Qual o motivo de tanta admiração?
Não só a revista foi divulgada entre acostumados nas capelas da FSSPX, como em Portugal a FSSPX foi "iniciada" e "sustentada" pelos ditos "sedevacantistas"! Quem em Portugal pediu ao próprio AMIGO Monsenhor Marcel Lefebvre a vinda da FSSPX e fez sua acomodação na capela privada do palacete era sedevacantista!
O Ivo é muito jovem? Não sabe a história porque a viu, certamente!
Volte sempre.
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