27/02/16

ASCENDENS AOS CATÓLICOS ASSARAPANTADOS

Conhecidos e amigos, que andais aflitos e mui assarapantados com as representações do Senhor Presidente da República em Portugal, repito, EM, em Portugal, tenho a perguntar-vos: desde quando a república em Portugal passou a ser legítima, e deixou de ser ofensa a Portugal!? [o Estado Novo não conta]

É lamentável, sem dúvida, que o Presidente da República EM Portugal se diga católico, e vá a "celebrações ecuménicas" em mesquitas. Não será menos lamentável haver católicos que tenham a República em Portugal como República de Portugal ou, pior, considerá-la como Portugal mesmo.

Aos católicos que costumam usar a designação "falsa Igreja", ou "Igreja do Concílio", como se se tratasse efectivamente de outra igreja, não seria esperado ouvir-lhes dizer "falso Portugal", ou "Portugal da Constituição Republicana", como se de outro efectivo Portugal se tratasse? Não é que eu recomende tal, mas enfim ...

As câmaras municipais, embora tomadas de republicanismo, são elas mais legítimas que a república e seus representantes; para que vejais, ou vos lembreis. Elas existem entre nós há séculos! Tanto assim é que, um certo grupo de monárquicos portugueses, recente, o qual não apoiamos, tem como um dos pontos principais da sua campanha o municipalismo; e outro grupo, mais antigo, já fala em república coroada. Anda já tudo muito republicanizado, são contra a república mas pensar à republicana, e não admira já que se tome o adverso como nosso e próprio. Pobre gente, que geme pelos efeitos, e nem um "ai" dá pelas causas e falsos princípios que os originaram.

Sim...! Alguns de vós, em tempo de eleições, votou, para exercer o seu direito de voto (maçónico), votos como que legitimam o Prof. Marcelo Presidente. Agora, logo no primeiro dia, os frutos podres aparecem, e sem que estes estejam contra a Constituição Republicana (a tal que vos dá o direito de voto que dizeis ter). Insurgir-se agora, contra aquele a quem elegeste por legítimo superior, o Presidente, não será murmuração, contradição,  superficialidade, e tantas outras coisas!?

O assarapantamento em Portugal não foi pouco! Tenho visto até "modernistas" e ateus, indignarem-se com a actitude do Prof. Marcelo. As vozes que se levantam agora contra, evidentemente, têm alguma razão aparente, no caso dos que se julgam católicos-republicanos em Portugal; mas tem apenas completa razão, no caso dos que apenas toleram a República e repugnam a democracia. Outros assarapantados há, que vivem em constantes ajustes com a conveniência: há aqueles que a) acham que o direito de voto é maçónico e ilusório, mas depois das eleições consideram o Presidente da República um representante de Portugal; b) outros acham que a república não é legítima, mas é legítimo o voto e o representante republicano, e clamam mais democracia que qualquer republicano; c) outros dizem-se monárquicos e católicos à sexta, mas são republicanos e heterodoxos à segunda!

As vozes da razão e da lucidez católica não servem apenas para dizer a verdade a quem a conhece e pratica, mas sim, e principalmente, para corrigir quem anda enganado. E é isto bem necessário, pois o que não falta é confusão e cumplicidade. Veja-se pois, que nestas matérias temos no blogue ASCENDENS publicado artigos e obras relativas à democracia e à república (contra a fome: pão).

Não confundir SER, e ESTAR (ou parecer, ou ter, ou fazer, etc...):

- Portugal É uma monarquia tradicional;
- A República é ocupante, e temos obrigação de correr com ela (enquanto tal, temos que nos ir sujeitando, tolerando no necessário, sempre que não se entre em contradição com o que Deus manda etc..).

Mas que dizer a esses que votaram e se queixam agora?! E que dizer aos que se calaram em criticar maus princípios, mas que apenas bradam para criticar os efeitos dos mesmos princípios?!

A quem É português, e não tem ANDADO português, ponha-se em linha!

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