25/01/16

PRESIDENTES AMERICANOS E OS REGALOS PORTUGUESES

Os Presidentes Americanos gostam muito de regalos portugueses!

É um facto histórico que os 56  homens que assinaram a Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, na cidade de Filadélfia,  no dia  4 de Julho de 1776, beberam Vinho da Madeira para celebrar  este acontecimento  tão histórico, resultando na  criação  da nação que se veio a desenvolver na maior potência mundial!  Apesar do calor abrasador daquele dia,  os fundadores da América não escolheram nem cerveja, nem champanhe para celebrar o nascimento da América do Norte!

Porque foi o Vinho da Madeira escolhido por excelência? O Vinho da Madeira começou a entrar nas colónias inglesas da América  com uma tarifa especial mais baixa, porque Portugal era uma aliada da Inglaterra, desde 1385.  Por esta razão os proprietários americanos de latifúndios começaram a beber Vinho da Madeira e tomaram-lhe o gosto. E não demorou muito tempo que o Vinho da Madeira  passasse a ser a bebida dos ricaços  americanos. Era chique beber e oferecer Vinho da Madeira. Passou a ser um elemento da alta sociedade americana  mesmo antes da Independência.

O Primeiro Presidente,  George Washington, - que por ser presidente não ganhava salário, pois nessa época  era  uma grande honra ser-se Presidente da América!  -  comprava o Vinho da Madeira aos  tonéis, mas o custo desses  barris apareceu  depois  nas listas das munições ou  material de guerra!... O Presidente Thomas Jefferson na sua célebre casa Monticello, no Estado de Virgínia,  tinha uma adega excelente onde triunfava, com abundância, o Vinho da Madeira  a qual ainda hoje  se pode visitar e apreciar.

Sabe-se também que muitos Presidentes da América continuaram  a beber e a oferecer Vinho da Madeira na Casa Branca.  Muitos nomes célebres da História Americana consolavam-se  e regalavam-se com o Vinho da Madeira, mesmo aqueles que não estavam ligados ao governo da Nação. Praticamente todos  assinantes da Declaração da Independência por gostarem do Vinho da Madeira tinham ataques de gota. O mais célebre  deste grupo foi  Benjamim Franklin que ia para  as reuniões  do Congresso em Filadélfia de muletas porque  sofria muitas dores  devido ao reumatismo gotoso! Foi ele até que introduziu o uso da Colchicina no tratamento da gota nos Estados Unidos, medicamento que ainda hoje se usa no tratamento dos ataques de gota! A razão porque o Vinho da Madeira agrava o reumatismo gotoso é porque o seu álcool  intervém, negativamente, no mecanismo de EXCREÇÃO  do ácido úrico pelos rins. O  mesmo se passa com as outras bebidas alcoólicas.


Caldo Verde

Outro Presidente muito famoso que não bebia Vinho da Madeira mas gostava muito de caldo verde e malassadas era o Presidente Abraão Lincoln!  Antes de ser eleito Presidente  dos Estados Unidos, Lincoln tinha, em Springfield, Illinois,  uma cozinheira portuguesa, emigrante da Madeira, que fazia o caldinho  e as malassadas   para o futuro Presidente. O Presidente  Lincoln quís levar consigo a mesma cozinheira, Maria do Céu, para a Casa Branca,   mas  ela recusou o convite porque já estava  enamorada do seu “Manel”  e preferiu ficar para sempre em Springfield.


Chouriço

Nos nossos dias os Presidentes Americanos continuam a  consolarem-se com  guloseimas portuguesas.  Em 1996, numa festa de angariação de fundos para a campanha de reeleição do Presidente Clinton que se realizou no Estado de New Jersey, foi apresentado  aos  convivas uma deliciosa  tortilha com chouriço. O  Presidente Clinton gostou tanto  deste prato  feito com chouriço,  que deu ordens  para ser enviado para a Casa Branca, TODOS OS    MESES  sessenta libras (cerca de trinta quilos)  de chouriço.   E quando o Presidente George W. Bush tomou conta da Casa Branca  manteve a  mesma remessa  do chouriço para a Casa Branca. Não sabemos, neste momento,  se o chouriço que está a entrar na Casa Branca  é português, espanhol ou mexicano.

Os chouriços  espanhol  e mexicano  têm vinte por cento de colorau ou paprica, (um pó vermelho condimentoso de pimentão seco), que  faz a comida muito avermelhada. No chouriço português os condimentos são todos muito bem balançados.   O chouriço  português é   preparado com carne de porco, paprica, alho, pimenta preta, sal  e é posto em vinhadalhos (com vinho tinto) que  lhe dá um sabor especial e característico. Consola!   É   por isso que um prato de carne ou de peixe que leve umas rodelas de chouriço tem logo outro sabor, outra personalidade.

 

Qual é a diferença entre linguiça, chouriço e salpicão? O conteúdo é praticamente  o mesmo. A única  diferença é que antigamente  usava-se  a  tripa do intestino delgado  do porco  para fazer a linguiça e a tripa do intestino grosso do porco para fazer o chouriço.  Salpicão é um chouriço grosso ou paio, tipo de enchidos de pasta dura constituído principalmente,  por carne de porco, gordura, sal, pimentão doce, pimenta e alho.

Presentemente com a invenção  e o uso dos plásticos  é difícil destinguirmos a linguiça do chouriço.  Tanto um como outro se forem feitos com a receita  portuguesa são os melhores do mundo! Regale-se com o chouriço português  e ofereça-o  aos seus amigos  porque  será muito felicitado! Bom apetite! E para arrematar,  beba um cálice de Vinho da Madeira,  ou do Vinho do Porto Português  se é que  não sofre de gota.....Beba à  nossa e à vossa  saúde!

Parabéns!

5 comentários:

Mem de Sá disse...

A linguiça é um tipo de "sausage" já popular nos Estados Unidos, embora acho que eles erram a mão na receita, americanizando-a.

O Porto continua como vinho clássico, mas os mercados norte-americanos parecem preferir os vinhos secos chilenos, argentinos, espanhóis, italianos e franceses, além dos nacionais. Uma pena!

anónimo disse...

Caro Mem de Sá,

obrigado por comentar.

Tudo isso é uma questão de mercados. No Brasil a imigração italiana conseguiu fazer com que a maior parte dos restaurantes tenham pizza ou sejam pizarias, o sotaque oficializado em parte é o da comunidade italiana em S. Paulo, e não tem mais de 40 anos, etc... Mas isto são forças comerciais, grupos económicos-políticos, e não a sociedade.

Quanto ao "francês", é uma mania do séc. XIX: os liberais (com a "fundação" do Império do Brasil) quiseram cortar as raízes, e arranjar referências civilizacionais diferentes (padrastos e madrastas)... e foram escolher a França como referência. Desejaram ser franceses (enfim...). Ainda hoje têm essas manias, e por algum motivo estão envenenados contra Portugal, ou seja, contra eles mesmos, e fica a própria identidade diluída no "multi-tudo". Eis o motivo pelo qual se tornaram tão instáveis e tão sujeitos ao crime constante e instituído. Evidentemente que, assim sendo, também os vizinhos têm força: Argentina, Chile, e destes a Espanha.

Chouriço nos Estado Unidos?! ... fica caro! Eis o motivo!

Volte sempre.

Mem de Sá disse...

Caro Ascendens,

Devo observar, porém, que o vinho português sempre foi o mais tradicional no Brasil, assim como o azeite de oliva. O vinho verde Calamares era tomado com frutos do amor há muito tempo, 30 anos atrás, quando vinho ainda não era moda no Brasil. Assim também com o Casal Garcia e o Periquita. Agora há uma plêiade de novas marcas, sobretudo alentejanas, vinícola Bacalhoa e os do Paulo Laureano, todos muito bons e que nos fazem pensar como devem ser as belas terras de Portugal. O azeite Galo continua o campeão, também o Andorinha é muito popular, embora já se vejam hoje os espanhóis, gregos e italianos também.

Às vezes vem-me o pensamento desesperado de que a verdade histórica não será conhecida (e menos ainda abraçada) no Brasil até o fim do mundo. Os bons se enganam promovendo a monarquia liberal (e ilegítima) dos Bragança brasileiros. São tradicionalistas e fazem remendos de raciocínio: como ser tradicionalista e defender a monarquia implantada por Guatimozin (nome maçônico de D. Pedro I) e continuada por seu filho liberal? Dizem que a Princesa Isabel foi muito católica, e assim me parece também, mas ela não reinou. E se ela tivesse reinado, teria o fato de ela ser católica de verdade sanado a ilegitimidade do seu regime? Pareceria que não, por causa da ilegitimidade de origem, que data da fundação do "Império": nenhum rei tem o poder e o direito de retalhar o seu próprio império ou reino. Pedro I nunca teve poder régio legítimo, porque nunca foi rei legítimo. E D. João VI nunca pôde ceder um dos seus reinos. A aceitação da parte de D. João VI foi apenas um remendo jurídico, ou melhor um ato diplomático, para uma situação de fato incontornável. E de lá para cá temos vivido de remendo em remendo. Será um dia o direito original do Império Português e do Reino Unido restaurado?

Difícil saber. Por enquanto, vamos perdidos. Como o senhor mencionou, uns exaltam a raça italiana, outros a alemã, sempre com um complexo de inferioridade de serem brasileiros. Os mais comunistas gostam de usar os pretos e índios. Mas é Portugal que nos define, e nada mais. Muitas raças trouxeram comida e algumas outras coisas, mas o espírito, o caráter, o temperamento foi dado por Portugal, o que molda tudo o mais.

Vale

anónimo disse...

Caro Mem de Sá ... Quer fazer o favor de enviar um mail ao blogue?

ascendensblog@gmail.com

Obrigado... Aguardo.

Mem de Sá disse...

Pode deixar. E deixe-me corrigir: frutos do mar, não "frutos do amor".

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