Essa história de serem turcos não bate bem. Quem já viu gente turca, síria, ou libanesa, sabe como eles são diferentes.
Houve recentemente um doutor "espertão" que veio com uma pesquisa genética a mostrar que os melungos nada mais são que mistura de brancos do norte ou centro da Europa com pretos (http://www.huffingtonpost.com/2012/05/24/melungeon-dna-study-origin_n_1544489.html). Pretendeu substituir, segundo dizem, a "sempre inferior" história oral pela ciência. Com os resultados dessa pesquisa, argumentam que essa gente se afirmou portuguesa apenas para se salvarem das terríveis leis raciais anglo-saxãs-protestantes. Ora, o norte-americano médio de hoje mal sabe o que é Portugal, muito menos o saberia um homem da montanha naquela época, a não ser se fora passado por tradição.
Depois de ler alguns sítios muito esclarecedores (http://vacreeper.com/2013/10/melungeons-were-portuguese/ ; http://the-melungeons.blogspot.com/ ; http://historical-melungeons.com/), não há dúvida de que essa gente era portuguesa, embora com uma mistura às vezes maior com índios, ou uma menor com pretos e ingleses - o núcleo certamente português.
Vi uma menção num documento antigo citado de terem sido huguenotes portugueses fugidos de Portugal. Essa menção não se repete em outros documentos. Nunca soube de huguenotes portugueses.
Terrível que tenham tido de "se esquecerem" a fim de sobreviver. A rigidez, farisaísmo e falta de caridade da cultura protestante e anglo-saxã são gigantes. Ainda hoje, o norte-americano, fiel à filiação inglesa, é um povo rústico, insulado, que não sabe de nada além das suas fronteiras. Pensam que se fala espanhol no Brasil e que o país certamente não passa de uma variante do México. Na sua mentalidade, todas as nações ao sul estão num mesmo saco-de-gato (chamam seus habitantes de "hispânicos" ou "latinos", como se os britânicos nunca tivessem recebido nada de romano também), e a sua existência é tão inferior (se comparada à dos EUA) que nem vale a pena conhecê-los. De Portugal geralmente nunca ouviram falar. Como dito no vídeo, mal conseguem pronunciar a palavra "portuguese", e dizem-na "portugeese" ou "portugee".
É de admirar-se o senso de união, prestatividade interna, esforço interno, que os anglo-saxões da América têm até hoje entre si. Mas não parecem certos os conservadores brasileiros de matiz americanista, que tudo exaltam nesse povo. Basta apontar o protestantismo dissolvido em alta dose na cultura, e que afeta até mesmo os católicos. Adicione-se que os conservadores dizem que o brasileiro, em maioria, é "analfabeto funcional". Que seja. Mas também o são os norte-americanos, que, por exemplo, nem fazem idéia do que é Portugal. Cada um com os seus males, e o deste povo é o de se achar que muito se bastam - a insularidade de que falei, que se reforça com o tão conhecido individualismo, pragmatismo e materialismo anglo-saxões.
1 comentário:
Essa história de serem turcos não bate bem. Quem já viu gente turca, síria, ou libanesa, sabe como eles são diferentes.
Houve recentemente um doutor "espertão" que veio com uma pesquisa genética a mostrar que os melungos nada mais são que mistura de brancos do norte ou centro da Europa com pretos (http://www.huffingtonpost.com/2012/05/24/melungeon-dna-study-origin_n_1544489.html). Pretendeu substituir, segundo dizem, a "sempre inferior" história oral pela ciência. Com os resultados dessa pesquisa, argumentam que essa gente se afirmou portuguesa apenas para se salvarem das terríveis leis raciais anglo-saxãs-protestantes. Ora, o norte-americano médio de hoje mal sabe o que é Portugal, muito menos o saberia um homem da montanha naquela época, a não ser se fora passado por tradição.
Depois de ler alguns sítios muito esclarecedores (http://vacreeper.com/2013/10/melungeons-were-portuguese/ ; http://the-melungeons.blogspot.com/ ; http://historical-melungeons.com/), não há dúvida de que essa gente era portuguesa, embora com uma mistura às vezes maior com índios, ou uma menor com pretos e ingleses - o núcleo certamente português.
Vi uma menção num documento antigo citado de terem sido huguenotes portugueses fugidos de Portugal. Essa menção não se repete em outros documentos. Nunca soube de huguenotes portugueses.
Terrível que tenham tido de "se esquecerem" a fim de sobreviver. A rigidez, farisaísmo e falta de caridade da cultura protestante e anglo-saxã são gigantes. Ainda hoje, o norte-americano, fiel à filiação inglesa, é um povo rústico, insulado, que não sabe de nada além das suas fronteiras. Pensam que se fala espanhol no Brasil e que o país certamente não passa de uma variante do México. Na sua mentalidade, todas as nações ao sul estão num mesmo saco-de-gato (chamam seus habitantes de "hispânicos" ou "latinos", como se os britânicos nunca tivessem recebido nada de romano também), e a sua existência é tão inferior (se comparada à dos EUA) que nem vale a pena conhecê-los. De Portugal geralmente nunca ouviram falar. Como dito no vídeo, mal conseguem pronunciar a palavra "portuguese", e dizem-na "portugeese" ou "portugee".
É de admirar-se o senso de união, prestatividade interna, esforço interno, que os anglo-saxões da América têm até hoje entre si. Mas não parecem certos os conservadores brasileiros de matiz americanista, que tudo exaltam nesse povo. Basta apontar o protestantismo dissolvido em alta dose na cultura, e que afeta até mesmo os católicos. Adicione-se que os conservadores dizem que o brasileiro, em maioria, é "analfabeto funcional". Que seja. Mas também o são os norte-americanos, que, por exemplo, nem fazem idéia do que é Portugal. Cada um com os seus males, e o deste povo é o de se achar que muito se bastam - a insularidade de que falei, que se reforça com o tão conhecido individualismo, pragmatismo e materialismo anglo-saxões.
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