23/04/15

SOBRE O ACOLITAR (II)

(continuação da I parte)

§ II

Ofício Dos Acólitos na Missa Cantada

Castiçais processionais
da Capela do Divino Espírito Santo e S. João Baptista,
na igreja de S. Roque, em Lisboa.
11. Chegados a tempo competente à Sacristia, lavam as mãos, e vestidos de sobrepelizes, ajudam a vestir os Ministros sagrados, e vão acender as velas do Altar, do modo que acima se disse, e depois as dos seus castiçais: um deles leva para a Credência o pratinho com as galhetas de vinho, e água, cobertas com um manutérgio dobrado, e o põem ao lado do Cálice, na parte direita da Credência; põe também aí uma campainha, para tocar a Sanctus, e à elevação.

12. Quando é tempo de partir, os Acólitos se põem de uma, e outra parte, tendo os castiçais na mão, do modo que acima se disse, e fazendo linha recta com os mais Ministros (se a capacidade da Sacristia o permitir), de maneira que o primeiro Acólito fique à direita do Celebrante, e o segundo à esquerda do mesmo, um, e outro em último lugar de todos; e feita a inclinação profunda à Cruz da Sacristia com os Ministros sagrados, saúdam o Celebrante com inclinação medíocre, e vão juntos atrás do Turiferário, o primeiro Acólito à direita, e o segundo à esquerda, e para isso mudam de lugares, passando o segundo por trás do primeiro, e mudando a postura dos castiçais, como acima se disse; o que sempre hão de observar em semelhantes casos.

13. Se indo para o Coro passam por algum Altar, em que se diga Missa depois da Consagração até à Comunhão, ou esteja exposto o Santíssimo Sacramento, fazem genuflexão, estando o Turiferário no meio deles; no primeiro caso com um só joelho, no segundo com ambos, ajuntando inclinação profunda; depois levantando-se, vão para o Coro. Se a Missa se houver de celebrar em Capela particular, e hão de passar diante do Altar mór, fazem genuflexão: e devem fazer uma inclinação medíocre aos Sacerdotes vestidos dos sagrados paramento, que encontram no caminho.

14. Entrando no Coro se põem aos lados do Turiferário, e saúdam o Clero com inclinação medíocre, principiando pela parte do Evangelho, excepto se encontrassem primeiro a parte da Epístola (como pode suceder, quando a entrada é por algum dos lados do Coro), porque entram esta se deveria primeiro saudar, e em segundo lugar a do Evangelho, e depois vão para os dois lados do Altar, sem fazer reverência alguma, quando chegam, e ficam voltados um para o outro, até que cheguem os Ministros sagrados, e então com eles fazem genuflexão no plano, em linha recta (ainda que alguns dizem que há de ser mais atrás, não achamos razão alguma, salvo se a estreiteza do lugar assim o pedir). Tanto que tem genuflectido, o segundo, sem fazer nova genuflexão no meio, vai pôr-se ao lado do primeiro, o qual o espera imóvel, e vão juntos à Credência, sobre a qual põem os seus castiçais: o que feito, ajoelham junto da mesma Credência, e respondem em voz baixa (alguns Rubricistas não aprovam a acção de responderem os Acólitos; mas não temos por inconveniente que eles façam o seu ofício) aos Sacerdote, como na Missa rezada, fazendo os sinais da Cruz, as inclinações, etc., como os Ministros sagrados.

15. Se a entrada se fizer processionalmente com o Clero, o que só se pode trazer nos dias de maior solenidade, os Acólitos vão atrás do Turiferário, fazem genuflexão diante do meio do Altar, perto do último degrau, com o Cerimoniário, e Turiferário, que estão no meio dos mesmos Acólitos, separam-se, e põem-se de frente dos lados do Altar, e ficam voltados um para o outro, até que cheguem os Ministros sagrados.

16. Quando o Celebrante sobe ao Altar, depois de ter dito o Confiteor, os Acólitos levantam-se, cruzam os braços, e ficam voltados em Coro, em quanto dura a incensação do Altar; mas quando principia o Introito, voltam-se para o Altar, juntas as mãos até que tenha acabado os Kyrios: o que feito, voltam-se me Coro, como antes.

(Continuação, III parte)

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