![]() |
Rei D. Miguel, o Tradicionalista |
Houve inesperadas reacções ao artigo A Bicolor - Refutação Definitiva. Uma delas veio da parte de um legitimista, situação dialogada; a outra veio por parte de um elemento da Causa Monárquica (mais concretamente da Real Associação da Beira Litoral), reacção que se limitou ao uso do poder, e sem qualquer diálogo. A Causa Monárquica usa a bicolor, e perante certa acusação, de estar ainda em guerra com os "absolutistas", resolveu integrar também a bandeira "branca", mas com coroa ducal (o que tem levado muitos a crer tratar-se da bandeira de Portugal, usada pelos últimos Reis até D. Miguel, inclusivo).
Amigos da Causa Monárquica, que usais da bicolor,
nunca os autores discordaram que a bicolor tivesse sido a bandeira exclusivamente levantada pelo liberalismo em Portugal, e como "bandeira nacional". Por isso, o artigo da Chronica Constitucional de Lisboa, o qual transcrevi no meu mencionado artigo, retrata tal realidade. Por ser isto verdade tão inegável, não se atreverão os da Causa Monárquica entrar em demonstrações contrárias.
nunca os autores discordaram que a bicolor tivesse sido a bandeira exclusivamente levantada pelo liberalismo em Portugal, e como "bandeira nacional". Por isso, o artigo da Chronica Constitucional de Lisboa, o qual transcrevi no meu mencionado artigo, retrata tal realidade. Por ser isto verdade tão inegável, não se atreverão os da Causa Monárquica entrar em demonstrações contrárias.
A alguém que tentou fazer da Chronia Constitucional de Lisboa um documento de opinião muito particular, e por isso seria nada representativo nestas questões, direi que: é justamente o oposto. A Chrónica Constitucional de Lisboa manteve este nome de 1833 a 1834 (ano da usurpação total) e logo passou a ter o nome de Gazeta Oficial do Governo (*). O Chrónica Constitucional de Lisboa foi o órgão oficial do governo usurpador, desde o seu primeiro número, e nele foram publicadas as "leis" e comunicados "oficiais"; facto que explica a elevação do nome deste jornal, em 1834.
A verdade existe! O contar da história deve resultar da sujeição à verdade, e não aos desejos de quem quer que seja. Neste caso, o da bandeira liberal, os factos claros nunca deixaram espaço à dúvida. A bandeira bicolor é a bandeira liberal, sobre a qual esteve assente e jaze a linhagem de D. Pedro de Alcântara.
Desmotivo a Causa Monárquica a operar como aquele seu calado membro. Não irei motivar a Causa para o abandono da bicolor, visto que, muito ou pouco, defendem ainda as mesmas ideias da facção liberal, contra as quais D. Miguel e Portugal lutaram. Quem sabe... quem sabe, um dia!
(*) - cf. o II volume de "Jornais e Revistas do Séc. XIX", pág. 226.
1 comentário:
Já tenho visto esta imagem numa biografia de D. Miguel editada pelo Círculos de Leitores.
Mas é muito curioso porque é que D. Miguel foi retratado com a coroa sobre a sua cabeça...
Enviar um comentário