26/01/15

DA PROVÍNCIA DE GALIZA- AGIOLÓGIO LUSITANO (III)

(continuação da II parte)

Sé de Braga, Primaz das Espanhas
Que seus prelados se chamassem de Galiza, se prova do Concílio já referido d'Aquis Celenis, onde se compôs a regra da Fé, que por mandado do Papa S. Leão se mandou a Balcónio, Bispo de Braga, para que a aprouvesse, por não terem assistido naquele sagrado conclui, a qual anda no I tomo dos Concílios, no fim do 1 Toledano: "ubi: incipit regula fidei, etc. ad Balconium Episcopum Gallariae." A si mesmo chamam os autores comummente a S. Martinho Dumience "Bispo de Galiza", e a Idacio Bispo de Lamego dão o mesmo título por florescer em tempo, que esta cidade era sufragânea a Braga. Ponhamos o selo a este discurso com uma célebre autoridade de Fr. Jerónimo  Roman, que na sua Eclesiástica de Hispanha falando do nosso Paulo Orosio, depois de referidas várias opiniões cerca de sua pátria, diz as seguintes palavras: "Lo cierto es, que fue de Gallicia, i si se mira a la carta, que el Presbe Avito escribio al Arcebispo de Braga Balconio, quando le embiò las reliquias del Proto martyr S. Estevan, se verà que en ella claramente muestra era natural de Braga, i por el conseguiente Gallego, porque el Reino de Gallicia fuera de lo que oi alcança, que es asta el rio Miño, tambien cogia asta el rio Duero, e an sido los Concilio celebrados en Hespanha, se vè como era gran Provincia; i comprendia muchas sillas Obispales, i el districto del Obispado de Braga, se llamava Provincia Galliciana, por esta ciudad ser cabeça de toda ella." E o mesmo Roman na hist. m. f. de Braga 2 c. I refere: "Que viniendo S. Giraldo de Roma con el pallio tomado, celebrandose Concilio en Palencia ado presidia Richardo Cardeal presentò sus breves, à el Legado le puso en posesion, señalando-le estos sufraganeos, Astorga, Lugo, Tuy, Mondoñedo, Orense, Oporto, Coimbra, Viseu, Lamego, Egitania, Britonia, Oviedo."

Parece-nos que bastantemente deixamos provado que foi Braga no espiritual, e temporal cabeça da Província de Galiza, na qual se incluíam as cidades do Porto (chamada dos Suevos Festabole) Britonia, Cinánia, Flavia Lambria, Bragança (que conforme Juliano, foi a antiga Iuliobriga) Forum Limicorum (que é Ponte de Lima) Tuy, Iria Flavia (que é o Padrão) Orense, Lugo, Astorga, e outras, que ainjúria dos tempos assolou, e muitos ligares de menos nome, cujos antigos Santos, a saber os Pedros, os Torcatos, os Basileus, os Epitácios, os Frutuosos, os Ataulphos, os Rosendos, os Victores, as Vuilgefortes, as Eufêmias, as Engrácias, as Faras, e Senhorinhas nos pertencem, pelas razões apontadas, sem ficarem por isso defraudadas as pátrias, que os procriaram de os três por seus próprios, como no princípio defraudadas as pátrias, que os procriaram de os três por seus próprios, como no princípio propusemos. Vejam-se dos autores castelhanos Tarrafa de rebus Hispaniae fol 55 Florião do Campos l. 3 c. 36 Morales l. 11 c. 71 Loaifa sobre os Concílios de Hispanha, Padilha na Ecclesiastica cent. 4 c. 46. Vafaeus in Chronica, Gil Gonçalvez de Ávila no Theatro de Astorga c.; dos nossos, Fr. Bernardo de Brito em vários lugares na 1 e 2 p. da Monarqchia Lusitana, Fr. António Brandão na 3 l. 8 c. 18 D Fr. Amador Arraes Dialogo 4 c. 18 D. Rodrigo da Cunha, e outros que cita, e segue na 1 p. da história de Braga c. 1.

Sem comentários:

TEXTOS ANTERIORES