02/11/14

ASCENDENS - Notícia sobre a FLORES DE HISPANHA, EXCELÊNCIAS DE PORTUGAL

Sem vaidade, informo que, há mais de ano e meio este é o mais visitado e vasto blogue tradicionalista, em Portugal. Assim me parece a julgar pela leitura dos vários dados.

No blogue ASCENDENS, ao contrário do que costuma acontecer no geral dos locais, são raras as notícias e os assuntos da actualidade; mas tudo o que cá é publicado é assunto para a actualidade. Cá não se fala tanto do problema, mas dão-se as soluções, exemplos, ou complementos à solução (mesmo que de forma indirecta).

A publicação massiva da obra Flores de Hispanha, Excelências de Portugal tem superados as expectativas a nível de visitantes. Não por ter havido algum aumento do número de visitas, mas porque não houve aquela diminuição habitual para este tipo de publicações. Fica por ver se esta aceitação tem ou não a ver com o sentido de oportunidade destas publicações.

Habitualmente é assim: as melhores obras já não são acompanhadas da maioria de leitores, salvo excepções. Ora, o motivo da publicação desta obra é a falta de conhecimento geral (dentro e fora de Portugal) sobre a civilização católica, e nomeadamente da civilização lusa (necessariamente católica) [com "católica" entenda-se o que imutavelmente sempre tínhamos entendido como tal]. Tanto há carência que nem os mais defensores da Fé conseguem hoje dizer duas ou três coisas sobre a importância da civilização lusa para o catolicismo! Quão português é aquele natural de Portugal que, como católico, pouco ou nada saiba dos maiores contributos da nossa civilização para a Santa Igreja!?

Quero chamar a especial atenção para um fenómeno de valor: no Brasil cresce lentamente o interesse pela Civilização Lusa (portanto, católica). O Brasil é também o segundo país de onde provem o segundo maior número de visitas (quase 50.000) no blogue ASCENDENS. É interessante que a Espanha tenha aumentado significativamente o número de visitantes nestas últimas publicações; desejo ao espanhóis o melhor proveito possível, ainda que estes primeiros temas da obra não sejam de maior importância.

Poderão parecer fúteis estas publicações se lhe tomarmos apenas os primeiros capítulos. Mas, pela necessidade que vejo, pela qual me propus tentar a publicação gradual de toda a obra, haverá oportunidade de chegar aos capítulos de maior proveito; que Deus permita isto por minha mão, ou por mão de outrem.

A Flores de Hispanha, Excelências de Portugal não é aqui elevada como se fosse algo infalível, mas convém lembrar que no séc. XVIII houve dela republicação aprovada pelo Santo Ofício e Real Mesa Censória. A primeira edição tinha sido aprovada pelas mesmas entidades e oferecida a D. Filipe IV de Espanha. Perguntará aquele leitor que já leu algumas páginas desta obra: como é possível que em tempo de Filipe IV de Espanha, um jovem de 22 anos (o autor da obra) esteja tão à vontade para colocar na frente do Rei vários valores de Portugal, algo incómodos, usando um tom que pode soar a  desafio!? 9 anos depois da primeira edição, a Nobreza portuguesa devolvia ao Trono português um legítimo Rei, um natural. Por isto, mesmo tendo tão altos e aprovadores carimbos, podem os tempos de convergência identitária (de um qualquer reino) levar consigo imperfeições que convém eliminar mais tarde, antes que se tornem "dogma" para os que hoje muito queiram amar seu reino.

A verdadeira Fé leva à verdadeira Civilização. Sem a tamanha Civilização Lusa o entendimento da Civilização Católica fica incompleto.

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