30/09/14

TRADICIONALISTA versus MODERNISTA CONSERVADOR (I)

Dentro do fenómeno do modernismo, muitas vertentes têm aparecido nos locais onde ele é socialmente indesejado: nomeadamente entre os católico.

Decidi iniciar esta série de artigos para desmascarar o falso tradicionalismo dos "modernistas conservadores" dos últimos anos (porque o modernismo, como não se faz depender totalmente da verdade, adapta-se e, resultante disso, tem de ir tomando argumentos substancialmente diferentes).

Nos diálogos, aparecerão duas personagens: o tradicional católico, a quem darei o nome de Paulo, e o modernista conservador a quem darei o nome de Sílvio. Em cada publicação haverá um tema dialogado (ou pode dar-se o caso de um tema ser partido por mais publicações, caso necessário).


O FIM DOS TEMPOS

Paulo e Sílvio olham uma publicação do blogue ASCENDENS, na qual se mostra como dançaram os Senhores Bispos no encontro mundial de jovens no Rio de Janeiro.

- Sílvio:
Triste figuras

- Paulo:
Traçando uma linha recta entre o que era antes e o que é agora obteremos a tendência e a indicação do que há-de vir, o amanhã; caso o degredo não avance exponencialmente!

- Sílvio:
Amanhã será que os nossos Bispos já dançarão?

 - Paulo:
As danças são o menos, porque apenas são uma consequência; elas são um sintoma entre tantos outros... Agora sim devia ser dito pelos mesmos Senhores Bispos, e dito do púlpito: "são os sinais dos tempos". Mas, ao ouvirem isso, responderiam os prudentes: "vamos tomar cautela e abrigar-nos dessa chuva", diriam ainda outros: "vamos adaptar-nos à trovoada, sair à rua e receber as chuvas e os raios, porque é este o novo caminho".
  
Mas não esquecer: "alegrai-vos quando virdes estas coisas, pois sabereis que estará para breve a chegada do Filho do Homem".................

- Sílvio:
Não sou muito apologista do anúncio eminente do fim dos tempos, já anda a ser anunciado há 2000 anos como estando para chegar. Venha quando vier, e até lá façamos o nosso dever.

- Paulo:
Sílvio, o nosso dever há que fazê-lo sempre, e o anúncio do fim dos tempos sempre fez os homens estarem mais atentos aos seus deveres, porque lhes revigora o sentido verdadeiro das suas vidas. Esta doutrina não pode ser por si ignorada ou minimizada.

1 - O fim dos tempos é coisa de Fé, portanto é algo que não podemos negar. Por isso temos a certeza que não só acontecerá como estamos a cada segundo mais perto de que aconteça, e não a cada segundo mais longe (como parece que querem alguns por algum tipo de conforto estranho);
2 - A tradição eclesiástica, na interpretação do Apocalipse na Santa Igreja, é convergente. Este autores, em grande parte são santos. Ora, se os santos se preocupam com este tema diz-me a lógica que isto é mais de os ter em conta do que os ter em falta;
3 - Quase todo o Apocalipse está cumprido, ou seja, já pouca parte dele é futuro, e cada vez mais será passado. Sobra-nos uma parte, e porque o tempo passa diminuem as possibilidades de algumas legítimas divergências interpretativas. Ao contrário do que o Sílvio quer sustentar, as previsões falhadas, tivessem elas sido ou não legítimas, fazem parte do corpo de exclusão de hipóteses e não podem ser vistas como motivo de descrédito de algo que está garantido e que se foi confirmando já na história. Ou seja, o Sílvio está a servir-se de raros erros não oficiais, para calar o Apocalipse (parece até que Deus só deveria dar este Livro Sagrado momentos antes da sua vinda).

"vinde senhor Jesus, não tardeis"

No Credo dizemos que esperamos a última vinda de Nosso Senhor, e não que apenas acreditamos nela.

- Sílvio:
Não o nego. Por mim estou preparado: estou confessado e arrependido das minhas faltas, por isso quando for que seja.

- Paulo:
Isso está muito bem, DESDE que não negue o que é de Fé, espere o que temos que esperar, vigie (não apenas ore).

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