O CRAVO
Tendes o cravo no peito,
O lugar impróprio é;
Pois se o tivésseis no pé,
Era o lugar mais perfeito:
Não julgueis, que o meu conceito
Vos faz a menor censura;
E só com doce brandura,
E sem vos fazer agravo,
Dar-vos pancada no cravo,
Sem tocar na ferradura.
Paulino António Cabral, Abade de Jazente (séc. XVIII)
(gentilmente, enviado por "Funguito")
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