22/08/13

NATUREZA DA INSPIRAÇÃO (I)


MAGISTÉRIO DA SANTA IGREJA
A RESPEITO DA
INSPIRAÇÃO DOS TEXTOS SAGRADOS


- Concílio Vaticano I (Constituição Dogmática, Dei Filius, cap. 2, Dz. 1787):

"Os livros do Antigo e do Novo Testamento, inteiros e com todas as suas partes, conforme enumerados no decreto do Concílio de Trento e se encontram na antiga edição da Vulgata latina, hão-de ser aceites como sagrados e canónicos que são. Pois bem, a Santa Igreja os tem como tal, não por terem sido redigidos somente por obra humana e em seguida aprovados pela sua autoridade, nem somente por conterem a revelação isenta de erro, mas porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, têm a Deus por autor, e como tal foram confiados à mesma Igreja - [Cân. 4. Dz 1809]: Se alguém não recebesse como sagrados e canônicos os livros da Sagrada Escritura, inteiros e com todas as suas partes, conforme foram enumerados pelo sacrossanto Concílio de Trento [Dz. 783 s.], ou lhes negar a inspiração divina – seja excomungado".

- Leão XIII - Encíclica Providentissimus Deus (Dz. 1952):

"Esta é a constante e antiga fé da Igreja, definida somente pelos concílios de Florença [Dz. 706] e de Trento [Dz. 783 s] e confirmada finalmente e mais expressamente declarada no Concílio Vaticano, que promulgou de modo absoluto: "Os livros do Antigo e Novo Testamentos ... tem Deus por autor" [Dz. 1787]. Por isso é absolutamente inútil alegar que o Espírito Santo tomara os homens como instrumentos para escrever de tal modo que, não o primeiro autor mas sim os escritores inspirados, se lhes pudesse deslizar alguma falsidade. Porque foi Ele mesmo quem, por virtude sobrenatural, de tal modo os impulsionou e moveu, de tal forma os assistiu enquanto escreviam, que rectamente haviam de de conceber na sua mente, e fielmente tinham de querer consignar e expressar aptamente com infalível verdade todo aquele e só aquilo e só aquilo que Ele mesmo lhes mandara; de outra forma, não seria Ele o autor de toda a Escritura Sagrada".

- S. Pio X - Decreto Lamentabili (Dz. 2010)

"Proposição condenada: 10. A inspiração dos livros do Antigo Testamento consiste em que os escritores israelitas ensinaram as doutrinas religiosas sob um peculiar aspecto pouco conhecido ou ignorado pelos gentios".

- S. Pio X - Encíclica Pascendi (Dz. 2090)

"Algo indicámos já a respeito da natureza e origem dos livros inspirados. Estes, segundo os princípios dos modernistas, poderiam muito bem definir-se como uma colecção de experiências, não daquelas que ocorrem a cada passo, senão das extraordinárias e insignes, que se deram em toda a religião. Assim mesmo o ensinaram os modernistas a respeito dos nossos Livros e o mesmo do Antigo como Novo Testamentos... Deus nestes livros fala por meio do crente; mas, como ensina a teologia dos modernistas, só fala pela imanência e a permanência vital. Perguntaremos: Que é então feito da inspiração? Esta - respondem eles - não se distingue em nada em nada, se não é talvez elo seu grau de veemência, do impulso pelo qual o crente se sente movido a comunicar a sua fé de palavra o por escrito. Temos algo semelhante na inspiração poética... Assim, os modernistas afirmam realmente a inspiração universal dos Livros Sagrados; mas no sentido católicos não admitem nenhuma".

- Pontifícia Comissão Bíblica - 18 de Junho de 1915 (Dz. 2180)

"Segundo o católico dogma da inspiração e inerrância das Sagradas Escrituras, tudo o que afirma o hagiógrafo, enuncia e insinua, deve ter-se como afirmado, enunciado e insinuado pelo Espírito Santo".

(a continuar)

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