25/06/13

FOI O MEXERICO (I)



Joaquim Mexia Alves

Nova empreitada: crítica fechada a Joaquim Mexia Alves, aqui denominado "Mexerico".

O Mexerico tem um blogue chamado “Que É A Verdade?”, mau blogue. Entre tantos outros blogues perigosos, porque escolhi alertar sobre este!? Na verdade é um como tantos outros, não é sequer o pior. A escolha deve-se a que o autor, por determinadas razões nada louváveis, chamou a minha atenção. É ao autor a quem critico, na esperança de melhoras.

Haverá certamente na obra do Mexerico coisas que não estão erradas, algumas delas até são poéticas e revestidas de sentimentos bem intencionados. Contudo, todo esse bem se perde no meio de erros, entre eles as heresias. Como explica S. Tomás de Aquino, o erro é pior quanto mais convincente for, o erro tem que ter sempre algo de verdade.

O Mexerico redigiu o “”Diálogo” com o Diabo”. Diz assim ele ao Diabo:

Tu gostas muito da lei, pelos vistos! Percebo-te, porque se cumprimos apenas a lei, acabamos por cair na rotina, sem chama nem alegria. Mas para a Igreja a lei só tem sentido vivida no amor, e o amor vive-se todos os dias, não tem dia nem hora marcada, muito menos o amor d’Ele por nós e o nosso amor por Ele.” (Marinha Grande, 21 de Janeiro de 2013)

A Lei divina é estrita, clara e fundamental. Ora, a Lei de Deus é verdade que não passa, vale como Deus vale, independentemente de ser ou não praticada com ou sem amor, e por quem quer que seja. É falso que a Igreja tivesse ensinado que a Lei só tem sentido praticada desta ou daquela forma, porque é objectiva. O Mexerico faz depender a Lei divina da subjectividade, submetendo a Lei ao uso da Lei.

Assim disse o Mexerico ao Diabo:

“Essa é boa! Irritou-te profundamente que o próprio Deus tenha nascido como homem e de uma mulher em tudo igual às outras.” (Marinha Grande, 14 de Junho de 2013)

Deus o perdoe pela blasfémia e heresia. Nossa Senhora é em TUDO igual às outras!? … O Mexerico não sabe que é Ela a “Imaculada concepção”? Não sabe que é Ela a “Cheia de Graça”, a “Porta do Céu”, a “Arca da Aliança”, a rainha de todos os anjos, não foi Nossa Senhora mais que todas as mulheres!? Não foi Nossa Senhora a única mulher a ser concebida sem pecado original!?

Para o Mexerico Nossa Senhora é em tudo igual a qualquer uma...! Valha-nos Deus!

Mas isto não foi um mero equívoco, não foi uma distracção, caros leitores! O Mexerico, logo depois, diz a verdade, mas coloca-a na boca do Diabo... sim, coloca-a na boca do Diabo: “Não, nem por isso” (é o Diabo que diz, embora parcialmente, que Nossa Senhora não é uma mulher em tudo igual às outras).
Entretanto, próprio dos espíritos confusos, o Mexerico manifesta uma prudência relativamente ao culto mariano... não vá alguém cair em exageros:

"Parecia até, por vezes, que tínhamos preferências, (ou gostos, como quiserem), mais pelo Pai, ou pelo Filho e às vezes até por Maria, (que alguns infelizmente continuam ainda hoje a “endeusar”, o que não é certamente do Seu agrado). – (Marinha Grande, 15 de maio de 2013)”

Interessante!?...

Todas as opiniões acatólicas, daninhas, vão-se misturando com aparentes verdades que poderiam até convencer quem não estivesse já avisado da "mariana" doutrina herética transcrita. Afirma o Mexerico no mesmo texto do 15 de Maio:

“E fez-me perceber muito melhor a missão de Maria, a «cheia de graça», aquela que aponta o Filho e se recolhe na humildade.”
–  Dado a crença de que Maria é em tudo igual às outras, fica alterado o entendimento a respeito da “cheia de graça” e esta “missão” que o autor diz agora entender "muito melhor". São estas construções diferentes daquelas que a Igreja sempre ensinou... a FORMA mantém-se mas o sentido é-lhe aqui todo alterado, fenómeno próprio do herético modernismo.

Uma frases depois, o autor "evangeliza" com outra doutrina contrária à da Santa Igreja:

A consciência da presença do Espírito Santo em mim desde o Baptismo, (uma luzinha ténue que teimava em não se apagar), levou-me a perceber que Lhe devia pedir que saísse do “cantinho escondido” onde eu O tinha colocado e viesse tomar conta de mim, e que em vez de luzinha ténue, fosse um farol sempre aceso, apontando-me o caminho em cada dia, em cada momento.”.

O Mexerico, que em outro lado conta que em tempos tinha abandonado os caminhos da graça e voltado a ela (sua história de vida), acredita que desde o baptismo o Espírito Santo permaneceu nele, negando assim que o Espírito Santo é expulso de nós com o pecado mortal, e construiu uma outra doutrina segundo a qual o Espírito Santo permaneceu nele sempre mas tenuemente (“luzinha”). Ora, isto contradiz abertamente toda a doutrina católica relativa à vida da graça, mas converge para aquela heresia de "Maria em tudo como as outras", pois retira a Maria a graça desde o nascimento e quase coloca a si mesmo a graça permanente (se bem que não desde o nascimento mas sim do baptismo). O Espírito Santo teria permanecido sempre depois do baptismo na alma do Mexerico se até hoje não tivesse cometido pecado mortal algum.

(a continuar).

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