22/06/13

DO "NOVO MANUAL DO CATEQUISTA" (V)



(da primeira parte)

IV CAPÍTULO
Incarnação, Paixão e Morte do Filho de Deus

76. De que maneira se fez homem o Filho de Deus?
R: O Filho de Deus fez-se homem tomando um corpo e uma alma, como nós temos, no seio puríssimo de Maria Virgem, por obra do Espírito Santo.

77. O Filho de Deus, fazendo-se homem, deixou de ser Deus?
R: O Filho de Deus, fazendo-se homem, não deixou de ser Deus; mas, continuando a ser verdadeiro Deus, começou a ser também verdadeiro homem.

78. Em Jesus Cristo há duas naturezas?
R: Em Jesus Cristo há duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana.

79. Em Jesus Cristo com as duas naturezas há também pessoas?
R: Em Jesus Cristo com as duas naturezas não há duas pessoas, mas uma só, a pessoa divina do Filho de Deus.

80. Jesus Cristo como foi conhecido por Filho de Deus?
R: Jesus Cristo foi conhecido por Filho de Deus, porque como tal o proclamou Deus Padre no Baptismo e na Transfiguração, dizendo: "Este é o meu Filho muito amado, no qual tenho postas todas as minhas complacências";

81. Jesus Cristo existiu sempre?
R: Jesus Cristo enquanto Deus existiu sempre; enquanto homem começou a existir desde o momento da Incarnação.

82. De quem nasceu Jesus Cristo?
R: Jesus Cristo nasceu de Maria sempre Virgem, a qual por isso se chama e é verdadeira Mãe de Deus.

83. S. José foi pai de Jesus Cristo?
R: S. José não foi pai verdadeiro de Jesus Cristo, mas pai legal e putativo; isto é, como esposo de Maria e guarda d'Ele, foi tido por seu pai sem o ser.

84. Onde nasceu Jesus Cristo?
R: Jesus Cristo nasceu em Belém, num estábulo e foi reclinado em um presépio.

85. Porque é que Jesus Cristo quis ser pobre?
R: Jesus Cristo quis ser pobre para nos ensinar a ser humildes e a não colocar a felicidade nas riquezas, nas honras e nos prazeres do mundo.

86. Que fez Jesus Cristo na sua vida terrena?
R: Jesus Cristo, na sua vida terrena, ensinou-nos com o exemplo e com a palavra a viver segundo Deus, e confirmou com milagres a sua doutrina; finalmente, para apagar o pecado, para reconciliar-nos com Deus a reabrir-nos o paraíso, sacrificou-se na Cruz, "único Mediador entre Deus e os homens." (I Timot., II 5)

87. Que é o milagre?
R. Milagre é um facto sensível, superior a todas as forças e leis da natureza e por isso tal que só pode vir de Deus, Senhor da natureza.

88. Com que milagres é que, especialmente, Jesus Cristo confirmou a sua doutrina e demonstrou que era verdadeiro Deus?
R: Jesus Cristo confirmou a sua doutrina e demonstrou que era verdadeiro Deus, especialmente com dar num momento a vista aos cegos, o ouvido aos surdos, a fala aos mudos, a saúde a toda a sorte de enfermos, a vida aos mortos; com mandar como Senhor aos demónios e às forças da natureza, e sobertudo com a sua ressurreição da morte.

89. Jesus Cristo morreu enquanto Deus ou enquanto homem?
R: Jesus Cristo morreu enquanto homem, porque enquanto Deus não podia padecer nem morrer.

90. Depois da morte, que foi feito de Jesus Cristo?
R: Depois da morte, jesus Cristo desceu com a alma ao Limbo, onde se encontravam as almas dos justos que tinham morrido até então, para as conduzir consigo ao paraíso; depois ressuscitou, retomando o seu corpo que fôra sepultado.

91. Quanto tempo esteve sepultado o corpo de Jesus Cristo?
R: O corpo de Jesus Cristo esteve sepultado três dias incompletos, desde a tarde de sexta-feira até à madrugada do dia que agora se chama domingo de Páscoa.

92. Que fez Jesus depois da sua ressurreição?
R: Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, viveu na terra quarenta dias, depois subiu ao céu, onde está sentado à mão direita de Deus Padre Todo Poderoso.

93. Porque é que jesus Cristo, depois da sua ressurreição, viveu na terra quarenta dias?
R: Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, viveu na terra quarenta dias para mostrar que tinha ressuscitado verdadeiramente, para confirmar os discípulos na sua fé e instruí-los mais fundamente na sua doutrina.

94. Agora Jesus Cristo está somente no Céu?
R: Agora jesus Cristo não está somente no céu, mas com Deus está em toda a parte, e como Deus e homem está no céu e no santíssimo Sacramento do altar.

(a continuar)

5 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Ascendens, permita-me tratá-lo assim, pois desconheço seu verdadeiro nome. Particularmente não acho necessário saber, devido a riqueza contida em seus sábios conhecimentos.Também não uso me identificar, se tratando da Verdade, devido acreditar que só cumpro meu dever.
Vivemos entre a 'cruz e a espada', literalmente falando. E diante de tão grande ensinamento do Catecismo que nos agraciou, ousei em vir perguntar-lhes como em nossos dias, onde não sabemos nos designar,devido tamanha largueza de heresias,vindo do Clero, onde Nosso Senhor já não se faz presente. Que maneira, podemos ensinar os de boa vontade que nada sabem sobre os documentos doutrinais, nada sabem do Concílio, sem fazer que estes percam a fé e despenquem cegamente a outras falsas religiões e seitas? Por onde devemos dar o "arranque" inicial?
Tenho pessoas de boa vontade que questionam, mas a bagunça está tão geral, que não consigo saber por onde começar a explicar!
Parabéns Sr. Ascendens, pelo trabalho que tens feito no blog, infelizmente muitos desconhecem. Tomo a liberdade de pedir-lhes, se poderei vir a partilhar e indicar seus artigos!

Desculpe por ter me estendido, ocupando-lhe na leitura de meu comentário.

att,

Anônimo.

anónimo disse...

Anónimo,

Obrigado por comentar e pelas palavras de incentivo.

"... em nossos dias, onde não sabemos nos designar,..."

Hoje mesmo, perante o somatório de velhas "novidades" do nosso Papa Francisco, lembrou-me aquilo que Deus Filho pregado na Cruz diz a Deus Pai "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste!?". Ora, muito menos é este aparente abandono de Deus à Igreja, assistida ao mínimo dispensável, e onde Deus permite que a confusão dos homens que a "governam" seja como crivo de joio e trigo... Muito interiormente, mais espiritualmente que visivelmente, as fileiras estão a alinhar-se e a rumar a duas bandeiras finais: uma de Cristo, e outra do Anticristo.Não haverá mais que essas duas bandeiras na luta final.

Nada sabem do concílio!? Se o concílio não é luz para que importa saber!?... Quem se mover pelo mal feito pelos outros mais dificilmente chegará ao bem... É a opção mais perigosa e longínqua. As almas devem mover-se atraídas por Cristo (o Caminho, a Verdade e a Vida). De outro modo eu só tenho visto gente que acha que o Concílio Vaticano II é isto e aquilo mas no fundo acaba por cometer novos erros porque a situação em que tudo isto se gera é tão única que não tem palavras que a designem sem que o receptor possa ser induzido em erro. Veja-se o caso daqueles que acham realmente que existe uma "Igreja do Concílio Vaticano II" em vez de tomarem a designação como o sentido metafórico possível! Muitos outros interpretam com resultados muito diferentes porque são levados pelos seus contextos culturais sem deles saírem. Sobre o Concílio Vaticano II bastaria dizer que tem havido problemas interpretativos a respeito dele e que, porque ele não definiu nem deu novas doutrinas, tomamos a prudência de o deixar quietinho, e de nos aferrarmos ao que até então a Igreja ensina e continua a ser obrigatório tanto antes como agora. Há que fazer lembrar essa condição FERIDA do Concílio e a SANIDADE inegável do que até então sempre foi ensinado. Claro, ainda há o problema de muitos se terem regulado pelo Concílio Vaticano II (ferido de interpretação)ignorando totalmente ou parcialmente tudo o que está antes dele e que sempre teve clara interpretação!...

(contin...)

anónimo disse...

(contin...)

É Deus quem manda as almas... Por isso devemos ter preparadas ferramentas fundamentais que são os "básicos" do catolicismo e que devem ser aprofundados com meditação e pratica de vida, isto a par dos sacramentos. Não me parece que adiante muito o estudo de documentação do Magistério, porque tal tem levado a muitos a fazerem do catolicismo um intelectualismo. Acho que esses assuntos devem vir com o tempo e de preferência devem ser dados a conhecer pela explicação dos sacerdotes, se possível. A espiritualidade (clássica - a verdadeira e sem voltinhas) é fundamental. Aqui em Portugal sempre fomos muito sensíveis à vida dos santos (e para isso se procurem os antigos livros, e não os modernos). É muito importante o ESPAÇO, mesmo que tenhamos de abandonar meia vida: deslocarmos a sítios "limpos" para viver temporariamente ou permanentemente se possível.

Em Portugal teria de existir um LUGAR para viver catolicamente, tal como viveram os nossos antepassados, e hoje o podemos fazer tal bem ou melhor que naquele tempo. Eu espero que este lugar ainda venha a existir, visto que, fisicamente, há muitos que estão desocupados ou por restaurar. Em Portugal há bastantes católicos "procurando saída", mas nem sonham onde ela esteja nem qual seja!!! Não basta uma capela tradicional de cidade, pelo contrário, melhores são as aldeias nas serras que possam abrigar temporariamente ou permanentemente almas sequiosas, porque a Fé é a única que faz realmente civilização e pode ordenar o que Deus nos dá para aquilo que deve ser.

Eu não sei como devemos falar ás pessoas, mas isso vem das circunstâncias. Acho que não devemos fazer FORÇA com os outros mas sim força connosco mesmos (a não ser que eles ataquem a Deus ou à Igreja e tenhamos que dar reposta que lhes doa), porque é Deus quem manda as pessoas que Ele quer, se quer, e elas quase sempre têm perguntas feitas da melhor ou da pior maneira. Já reparei que também as pessoas que se apresentam como nossas inimigas são aquelas pelas quais devemos rezar, elas foram de certa forma atraídas a nós e pior ou melhor ficarão (porque diz Deus para oraremos por quem nos persegue se não fosse com o intuito de os convertermos ou fazermos pelo menos pensar uma vez?)

Enfim... mais me demorei eu na reposta a um comentário justamente grande e pequeno, ajustado.

Obrigado pelas suas palavras.

Volte sempre.

Cláudia disse...

De fato, de grande ensinamento e retidão o blog Ascendens.

Merecidas palavras proferidos pelo Sr. Anônimo!

Sou fã incondicional deste blog.

Salve Maria.

anónimo disse...

Cláudia,

Obrigado por comentar e por elogiar o trabalho que aqui tento fazer.

Volte sempre.

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