17/03/13

PORQUE GOSTAM DISTO EM FRANCISCO! (I)


Inadaptação!?

Há um fenómeno curioso no clero "pós-conciliar" vindo de famílias ou ambientes de "menor costume". Uma parte maioritária desses nunca aceitaram verdadeiramente e humildemente tal desvantagem e, quando ascendem, tendo ao seu encargo muitos preceitos e modos, costumes milenares, e gente de maior proveniência e de modos mais altos, tudo lhes parece pouco familiar. Assim, com receio de falhar, optam por:

- Relativizar [dispersar]os modos e costumes - podendo chegar à ridicularizarão;
- Prégar muito uma humildade exterior que iniba o uso de honradas manifestações e os modos dos quais tentam fugir;
- Pregar muito mais a pobreza material que o desapego no uso dos poucos ou muitos bens;
- Tendem a reduzir a ordem das diferenças (hierarquia) a uma igualdade ao nível do que esteja estabelecido pela sociedade moderna, pelo menos (pois é a referência que têm e à qual não têm matéria para fazer oposição ou lhe tomar a rédea).

Etc...

Isto é o que recolho da minha alguma experiência.

Há casos muito exemplares de sacerdotes das proveniências referidas que fazem o que é realmente católico: têm-se por menos (isto sim é humildade), submetem-se à realidade do que são e onde Deus os colocou, discretamente vão absorvendo o que lhes falta acabando assim por ganhar um extraordinário entendimento e serena integração nos modos e costumes e desempenhar em completa idoneidade a sua missão e papel.

Infelizmente, aqueles sacerdotes aqui descritos inicialmente, levam até às últimas o seu orgulho disfarçado aplaudido por aquela parte do povo que sofre do mesmo mal.

Parece-me que o Papa Francisco poderia ter dado um bom exemplo ajudando a travar esta falsa humildade destrutiva em moda. Mas enfim... Deus assim quer...ou permite para nossa cruz!

11 comentários:

Anónimo disse...

Como criticaram os sapatos a Bento 16 agora este anda a mostrar os sapatos gastos. Que lindo que lindo.

anónimo disse...

Anónimo,

Obrigado por comentar.

Vi agora que o chefe de estado primeiro a ser recebido será o da Argentina. Enfim... parece-me que o Papa Francisco não tem noção de que tem que estar ao serviço do Papado e coloca as ferramentas do Papado ao seu serviço como se não houvesse papado. A cruz peitoral e o anel, os sapatos e todas as coisas que se vão somando diariamente mais indicam que Bergoglio não tem noção. Ao mesmo tempo é ele mesmo que diz que veio para servir e que há que servir... É de pasmar com tal contradição!!!

Olhe... estou abismado porque não supunha tanta ignorância num Cardeal.

Volte sempre.

Anónimo disse...

Não o imaginava agora um esteta (atitude que em tempos tanto criticava)em estilo "eclesiadeísta" à maneira do Instituto do Cristo Rei.

anónimo disse...

Anónimo,

Relativamente à "estética" não houve por aqui mudança alguma, garanto-lhe. Portanto, queira ter a bondade de mostrar onde acha que aqui terei criticado o BELO na Eclesia Dei. Creio haver alguma confusão de sua parte.

Aguardo.

Volte sempre.

anónimo disse...

Será isto BELO?

http://ascendensblog.blogspot.pt/2011/11/e-um-passaro-e-um-aviao-nao-sao-os.html

Será isto o BELO?

http://ascendensblog.blogspot.pt/2011/05/desgraca-continua.html

Será isto o BELO?
" 3 - "ESPLENDOR DE LA LITURGIA: ABADÍA DE REIN.
24/08/10. Magníficos ornamentos utilizados en la bendición del nuevo Abad mitrado en la Abadía Cisterciense de Rein, en Styria, Austria, el pasado 21 de agosto."
- Comentário ASCENDENS: Este apego desordenado ao "bonito pomposo" é cultivado nos "Ecclesia Dei" e Opus Dei e por outros modernistas conservadores como constante na sua campanha e actividade, é uma marca. Este cultivo da vaidade é habitualmente desculpabilizado por eles como "o belo no culto". Prova de que não é uma questão do verdadeiramente Belo, atributo divino, é a omissão do Doutrinal em parte, e por colocarem a Doutrina em plano inferior sabemos que não estão bem ordenadas as suas intenções relativamente à Missa." http://ascendensblog.blogspot.pt/2010/09/abusos-doutrinais-contra-fe-catolica.html

Sãos as únicas referências "estéticas" relativas à Ecclesia Dei, aqui no blogue.

Caso deseje comentar o artigo "Porque Gostam Disto Em Francisco!" (que este sim, fala mais do BELO do que qualquer um dos outros artigos que acabei de referenciar) seria interessante, visto que ele completa o que faltou ao seu comentário, e a respeito do entendimento do Belo nossos nossos dias.

Aguardo.

Maria Luísa de Sá disse...

Que comédia esta sua análise. Tem uns que acreditam até em profecia maia, mas duvidam da Bíblia! É uma espécie de protestantismo peculiar essa dos que são "tão católicos" que beira o impossível.

Eu ingenuamente achando que antigamente era o Papa quem confirmava nossa fé e não o contrário. Essas neo-tradições estão sempre nos pregando uma peça.

anónimo disse...

Maria Luísa de Sá,

Obrigado por comentar.

Aqui não se acredita em profecias maias, apenas nas dos santos, e aparições aprovadas pela Igreja. Entre esses santo estão alguns Papas como S. Gregório e S. Pio X, ou alguns santos como S. Francisco de Assis, revelações aprovadas pela Igreja como as de Sta. Brigida da Suécia. E são estas pessoas muito mais dignas que eu e que a Maria Luísa. Quem somos nós para para fazermos da santidade um circo!?

Maria Luísa, quem diz que "os católicos são tradicionalistas" é Pio XI (ou XII). Não queiramos ser tão protestantes ao ponto de desautorizar o Papa sem mais nem menos!? Eu e a Maria Luísa, caso seja católica, somos tradicionalistas. (não se explicou sobre o seu neologismo de "neo-tradiões", por isso suponho que não se quer fazer entender, e não devo então comentar).

Quanto à doutrina relativa ao Papa, há a saber, pelos vistos, que a Igreja ensina que Nosso Senhor e Nossa Senhora são os únicos na humanidade concebidos sem pecado original. Na doutrina não se ensinou nunca que o Papa é impecável (não peca), nem que é inerrante (não erra), estes são sim atributos da Igreja. Mas tudo isto está nos catecismos antigos, do antigamente, do tempo em que "era o papa quem confirmava a nossa fé e não o contrário", basta ler (recomendo o Catecismo Romano que é o obrigatório, e o Catecismo Maior de S. Pio X que é uma aplicação do Catecismo Romano).

Como é a primeira vez que vem comentar, informo que, aqui, quando se critica se deve apresentar argumentação, quer por motivo de caridade (quem não vier por bem não venha), quer por justiça, quer por boa ordenação em conformidade com o pensamento católico. Portanto, convido-a a explicar e fundamentar o que afirmou, e dentro destes termos, caso ache que vale a pena o esforço.

Volte sempre.

anónimo disse...

Desculpe Maria Luísa, agora já me lembro do seu nome. Espero que venha por bem porque eu não lhe quero mal algum. Espero que esteja o melhor possível. Cumprimentos para si e para o Brasil.

Maria Luísa de Sá disse...

“...não pode haver santidade onde há desacordo com o Papa” (São Pio X)
“Quando alguém ama o Papa, não pára para debater sobre o que ele aconselha ou exige, para perguntar até onde vai o estrito dever de obediência e para MARCAR O LIMITE DESTA OBRIGAÇÃO. Quando alguém ama o Papa, não objeta que ele não falou claro o bastante, como se ele fosse obrigado a repetir no ouvido de cada indivíduo a vontade dele, tão frequentemente enunciada claramente, não só de viva voz, mas também por meio de cartas e outros DOCUMENTOS PÚBLICOS; não PÕEM EM DÚVIDA AS ORDENS DELE sob o pretexto – facilmente invocado por todo o mundo que não quer obedecer – de que elas não emanam diretamente dele, mas dos que o rodeiam; não limita o campo no qual ele pode e deve exercer a vontade dele; não opõe, à autoridade do Papa, a de outras pessoas, não importa o quão cultas, que diferem de opinião com o Papa. Ademais, não importa o quão vasta é a ciência deles, falta-lhes santidade, pois não pode haver santidade onde há desacordo com o Papa” (São Pio X, aos padres da União Apostólica, 18 de novembro de 1912, AAS 1912, p. 695). - via Marcos Citeli

anónimo disse...

Maria Luísa de Sá,

1- Já lhe apareceram matérias de autoridade que contradizem a primeira frase (cortada) que transcreveu! Agradeço que envie a primeira frase por inteiro (sem cortes). Peço-lhe que leia com atenção esta explicação antiga que eu já publiquei sobre a obediência:

"Não deve o verdadeiro obediente fazer reparo a que o superior seja humilde ou nobre, áspero ou brando, moço ou velho, incipiente ou prático, justo ou injusto, mas a olhos cerrados deve obedecer a tudo o que lhe manda quando manifestamente não vá contra a lei de Deus; porque só quando é manifesto o pecado não só não está obrigado a obedecer mas de nenhum modo o deve fazer: Ex cap. Non semper II quaest. 13. Mas quando está na dúvida se é ou não pecado, ainda neste caso deve obedecer por autoridade do superior que manda que execute esta dúvida: Mendonç. in I Regum cap. 3 anotatione 2 sess. I." (Escola Moral, Política, Christãa, e Jurídica)

Entendeu a situação? Não devemos contestar a autoridade é certo, contudo temos que não obedecer quando sabemos que o superior nos manda lago que vai contra Deus.

Mas sache que o Papa estaria ainda mais alto que a moralidade. Portanto convêm mostrar-lhe algo mais preciso:

1 - S. Norberto de Magdburgo, fundador dos monges canónicos premostratenses, a respeito do privilégio que o Papa Inocêncio II deu ao Imperador Lotário III, pelas doações, disse: "Padre, que ides fazer?" A quem entregais as ovelhas que Deus vos confiou, com o risco de vê-las devoradas? Vós recebestes uma Igreja livre, e ides reduzi-la à escravidão? A Sede de Pedro exige a conduta de Pedro. É prometido por Cristo, a obediência a Pedro e a Vós. Mas se dais direito a esta petição, eu vos farei oposição à face de toda a Igreja"

2 - Vitória, o grande teólogo dominicano do séc. XVI, escreve: "Se o Papa, com suas órdens e seus actos, destruir a Igreja, pode-se-lhe resistir e impedir a execução de tais mandos". (Obras de Francisco de Vitória. Pags. 486/487)

3 - Suárez afirma: "Se [o Papa] ditasse ordens contrárias à dos bons-costumes, não se lhe deve obedecer; se tentar fazer algo manifestamente oposto à justiça e ao bem comum, será lícito resistir; se atacar pela força, pela força poderá se repelido". ("De Fide", disp. X, sect. VI, nº16)

»»»»»»»»»» continuação »»»»»»»»»»

anónimo disse...

(da mensagem anterior)

4 - S. Tomás de Aquino, Doutor da Igreja, sutem: "havendo perigo próximo apra a Fé, os prelados devem ser arguidos, inclusivamente em público pelos súbditos. Assim, S. Paulo, que era subdito de S. Pedro, o repreendeu publicamente" ("Comentário sobre a epístola aos Gálatas" 2, 14)

5 - S. Roberto Belarmino, Doutor da Igreja, afirma: "assim como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, assim também é lícito resistir ao que agride as almas, ou que perturbar a ordem civil, ou principalmente, àquele que tratasse de destruir a Igreja. É lícito resistir-lhe não fazendo o que manda e impedindo a execução da sua vontade". ("De Romano Pontifice", Livro II, c. 19). Em vida do mesmo Santo, que foi consultor do Papa e grande defensor da supremacia pontifícia, a República de Veneza teve dificuldades com a Santa Sé. Reuniram-se então os teólogos da dita República e emitiram várias proposições, sendo estas duas delas:

Proposição 10: A obediência ao papa não é absoluta. Esta não se estende aos actos donde seria pecado obedecer-lhe.

Proposição 15: Quando o Soberano Pontífice emite uma sentença de excomunhão que é injusta ou nula não se deve recebê-la, contudo sem afastar-se do respeito devido à Santa Sé.

Estas proposições foram submetidas a exame do grande teólogo Belarmino, e que veio a se declarado Doutor da Igreja por Pio XI. Eis aqui a reposta do Santo Doutor:

"Não há nada que dizer em contrário das proposições 10, pois ela está expressamente clara na Sagrada Escritura. (...) Os teólogos de Veneza não teriam a necessidade de fatigar-se em provar a proposição 15, pois ninguém a nega". (citação em "La Perfidie du Modernisme", Abade Louis Coache, Vouille (França), 1976. pags. 68/69).

6 - Na hipótese de que um Papa manifestasse doutrinas contrárias ao Magistério da Igreja, o cristão que lhe resistisse não seria de forma alguma um rebelde ou desobediente senão um filho fiel da Igreja e do Papa. Porque o Papa, de certa forma sempre é o mesmo, desde S. Pedro até à consumação dos séculos; e sua doutrina é a do Príncipe dos Apóstolos, "pois não foi prometido aos Sucessores de Pedro o Espírito Santo para que por revelação sua manifestem uma nova doutrina, senão para que, com sua assistência, santamente guardem e fielmente expressem a revelação transmitida pelos Apóstolos o depósito da Fé" (Concílio Vaticano I, sessão IV, Constituição dogmática sobre a Igreja de Cristo.)

Mas é claro... a frase transcrita pela Maria Luísa de Sá está cortada e perde-se certamente algum sentido. Não creio que S. Pio X tenha querido dizer algo contra vários santos e contra a Igreja. Algo se passa.

Quanto à outra sua frase, ficará para depois de resolvermos o caso da primeira frase, se não se importa.

Aguardo.

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