(continuação da XIII parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)
A SELECÇÃO NATURAL
O macaco não é um primata imperfeito que chegará à perfeição quando "evolua", até tornar-se homem. De forma alguma; pois o macaco, enquanto tal, é perfeito. Todos os seres vivos são perfeitos no seu nível. E mais, do ponto de vista biológico, e mais precisamente do ponto de vista darwinista, o macaco é francamente superior ao homem (os ratos ainda mais). Caro leitor, a demonstração é simples: abandonemos um homem e um macaco [recém-nascidos] no meio da selva e vejamos quem tem maior capacidade de sobrevivência. A história de Tarzan, ainda que fascinante, é um mero conto. Assim como a hipótese darwinista, de quem é filha.
O homem não pode trepar às árvores como o macaco, nem pode defender-se do sol ou frio sem roupas, as inclemências do tempo exigem-lhe um tecto; tem de cozinhar os alimentos, etc., etc. Certamente que o homem é infinitamente "superior" ao macaco pela inteligência; mas esta não pertence, em sentido estrito, à biologia. O que pertence a esta ciência é o cérebro, mas não a inteligência, que se expressa através do cérebro, mas não se identifica com ele, como foi assinalado por Bergson, W. Penfield, R. Sperry, C.D. Broad e Sir John Eccles, entre outros.
A questão em torno da inteligência é muitíssimo relativa; pois quando ela supera o nível mínimo de aptidão indispensável par destruir impiedosamente ao próximo, transforma-se decididamente em factor anti-sobrevivência. Quem com mais probabilidade sobrevive, sobretudo no "primeiro mundo": um vigarista ou um pensador, um agiota ou um artista, um vagabundo ou um labutante? E isto falando apenas em humanos, e que não passaria no mundo animal!
Imaginemos por momentos que, através de certo milagre darwinista, um pobre macaco começasse a desenvolver algumas características humanas; e que, por exemplo, começasse a emocionar-se com um raio de sol; a estremecer - como Pascal -contemplando as estrelas; a escrever poemas à amada macaca do seu coração; a interrogar-se sobre a sua origem e destino... O macaco que tiver a singular desgraça de desenvolver qualquer características destas, seria então inexoravelmente aniquilado pela Selecção Natural!
Imaginemos por momentos que, através de certo milagre darwinista, um pobre macaco começasse a desenvolver algumas características humanas; e que, por exemplo, começasse a emocionar-se com um raio de sol; a estremecer - como Pascal -contemplando as estrelas; a escrever poemas à amada macaca do seu coração; a interrogar-se sobre a sua origem e destino... O macaco que tiver a singular desgraça de desenvolver qualquer características destas, seria então inexoravelmente aniquilado pela Selecção Natural!
Há mais probabilidades de sobrevivência no homem fazer-se macaco do que no macaco fazer-se homem.
(continuação, XV parte)
(continuação, XV parte)
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