(continuação da II parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)
Este mítico "elo perdido", que teria engendrado o homem, teria desaparecido; ninguém tem a mais remota ideia do motivo. Temo muito que o teria feito para não carregar com a tremenda responsabilidade de ter engendrado algo tão perigoso e inadaptado como dizem que engendrou: a ovelha negra da família, em realidade...
De qualquer forma, a excelsa dignidade desta sublime relíquia (o "elo perdido") suscitou tanto fervor em tantos cientistas que desde há mais de um século foram empreendidas inúmeras peregrinações para encontrá-lo.
A busca ao "elo perdido" foi, e é, o alfa e o ómega da antropologia. Algo à imagem dos cavaleiros do Rei Artur relativamente ao Santo Graal [embora este exista e esteja encontrado].
Mas qual é o critério para dizer se um fóssil é o famoso "elo perdido"? Ora, muito simples: todo o fóssil de macaco que tenha semelhanças com o homem é - até que se prove o contrário - o "antecessor comum".
2 - O Fóssil
Ainda que o leitor não creia, existem, definitivamente, fósseis de macacos que apresentam semelhanças com o homem. Assim é. Acontece que alguns restos de fósseis de macaco têm incisivos e caninos mais pequenos que outros macacos, em forma semelhante aos do homem. Isto constitui, para muitos investigadores, uma "demonstração" de que tais macacos teriam sido nossos antepassados, sem ter em conta - ao que parece - que existem macacos vivos (o Baduino Gelada, por exemplo) que também têm incisivos e caninos pequenos - como o homem -, sem os seus congéneres deixarem por isso de ser macacos.
Inclusivamente o antropólogo Clifford Jolly apontou, há mais de vinte anos, que as ínfimas variações no tamanho e forma dos dentes do animal são simplesmente o produto de uma adaptação a um tipo específico de dieta e que carecem de todo a significação genealógica.
Outros restos fósseis de macaco parecem indicar que ditos seres caminhavam em forma aproximadamente erecta (bípede), com o qual se concluiu, triunfalmente, que estes macacos estavam-se tornando homens!...
O que muitos autores geralmente esquecem de aclarar ao público é que vários macacos actualmente (Hilobates Moloch, Pan Paniscus, entre outros) caminham em forma aproximadamente erecta. Mas, quanto sei, nenhum destes simpáticos primatas manifestou o mínimo sentimento de assombro, nem de júbilo, nem de terror também (que seria ainda mais lógico), perante a apaixonante aventura de estar transformando-se em seres humanos.
Mas, diga-me algum dos leitores: o que passou com o famoso Homem de Neanderthal, o Pitecantropus Erectus, os Austalopitecos africanos? Não são eles verdadeiros "hominídeos", antepassados do homem?
Vejamos por partes. Para começar, digamos que o Homem de Neanderthal não é propriamente um "hominídeo". Apesar da "difamação antropológica" darwinista (a expressão é do famoso antropólogo americano Ashley Montagu), que assim o mostrou durante 100 anos (ainda hoje) como um bruto semicurvado, de aspecto feroz e estúpido, garrote ao ombro e abrigado na sua caverna, hoje é um facto universalmente aceite que o Homem de Neanderthal era completamente Sapiens, ainda com alguns rasgos degenerativos produzidos por doenças (artrite e raquitismo) e por circunstâncias ambientais adversas.
(continuação, IV parte)
De qualquer forma, a excelsa dignidade desta sublime relíquia (o "elo perdido") suscitou tanto fervor em tantos cientistas que desde há mais de um século foram empreendidas inúmeras peregrinações para encontrá-lo.
A busca ao "elo perdido" foi, e é, o alfa e o ómega da antropologia. Algo à imagem dos cavaleiros do Rei Artur relativamente ao Santo Graal [embora este exista e esteja encontrado].
Mas qual é o critério para dizer se um fóssil é o famoso "elo perdido"? Ora, muito simples: todo o fóssil de macaco que tenha semelhanças com o homem é - até que se prove o contrário - o "antecessor comum".
2 - O Fóssil
Ainda que o leitor não creia, existem, definitivamente, fósseis de macacos que apresentam semelhanças com o homem. Assim é. Acontece que alguns restos de fósseis de macaco têm incisivos e caninos mais pequenos que outros macacos, em forma semelhante aos do homem. Isto constitui, para muitos investigadores, uma "demonstração" de que tais macacos teriam sido nossos antepassados, sem ter em conta - ao que parece - que existem macacos vivos (o Baduino Gelada, por exemplo) que também têm incisivos e caninos pequenos - como o homem -, sem os seus congéneres deixarem por isso de ser macacos.
Inclusivamente o antropólogo Clifford Jolly apontou, há mais de vinte anos, que as ínfimas variações no tamanho e forma dos dentes do animal são simplesmente o produto de uma adaptação a um tipo específico de dieta e que carecem de todo a significação genealógica.
Outros restos fósseis de macaco parecem indicar que ditos seres caminhavam em forma aproximadamente erecta (bípede), com o qual se concluiu, triunfalmente, que estes macacos estavam-se tornando homens!...
O que muitos autores geralmente esquecem de aclarar ao público é que vários macacos actualmente (Hilobates Moloch, Pan Paniscus, entre outros) caminham em forma aproximadamente erecta. Mas, quanto sei, nenhum destes simpáticos primatas manifestou o mínimo sentimento de assombro, nem de júbilo, nem de terror também (que seria ainda mais lógico), perante a apaixonante aventura de estar transformando-se em seres humanos.
Mas, diga-me algum dos leitores: o que passou com o famoso Homem de Neanderthal, o Pitecantropus Erectus, os Austalopitecos africanos? Não são eles verdadeiros "hominídeos", antepassados do homem?
Vejamos por partes. Para começar, digamos que o Homem de Neanderthal não é propriamente um "hominídeo". Apesar da "difamação antropológica" darwinista (a expressão é do famoso antropólogo americano Ashley Montagu), que assim o mostrou durante 100 anos (ainda hoje) como um bruto semicurvado, de aspecto feroz e estúpido, garrote ao ombro e abrigado na sua caverna, hoje é um facto universalmente aceite que o Homem de Neanderthal era completamente Sapiens, ainda com alguns rasgos degenerativos produzidos por doenças (artrite e raquitismo) e por circunstâncias ambientais adversas.
(continuação, IV parte)
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