01/03/12

PROBLEMAS DA DEFESA A SUA MAJESTADE CATÓLICA D. ISABEL DE CASTELA (I)

Ilustração do livro "El Español y Los Siete Pecados Capitales"
A promoção que se tem feito a "Isabel la Católica" acaba por incluir maus ataques a outros Reinos, sobretudo a Portugal, colocando-nos como maus agentes em várias e significativas ocasiões da história. Mas que haveria em aceitar tudo isso caso seja realmente verdade que tais Reinos foram desastrosos perante a impecabilidade castelhana? Ora, como a justiça não pode ser feita sem a verdade, ditos Reinos teriam de resignar-se e aceitar humildes. A verdade esteja no alto, doa a quem doer.

Durante um ano e meio fiz perguntas, muitas até, a ilustrados seguidores e "patrocinadores" de "Isabel la Católica" dentro do que têm considerado como "hispanidad". Estes, e outros que depois encontrei, imbuídos da paixão, mais que movidos por tranquila claridade, quando desatam em louvores a "La Católica Madre de La America" (e já ouvi dizer "del Mundo") chegam ao ponto de  autêntico espectáculo circense. Eu vi e ouvi, em sóbria palestra, o orador que, elevado nos vapores e calores de deliciosas exaltações, referiu-se a D. Isabel como "Santa Rainha virgem" [faltaria o "mártir"]... Depois de um engasgar e dois segundos de arrasto de sílaba (como eco desagradável do erro dito) este sacerdote repetiu como castigo de emenda "Santa Rainha... Santa Rainha...". Enfim, seria necessária outra emenda já não tanto para aqueles "saltos mortais" de bela pirueta mas sim para a realidade mais crua, pois convém primeiro que a piscina tenha água para aparar o salto.

O fundo de tal quadro é muitas vezes o nacionalismo descontrolado à prova de verdade e que tem "acarinhado" os sonhadores mais persistentes dando-lhes ninho a todo o tipo de hipérbole. Dos meus indagados mais louvável foi a atitude de uns poucos que fugiram (atitude compreensível), e muito louvável a de outros menores em quantidade e maiores em valor que, não abdicando da verdade, ganharam em confrontar certas contradições e assumir que há realmente que rever certos enunciados do "catecismo" dos actuais e acostumados adeptos da "hispanidad".

Se a hispanidad é católica, não pode ela querer que o conjunto de enunciados históricos sejam herméticos, tanto mais quando o universo de provas faça levantar suspeitas sobre alguns desses enunciados. Um absoluto hermetismo, uma "canonização" de autores, não podem ser método católico de estudar a história. Creio que a verdadeira hispanidad requer um compromisso constante com a Verdade e a verdade, e uma actitude mais humilde.

Os defensores da hispanidad estão dispostos a reconsiderar as suas conclusões caso haja factos históricos que apontem noutra direcção? Estão dispostos a bem considerar os dados históricos que não coincidem com a sua versão nacionalista?

(terá continuação)


Versión castellana:

La defensa y promoción a "Isabela la Católica" ataca a otros Reinos, principalmente a Portugal, colocando a nosotros como malos agentes de algunas señaladas ocasiones históricas. Pero, que mal hay en aceptar todo esto si estos Reinos fueran verdaderamente infelices delante de la impecabilidad castellana? Pues, como no puede haber  justicia sin verdad, esos Reinos tendrían que resignarse y aceptar humildemente. La verdad está por arriba, duela a quien doler.

Durante un año y medio indagué, bastante, a ilustres seguidores y "patrocinadores" de "Isabela la Católica" a dentro de lo que se considera como "hispanidad". Estos, y otros posteriores, imbuidos de pasión, más que movidos por calma claridad, cuando hacen alabanzas a "La Católica Madre de La América" (y asta escuché  "del Mundo") van al punto de verdadero espectáculo circenses. Yo vi y escuché, en una sobria palestra, el orador que, subido en los vapores y calores de deliciosas exaltaciones, se refirió a D. Isabela como "Santa Reina virgen" [faltaría "mártir"]... Después de dos segundos de arrastro de la última silaba (como eco desagradable del error emitido) el cura palestrante  repitió la enmienda "Santa Reina.... Santa Reina....". Bueno..., seria necesario otra enmienda no tanto por los "saltos mortales" de hermosa acrobacia pero si para la mas cruda realidad, es que convine antes todo que la pileta de natación tenga la agua para el salto.

El hondo del panorama es muchas de las veces el nacionalismo desordenado, resistente a la verdad ,  y tiene "cariñado" los soñadores más persistentes dándoles nido a todo el tipo de hipérbole. De los que indagué, mas alabable fue la actitud de unos que huyeran (actitud comprensible), y mucho mejor fue la actitud de otros, menores en cantidad pero mayores en valor, que, no abdicando de la verdad, ganaran en confrontarse con algunas contradicciones asumiendo que hay que revisar ciertos enunciados del "catecismo" de los actuales e acostumbrados adeptos de la "hispanidad".

Si la hispanidad es católica su conjunto de enunciados históricos no puede ser transformado en cosa hermética, tanto más que, mirando el universo de los datos históricos, se levantan dudas a respecto de  la veracidad de algunos de tales enunciados. Un absoluto hermetismo y la "canonización" de autores por parte del general de los aficionados de la "hispanidad", no pueden ser el método histórico de la hispanidad. Creo que la verdadera hispanidad resulta de un compromiso constante con la Verdad y verdad.

Los defensores de la hispanidad son favorables en reconsiderar sus conclusiones si los hechos históricos apuntaren en una otra dirección? Estarán dispuestos en aceptar otros datos históricos opuestos a los que asta hoy tienen consagrados?

(tendrá continuación)


Sem comentários:

TEXTOS ANTERIORES