Em 1500, num dia como hoje, 9 de Março, saíram os portugueses em direcção à Índia e ao Brasil.
É bastante perdoável aquela falsa ideia, que corre ainda, de que os portugueses dirigiam-se então apenas à Índia, e não também ao Brasil; tais navegadores enganaram-se, segundo dizem os enganados, sem notarem que a viagem do Brasil à Índia foi tão certeira. Não acham isto estranho, talvez nem tenham reparado, talvez se limitem a repetir.
O próprio Cristóvão Colon deu notícia de que D. João II de Portugal lhe tinha falado das terras da América do Sul. Eis que diz durante a sua 3ª viagem (1498):
"Mais uma vez o Almirante diz que quer ir para sul [sudoeste] ... e que quer ver qual era a intenção do Rei D. João de Portugal que dizia que a sul havia terra firme e por isso disse que teve diferenças com os Reis de Castela [linha do Tratado de Tordesilhas] ... diz mais que tinha o dito Rei D. João por certo que dentro dos seus limites ia encontrar coisas e terras famosas".
Portanto, dois anos antes da chegada de Pedro Alvares Cabral à América do Sul, já Colombo dizia, e apenas porque foi oportuno falar em tal assunto, que D. João II de Portugal tinha-lhe dado a conhecer da existência de terras as sul, e caracterizado essas terras. As "diferenças" ("divergências", como hoje dizemos) que os reis tiveram, e que Colon refere, datam de Março de 1493. Logo: D. João II sabia da existência de tais terras, antes de 1493!
Como explicar todo o esforço feito por D. João II ao deslocar a linha do tratado, posteriormente, sem ter a certeza da localização de território na América do Sul? Foram aumentadas por acordo mais 120 léguas, para lá da linha fixada com o Papa Alexandre VI (a pedido de Colon), e a nova linha foi proposta por D. João II, embora já a linha anterior tocasse numa pequena parte do território do sul americano. A facilidade com que Castela aceita esta proposta manifesta a crença de que entre a Europa e a Índia não havia terra firme.
No Brasil o cultivo do liberal escárnio contra a civilização católica-lusitana (as raízes) foi o principal motivo de difusão de anedotas e de certo tipo de mentira fácil, que, na avalanche das massas, dissemina as piores versões da "descoberta" do Brasil, e posterioridade. Os que são mais católicos, à falta de outra informação, pelo menos acreditaram que a pascoa do redondo ano 1500, e as 13 caravelas, junto ao "engano" dos mais treinados e informados navegadores da época, seria um sinal de Deus. Sim, certíssimo, mas há que acrescentar que, quase sem dúvida, foi também escolhido por nós, com antecedência e propósito, o ano e o mês (acreditava-se em Portugal que 1500 era o início da "era do Espírito Santo"). O número de caravelas (as 13), como símbolo das Igreja, poderão ter esse significado de levar a Igreja à nova terra. Já agora, permitam-me introduzir: S. Domingos (por quem Nossas Senhora introduz largamente o rosário no mundo) foi o patrono da expansão marítima portuguesa.
Outros há que, por acreditarem que as Américas foram conhecidas apenas com Colon, não são receptivos ao verdadeiro facto: Américas eram já conhecidas muito antes, e vários documentos estrangeiros e nossos demonstram como os portugueses também já conheciam as Américas (Sul, Norte, e Central) antes do "descobrimento" da América. Em outra ocasião será dado a conhecer com mais atenção que o próprio Colon tinha conhecimento da localização das Antilhas antes de chegar a elas na afamada "primeira" viagem patrocinada pelos Reis de Castela, e de que as mesmas coordenadas por ele usadas estavam já publicadas em livro português.
É a segunda vez que abordo este assunto no blogue ASCENDENS. O tema é realmente sério e complexo, digno de atenção e estudo.
Como explicar todo o esforço feito por D. João II ao deslocar a linha do tratado, posteriormente, sem ter a certeza da localização de território na América do Sul? Foram aumentadas por acordo mais 120 léguas, para lá da linha fixada com o Papa Alexandre VI (a pedido de Colon), e a nova linha foi proposta por D. João II, embora já a linha anterior tocasse numa pequena parte do território do sul americano. A facilidade com que Castela aceita esta proposta manifesta a crença de que entre a Europa e a Índia não havia terra firme.
No Brasil o cultivo do liberal escárnio contra a civilização católica-lusitana (as raízes) foi o principal motivo de difusão de anedotas e de certo tipo de mentira fácil, que, na avalanche das massas, dissemina as piores versões da "descoberta" do Brasil, e posterioridade. Os que são mais católicos, à falta de outra informação, pelo menos acreditaram que a pascoa do redondo ano 1500, e as 13 caravelas, junto ao "engano" dos mais treinados e informados navegadores da época, seria um sinal de Deus. Sim, certíssimo, mas há que acrescentar que, quase sem dúvida, foi também escolhido por nós, com antecedência e propósito, o ano e o mês (acreditava-se em Portugal que 1500 era o início da "era do Espírito Santo"). O número de caravelas (as 13), como símbolo das Igreja, poderão ter esse significado de levar a Igreja à nova terra. Já agora, permitam-me introduzir: S. Domingos (por quem Nossas Senhora introduz largamente o rosário no mundo) foi o patrono da expansão marítima portuguesa.
Outros há que, por acreditarem que as Américas foram conhecidas apenas com Colon, não são receptivos ao verdadeiro facto: Américas eram já conhecidas muito antes, e vários documentos estrangeiros e nossos demonstram como os portugueses também já conheciam as Américas (Sul, Norte, e Central) antes do "descobrimento" da América. Em outra ocasião será dado a conhecer com mais atenção que o próprio Colon tinha conhecimento da localização das Antilhas antes de chegar a elas na afamada "primeira" viagem patrocinada pelos Reis de Castela, e de que as mesmas coordenadas por ele usadas estavam já publicadas em livro português.
É a segunda vez que abordo este assunto no blogue ASCENDENS. O tema é realmente sério e complexo, digno de atenção e estudo.
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