"A doutrina de Calvino sobre a Trindade indignou de tal modo a Stancar, apesar de ser um dos seus partidários, que chegou a dirigir-lhe esta apostrofe: "Que demónio te impulsou, ó Calvino! a declarar como Arrio contra o Filho de Deus? Não é outro senão o Anti-Cristo do Septentrião, a quem hás tido a imprudência de adorar...... ministros da palavra, guardai-vos dos livros de Calvino...... porque conteem uma doutrina ímpia; as blasfémias do arianismo. Parece que o espírito de Miguel Servet, fugindo da fogueira, passou pela transmigração platónica todo inteiro a Calvino" (Stancharus, de Mediat, in Calvin, institut., fol. 3)
E se deste modo julgou a Calvino e escreveu dele um dos seus adictos, o que não terão pensado e escrito os seus antagonistas os luteranos? Efectivamente, ensinando Calvino que Deus é o autor de todos os pecados, se rebelou contra todos os partidários da Reforma.
"Este erro calvinista, escreve Conrado Schlussemberg, é horrivelmente injurioso a Deus, e entre todos os erros não há um que seja tão funesto para o género humano; pois segundo essa teoria calvinista, Deus seria o mais injusto dos tiranos; e não o demónio, mas sim o mesmo Deus seria o pai da mentira." (Conr. Schlussemb., Calv. Theol., fol. 46).
"Este erro calvinista, escreve Conrado Schlussemberg, é horrivelmente injurioso a Deus, e entre todos os erros não há um que seja tão funesto para o género humano; pois segundo essa teoria calvinista, Deus seria o mais injusto dos tiranos; e não o demónio, mas sim o mesmo Deus seria o pai da mentira." (Conr. Schlussemb., Calv. Theol., fol. 46).
Este mesmo autor, que era superintendente geral da Igreja luterana, nos três livros que publicou (Francfort, 1592), contra a teologia calvinista não fala dos calvinistas sem chamar-lhes infiéis, ímpios, blasfemos, charlatães, herejes, incrédulos, gente possuída de obsessão e vertigem, gente sem vergonha nem pudor, turbulentos e perturbadores ministros de Satanás.
"Não comente, acrescenta Heshusio, transformam a Deus no demónio o que só pensar horroriza, como também aniquilam o mérito de Jesus Cristo até ao ponto de fazer-se dignos de ser lançados ao mais profundo do inferno."
Não faltaram também calvinistas que se opusessem a estas lições do seu mestre. Bullinger, entre outros, trovejou desde a cátedra contra as abomináveis doutrinas do seu chefe, e demonstrou a sua falsidade com testemunhos da Escristura, dos Padres [da Igreja] e de toda a Igreja [catolicismo]. "Fica, diz, evidentemente provado pela Escritura este dogma, ensinado desde os tempos apostólicos, a saber: que o autor do mal e a causa do pecado não é Deus mas sim a nossa vontade corrupta, a nossa concupiscência e o diabo que a move, excita e inflama."
Seja-me lícito , antes de continuar, fazer aos que seguem ainda as doutrinas de Calvino uma singela reflexão que me sugere o autor da obra eruditíssima de que tomei o documento já citado. Pobre Bullinger! Que responderias a certos protestantes, que não se atrevendo a defender os seus mestres dizem a seu modo: Eu não reconheço nem Padres, nem Igreja, mas somente a Escritura tal como ma mostrou o Espírito Santo. A Igreja inteira e muito menos a Igreja romana, não podem subsistir na presença da Bíblia? Pobre Bullinger! Tu caiste, como um imbécil, nas redes do tradicionalismo. São mais espertos outros protestantes: "Ao diabo, dizem, a tradição. Não admitimos mais do que a Bíblia, e esta interpretada por cada um segundo o seu Espírito: com esta só fazemos frente a tudo." (Le Ministre protest. aux, preses avec lui meme. Lyon, 1836)"
AQUI continua o artigo.
"Não comente, acrescenta Heshusio, transformam a Deus no demónio o que só pensar horroriza, como também aniquilam o mérito de Jesus Cristo até ao ponto de fazer-se dignos de ser lançados ao mais profundo do inferno."
Não faltaram também calvinistas que se opusessem a estas lições do seu mestre. Bullinger, entre outros, trovejou desde a cátedra contra as abomináveis doutrinas do seu chefe, e demonstrou a sua falsidade com testemunhos da Escristura, dos Padres [da Igreja] e de toda a Igreja [catolicismo]. "Fica, diz, evidentemente provado pela Escritura este dogma, ensinado desde os tempos apostólicos, a saber: que o autor do mal e a causa do pecado não é Deus mas sim a nossa vontade corrupta, a nossa concupiscência e o diabo que a move, excita e inflama."
Seja-me lícito , antes de continuar, fazer aos que seguem ainda as doutrinas de Calvino uma singela reflexão que me sugere o autor da obra eruditíssima de que tomei o documento já citado. Pobre Bullinger! Que responderias a certos protestantes, que não se atrevendo a defender os seus mestres dizem a seu modo: Eu não reconheço nem Padres, nem Igreja, mas somente a Escritura tal como ma mostrou o Espírito Santo. A Igreja inteira e muito menos a Igreja romana, não podem subsistir na presença da Bíblia? Pobre Bullinger! Tu caiste, como um imbécil, nas redes do tradicionalismo. São mais espertos outros protestantes: "Ao diabo, dizem, a tradição. Não admitimos mais do que a Bíblia, e esta interpretada por cada um segundo o seu Espírito: com esta só fazemos frente a tudo." (Le Ministre protest. aux, preses avec lui meme. Lyon, 1836)"
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