14/01/12

ANEDOTAS



A CIGARRA E A FORMIGA
Versão alemã actualizada, e portuguesa com muito blá-blá, como de costume. 

Versão alemã
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno. A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar. Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.
Fim


Versão portuguesa

A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno. A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar. Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. 

A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio. 

A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua frente. 

A opinião pública escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no bem bom. 

As associações anti pobreza manifestam-se diante da casa da formiga. 

Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social. 

A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala esquerda do PS, com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito do Mário Soares, organizam manifestações diante da casa da formiga. 

Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de duração ilimitada. 

Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz. 

Para responder às sondagens, o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti descriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão). 

Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à cigarra.
 A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa. 

A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local. 

A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás. 

Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. 

Sérgio Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...". 

A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se nas tintas para a sua conservação. 

Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. 

É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa da formiga. 

O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano. 

Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses a cigarra morre de overdose. 

Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio. 

A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas, imigrantes ilegais, que há já dois anos que foram intimadas a sair do País mas que decidiram cá ficar, dedicando-se ao tráfego da droga e a aterrorizar a vizinhança. 

Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo Portas. 

Entretanto o Governo felicita-se pela diversidade cultural do País e pela sua aptidão para integrar harmoniosamente as diferenças sociais e as contribuições das diversas comunidades que nele encontraram uma vida melhor. 

A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...
FIM

(Agradecimento: Ao amigo "Funguito" por me ter enviado esta preciosidade)

2 comentários:

Anónimo disse...

Hahahaha, muito boa! Vou copiá-la para o meu blogue. :)

anónimo disse...

FireHead,

Ai tem todo o meu apoio!
;)

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