14/01/12

A CRISE ECONÓMICA EM PORTUGAL É REPUBLICANA


O Filósofo francês Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, que publicou o estudo "A Crise Portuguesa", afirma "Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais". Enfim, pelo menos é de dar valor à observação feita sobre a crise económica republicana.

Dizem que Portugal está na III República. É falso, Portugal continua ocupado pela República, tão somente. E para ser mais justos haveria que dizer que a I e III Repúblicas são apenas "A República", e que a II é uma quase contra-República que nunca o deixou de ser por estar demasiadamente condicionada.

Na primeira fase da República, parida pela louca monarquia liberal, impulsionada pela maçonaria, artilhada pela carbonária, revolvida pelo marxismo, Portugal foi castigado por crises terríveis, caos político, e de "maçonaria rotativa" no poder. Portugal tentou reagir das formas possíveis a esta fedorenta invasão de "malhados" ao ponto de ter de ser imposta uma ditadura militar. Começa assim a tentativa de reabilitar Portugal  e de afastá-lo dos seus inimigos assaltantes anteriores... A economia cresce, Portugal cresce e respira, as coisas começam a compor-se e a repressão contra os inimigos da nação vai avançando e dando resultados (por uns tempos). Agora, depois de 1974 voltou a I República de forma mais discreta, pois a maçonaria aprendeu que tem de ser discreta e secreta para não escandalizar e que lhe convém apresentar aos membros dos graus mais baixos um qualquer "estigma de perseguição". A Nova Esquerda está por aí, mais solta que nunca com suas ideias agradáveis aos ignorantes intelectualizados e aos eternos rebeldes.

A economia volta a estar decadente. Mas essa é uma característica da "I República" e da "III República", não da "quase não república", pelo que concluo que o sistema republicano e a monarquia liberal são pouco ou nada portugueses (ou mais, são incompatíveis com Portugal) ... Um novo Salazar não o esperam apenas porque ele tem sido seguido pelos Republicanos como o modelo a contrariar. A República da asneira não pode portanto salvar Portugal porque o homem que a contradisse foi o "político salvador" que eles rejeitam e combatem com décadas de difamação discreta. Ora toma...

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