24/11/11

MANUAL DA LIGA ANTI-MAÇÓNICA (III)

(continuação da II parte)


INTRODUÇÃO AO MANUAL
DA
LIGA ANTI-MAÇÓNICA

Todo o homem que se presa de ser amigo da ordem pública, da família e da Sociedade, muito mais o católico fervoroso e decidido, deve favorecer e apoiar tudo o que diz respeito à conservação da mesma ordem pública, ao bem sólido e verdadeiro da família e da Sociedade, e sobretudo à defesa enérgica da religião santa. Ninguém há que ignore que a Sociedade está abalada desde os alicerces e que ameaça ruina total; ninguém há que ignore ser a causa deste próximo cataclismo o abandono das verdades primordiais, que são como que o eixo em roda do qual deve girar todo o ser racional, e farol que deve guiar a humanidade. Há verdade como poderá ser feliz a Sociedade que navega desnorteada e sem leme neste oceano tempestuoso?


Desconhece-se o destino sublime ao qual a Divina Providência elevou a humanidade; desconhece-se o fim da Sociedade; nega-se toda a dependência da criatura em face do seu Criador; corrompe-se o conceito de legítima liberdade, introduzindo a mais infrene e desbragada licença; a autoridade humana, essencial esteio do humano consórcio, baseada sobre princípio quiméricos, torna-se nula. Daqui as revoluções, as mudanças vertiginosas dos governos, o descontentamento geral de todas as classes da Sociedade, o comunismo, o socialismo, o niilismo, - último termo para o qual a mesma humanidade se precipita!

Este temeroso quando apresenta-se aos olhos de todo o homem de bem; mas quem poderá pôr um dique a esta torrente devastadora? Um vulto majestoso e sereno, um venerando Ancião, o sábio e experimentado Piloto da Barca de S. Pedro, Leão XIII, acode a tantos perigos, e do alto da cadeira infalível do Vaticano indigita ao mundo inteiro a causa principal desta imensa calamidade, dá a conhecer o inimigo e o chama pelo seu próprio nome.

A Maçonaria, brada Ele, a Maçonaria, eis o inimigo!

O Manual que vamos publicar é um resumo do plano de ataque a este famoso inimigo que Leão XIII designou aos nossos tiros. Leiam-no todos e meditem-no para que bem exercitados todos os católicos portugueses sem distinção, sejam soldados aproveitáveis e valorosos na luta em que nos achamos empenhados.

Mais tarde se lhes dará alguma outra norma para mais praticamente e segundo as circunstâncias se pôr em prática este plano geral.
O Tradutor.

(continuação, IV parte)

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