INTRODUÇÃO AO MANUAL
DA
LIGA ANTI-MAÇÓNICA
DA
LIGA ANTI-MAÇÓNICA
Todo o homem que se presa de ser
amigo da ordem pública, da família e da Sociedade, muito mais o católico
fervoroso e decidido, deve favorecer e apoiar tudo o que diz respeito à
conservação da mesma ordem pública, ao bem sólido e verdadeiro da família e da Sociedade,
e sobretudo à defesa enérgica da religião santa. Ninguém há que ignore que a
Sociedade está abalada desde os alicerces e que ameaça ruina total; ninguém há
que ignore ser a causa deste próximo cataclismo o abandono das verdades
primordiais, que são como que o eixo em roda do qual deve girar todo o ser
racional, e farol que deve guiar a humanidade. Há verdade como poderá ser feliz
a Sociedade que navega desnorteada e sem leme neste oceano tempestuoso?
Desconhece-se o destino sublime ao
qual a Divina Providência elevou a humanidade; desconhece-se o fim da
Sociedade; nega-se toda a dependência da criatura em face do seu Criador;
corrompe-se o conceito de legítima liberdade, introduzindo a mais infrene e
desbragada licença; a autoridade humana, essencial esteio do humano consórcio,
baseada sobre princípio quiméricos, torna-se nula. Daqui as revoluções, as
mudanças vertiginosas dos governos, o descontentamento geral de todas as
classes da Sociedade, o comunismo, o socialismo, o niilismo, - último termo
para o qual a mesma humanidade se precipita!
Este temeroso quando apresenta-se aos
olhos de todo o homem de bem; mas quem poderá pôr um dique a esta torrente
devastadora? Um vulto majestoso e sereno, um venerando Ancião, o sábio e
experimentado Piloto da Barca de S. Pedro, Leão XIII, acode a tantos perigos, e
do alto da cadeira infalível do Vaticano indigita ao mundo inteiro a causa
principal desta imensa calamidade, dá a conhecer o inimigo e o chama pelo seu
próprio nome.
A Maçonaria, brada Ele, a Maçonaria,
eis o inimigo!
O Manual que vamos publicar é um
resumo do plano de ataque a este famoso inimigo que Leão XIII designou aos
nossos tiros. Leiam-no todos e meditem-no para que bem exercitados todos os
católicos portugueses sem distinção, sejam soldados aproveitáveis e valorosos
na luta em que nos achamos empenhados.
Mais tarde se lhes dará alguma outra
norma para mais praticamente e segundo as circunstâncias se pôr em prática este
plano geral.
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