07/10/11

FALSAS RELIGIÕES

É a continuação do artigo "FALSO ECUMENISMO (TOLERANTISMO) e A DOUTRINA DE SEMPRE"


12. O Paganismo não me oferece mais que um caos de ilusões, de mentira e de iniquidades; criaturas colocadas no Trono da Divindade para nele receberem as nossas adorações; deuses culáveis de maiores crimes, um Júpiter adultero, uma Vénus impudica, um Mercúrio ladrão… honras divinas tributadas a Imperadores famosos pelas suas desenvolturas; o homem prostrado diante das obras das suas mãos; enfim, festas celebradas por jogos profanos, e muitas vezes sanguinário, ou por desenvolturas. Uma Religião tão favorável á corrupção dos costumes, não podia ser Religião verdadeira, que procuramos.

13. O Maometismo nada me mostra que não seja digno de desprezo; tanto pelo seu Autor, como pelo seu Código, e pelos seus fins.

Maomé, seu Fundador, continua como um Tirano, acaba como um malvado. E como este embaiador, não podendo provar a sua missão de Profeta por milagres, persuade a sua mulher, e por ela a muitos outros que os acidentes de epilepsia, a que estava sujeito, eram extasses causados pelo comércio extraordinário, que fingia ter com o Anjo Gabriel. Acreditada assim a sua autoridade, levantou-se como um homem inspirado, propaga a sua Religião pelos caminhos os mais violentos; os seus Apóstolos são, não Mártires, mas soldados, que anunciam as suas loucuras com a espada na mão. Finalmente morreu, não pela sua doutrina, mas empeçonhado por uma mulher, que tinha embaiado, e que por este meio quis saber se ele era na verdade um impostor, ou um Profeta.

O Alcorão, que é o Código das suas leis, está cheio de fábulas pueris, de ignorância, e de contradições. Nele confunde a Santa Virgem como Maria Irmã de Aarão: diz que os Judeus quiseram matar a Jesus Cristo; mas que Deus o livrara milagrosamente, e que outro foi crucificado em seu lugar: Acredita a Moisés, a Jesus Cristo, e a Bem-aventurada Virgem. Ora se o Evangelho é verdadeiro, Maomé é um ímpio pelo mesmo Evangelho. Se o Evangelho é falso, por que causa diz ele que é necessário dar-lhe crédito, e que ele veio a confirmá-lo? Toda a sua Religião consiste a orar com o semblante voltado para a parte onde está Meca, a sacrificar uma camela aos seus pés, a matar os infiéis, a ter tantas mulheres quantas se podem sustentar, a lavarem-se muitas vezes, a absterem-se de alguns animais, e a crerem Maomé seu grande Profeta.

O fim a que esta Religião se encaminha é revoltante. A Bem-aventurança que ela promete é infame; cuja lembrança basta para amedrontar todas as pessoas castas. O estabelecimento pronto, e rápido desta Religião é todo humano: ele é o triunfo do apetite, da violência, da política, da desordem, da ignorância; e de todos os vícios. Nada admira que o coração humano, corrompido como está seja favorável. Não; uma Religião tão grosseira não pode ser a verdadeira.

14. Volto-me para o Judaísmo. Eu descubro muitos caracteres da Divindade, uma doutrina sublime, uma Moral pura, leis sábias, um seguimento de grandes homens distintos pela virtude, Taumaturgos, e Profetas. Mas eu ao mesmo tempo descubro sinais não equívocos de reprovação. Eu vejo sequazes depois de dezassete séculos sem Templo, sem Altares, sem Sacerdotes, sem Sacrifícios: dispersos no meio das Nações, sem se confundir com povo algum. Eu creio de ver concluir uma maldição espantosa que os persegue por um grande delito de seus pais (“Et respondens universos populus dixit: Sanguis ejus super nos, et super filios nostros”. - Mat. 6. 27. V. 25). É necessário, digo eu a mim mesmo, que Deus escolha outro povo para entre ele estabelecer o seu culto. Mas quem é este povo?

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