Um dos maiores erros no uso da música actualmente parte de julgá-la uma caixa vazia onde colocar textos (letra de música) dos mais diversos.
É falso que ao longo dos séculos a música na Igreja tenha sido conduzida por distinção da música profana ou outra qualquer. Na verdade foi ao contrário, a Igreja não criou uma música de "mal menor" resultante da fuga ao profano. A música da Igreja foi, pelo contrário, a luz de toda a música na Europa (principalmente).
É falso que ao longo dos séculos a música na Igreja tenha sido conduzida por distinção da música profana ou outra qualquer. Na verdade foi ao contrário, a Igreja não criou uma música de "mal menor" resultante da fuga ao profano. A música da Igreja foi, pelo contrário, a luz de toda a música na Europa (principalmente).
O gregoriano reinou como única música cultivada durante 11 séculos. É esta a música da Igreja por excelência e é o modelo da música da Igreja acabando por ser a base de toda a grande música cultivada europeia. Escusado é dizer que o gregoriano é a música da Sagrada Liturgia e coração da música sacra. É um concentrado das características musicais celestiais (talvez não seja exagero dizê-lo). O ritmo assimétrico (sim, o gregoriano tem ritmo), melódico (monofónico), deriva da oração que é por sua vez o seu texto, os modos (tipos de escalas), o curto espaçamento entre a altura das notas, essencialmente vocal (não é feito com "mentalidade" instrumental)...
Hoje estamos rodeados de música que contraria em tudo o chamado "modelo gregoriano". Por exemplo, estamos rodeados por música de ritmo tribal (barbárie), quadrado e apela ao básico, embrutece por mais refinada que pudesse ser a melodia ou o acompanhamento instrumental.
Ignorantemente, para contrapor a tendência, surgiu há mais de uma década um vasto comércio de música alternativa inspirada no desenraizado orientalismo. Este é outro lixo que não teve outro fim que despistar por mais algumas décadas as almas que começavam a cansar-se da poluição musical global.
Voltemos à música inegável, intemporal, afinal a que sempre vive e atravessa o tempo. Esta sim poderia ser justamente chamada de "música cristã" (da civilização cristã). Mas logo que houve um despertar de interesses pela música, na Igreja do séc. XX, e voltaram a existir meios e sensibilidade para o restauro da música apropriada, apareceram também os tolinhos enfantochados, promovidos de dentro para fora, que fazem e comercializam o que chamam de "musica cristã" sobre pretexto do "texto de mensagem". Outros mais prudentes (valha-lhes pelo menos isso) abandonaram a designação para adoptarem a de "música de mensagem" (está também não é cristã). Há realmente uma "música cristã" que, evidentemente, é produto da civilização cristã e que atravessa o tempo.
Voltemos à música cristã de verdade.
A Rádio Convicción, do Chile, tem o programa "Roma Aeterna (música católica de todos los tiempos)" online, sem interrupção. Recomendo vivamente.
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