15/08/11

HISTÓRIA DE PORTUGAL AO SERVIÇO DA IDEOLOGIA DOMINANTE

Como é cada vez maior tendência, a história vem sendo forjada e contorcida ano após ano até que não reste mais suporte para a civilização católica nem a possibilidade de entendê-la ou receber dela o exemplo.

No caso da bandeira de Portugal temos visto recentemente teorias loucas, sempre tidas como marginais, a ocuparem o primeiro lugar. A enciclopédia da ignorância global (Wikipedia) substituiu a história da bandeira por qualquer teoria que negue a catolicidade.

Repito a ideia: o saber do que ontem foi e o saber do que hoje é mostra-nos a tendência que avança. 

Na escola do Seixal os alunos certamente não sabem disto e não sabem da história de Portugal. Conhecem uma bandeira de Portugal irreal (evolutiva) que, para lá de onze "moedas" em cada escudo (versão suportável) omite o escudo central, não se vá ali encontrar qualquer lembrança das 5 chagas de Cristo. Foram ensinados por pessoas que foram ensinadas (entenda-se)...


"Dando resposta à parceria do CREPT com a Biblioteca Municipal do Seixal no projecto “Em Rede”, as professoras Irene Castro e Emília Pereira elaboraram com os alunos das turmas do 8.º A e C, nas disciplinas de História e Educação Visual, uma “Entrevista com D. Afonso Henriques”. Para a concretizarem, os alunos fizeram investigação histórica, redigiram uma entrevista ao primeiro rei de Portugal e construíram cenário e adereços." (Fonte: blogue Navegando Pela Biblioteca)



A importância da história e da cultura são sobretudo a do suporte natural para o sobrenatural, e na verdade o que existe a nível natural realiza-se quando é imagem dos atributos divinos. Cristo encarnou, Deus escolheu Roma (a grande potência civilizacional) para assentar a cede de Pedro, os missionários semearam a civilização no seu modo estrutural e social para possibilitar a captação e a transmissão (e evolução) do Evangelho. O Reinado Social de Nosso Senhor não é, portanto, uma cabeça sem pés, não é uma miragem nem cria uma quase ruptura entre o sobrenatural e o natural, é, pelo contrário, como sempre foi quando se viu florescer (a Cristandade). E mesma Cristandade é esta mesma encarnação do eterno no temporal, com justiça, com ordem, com beleza, com verdade. Achar que os atributos podem ser percebidos na criação e que não podem ser encontrados nas obras e na sociedade é um absurdo.

A destruição dos testemunhos da civilização católica e o avanço de uma civilização anti-católica diminuem o espaço para o florescimento católico. Trata-se, efectivamente, da lenta construção de um Reinado Social do Anticristo que só poderá dar lugar à contradição, assédio, e perseguição ao catolicismo e, claro, aos católicos que não se "adaptarem" a um "neo-catolicismo". Em outras palavras, contra os que os que não estiverem em conformidade com os requisitos mínimos da "actualidade". Para lá disto temos os que são promovidos apenas se estiverem em plena comunhão e participação activa com a tendência (assim eram promovidos aqueles médicos que concordavam com as ideologias evolucionistas-eugénicas do regime Nazi sem que os restantes tivessem punição por não concordarem calados). 

Os católicos ingénuos, e muitos deles se fanatizam e obstinam num optimismo cego, habitualmente costumam confundir os sinais "positivos" do avanço de um reino com o definhar de um outro que lhes pertence defender. E este é um sintoma que já há muito conhecem os que forma modernistas activos e se regozijaram a cada pedra derrubada pela "auto-demolição da Igreja" por verem nisso a construção de uma Nova Igreja (eu me confesso).

Os alunos da escola do Seixal sabem a história que lhes contam, e em todas as escolas assim é e sempre foi. A novidade é que a ideologia dominante hoje cospe apenas o catolicismo e, não o tenta apenas eliminar, tenta substitui-lo nas suas três plataformas: socialmente, filosoficamente e teologicamente.

Começar com a notícia da profanação da bandeira de Portugal de forma "oficializada" e acabar por falar em modernismo pode parecer uma atitude antípoda. Mas o que aponta a caricatura do modernismo como "soma de todas as heresias"? Se hoje o modernismo for realmente a ideologia dominante haverá que admitir que a educação e todas as estruturas sociais vão sendo invertidas contra o fundamento que as fez nascer e crescer na civilização própria. Fora do catolicismo não há civilização verdadeiramente nem ela é compreensível.

E que importa a escola do Seixal a mais que as outras? As outras permitem isto e as que não permitem ainda logo permitirão tal como um progressista de hoje diz o que dirá um conservador amanhã. O que importa escrever sobre uma triste notícia sem colocar mais alto o verdadeiro problema? A escola do Seixal não é verdadeiro problema!

Em suma, qual é o problema constatado? Tal como a parcela mínima do modernismo reside no "mecanismo" de substituição dos conteúdos mantendo as formas exteriores, também as estruturas da Grande Civilização estão subvertida por dentro. Este mecanismo acaba por agir como desocupante (processo revolucionário) e ocupante: toma o trono, ou o altar, e mantendo-os (conservadorismo) dirige-os no seu impulso devorador (progressismo).

E a Igreja? Onde anda Ela que não se vê?!!! E o Papado onde anda que não se vê (recusa o Papa ao exercício pleno do seu magistério)? E a Missa que que hoje está separada da sua Doutrina oficialmente?!!! Porquê tudo isto?!

O que importam as escolas se Deus e a Pátria são corridos delas? Onde ficou o sal que salga? As estruturas ficam e o conteúdo vai...?!


4 comentários:

Rogério Maciel disse...

FPessôa profetizou acêrca disto ....no tempo dêle ainda se sabia quem éramos , de onde vinhamos e para onde íamos , mas Pessôa já sentia o Caos a chegar ...
«Ninguém sabe que alma tem ...
Sem Rey , nem Ley...
Ó Portugal , É A Hora !»
Efectivamente , hôje , Agora , é que se está a passar completamente o que êle escreveu .
Por isso , Hôje , É que A Hora está a Chegar !
Tenhamos Fé !
Portugal Renascerá !

anónimo disse...

Rogério Maciel,

Obrigado por comentar.

Não concordo. Acho que parte das "profecias" de um homem como ele são sempre um disparate. Não se iluda com a parte certa delas. Vai chegar a velho e não vai ver nada disso.

"Tenhamos Fé" ?!??! A Fé a crença em cada uma das verdades reveladas, e em todas no seu conjunto, por obra da graça. Essas profecias não pertencem à Revelação Divina, por isso não têm nada a ver com a Fé. Rogério, será que não seria melhor a palavra "esperança", ou "confiança"!?

Cumprimentos

Rogério Maciel disse...

Graças !

A Revelação Divina só pode Abrangêr TUDO , tôda a Criação ,

tÔdas as Racas, Culturas , Tradições , Religiões ...

Pois , Sendo DÊUS Infinito , Dêus não está limitado a ideologias

religiosas (ou religiões ) , conceitos pessoais religiosos ,

filosóficos ou outra qualquer coisa inventada por nós , humanos .

Dêus , pode sim senhôr , utilizar quem , ou que Quiser para

Transmitir Profecias ou Mensagens .

Quem sou eu para decidir o que é que Dêus pode , ou não fazêr ?

Quem sou eu para definir o que é Revelação Divina ?

FÉ é a Palavra.

FÉ em Dêus Acima de Tudo.

Com FÉ , vem a Esperança, a Confiança , vem Tudo .

O Senhôr Jesus Cristo disse que quem tiver FÉ do tamanho dum grão-de-mostarda pode movêr montanhas ...

Por isso ...

anónimo disse...

Adorador de Satanás... não volte.

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