Isabel a Católica, cognominada em Portugal como Isabel a usurpadora. |
O mundo castelhanizado está acostumado a defender e propagar falsidades contra tudo o que não é Castela. Repete, mancha a honra dos vizinhos, exagera grandezas a um extremo incrível, e na hora da verdade, de colocar as cartas na mesa: foge. Quantas vezes os Castelhanos rectificaram as histórias que inventam conta os outros!?
Eis que escutei a vítimas do castelhanismo a propagação duma dessas acostumadas lendas negras. Diziam que Portugal não teria respeitado o Tratado de Tordesilhas e que, por consequência, teria ido contra Bula Papal. Isto equivale a acusar Portugal de roubo, e de desobediência ao Papa e desonra da palavra dada com o tratado.
Em primeiro lugar, relativamente ao suposto desrespeito de Portugal para com o Tratado, não há um único registo de queixa por parte de Castela ao Papa, coisa que deveria fazer supor que os castelhanos nem sabiam que a "sua" parte do território nas Américas estava a ser "roubada"! Certamente que a calúnia de roubo é então bem mais recente.
Os tratados posteriores mostram a impossibilidade prática de cumprimento do tratado de Tordesilhas na totalidade antes do séc. XVIII. Portanto os propagadores daquelas falsidades, HOJE, deveriam supor então, por boa fé, que também os portugueses não sabiam ter passado passar a linha do tratado. Mas aqueles que se gabam de ter Reis com título de "Católicos", título dado por Papa também castelhano (conhecido pela corrupção moral), devem então sentir ainda maior obrigação em conter tais acusações, pelo menos, dar o benefício da dúvida. É lamentável que se difundam tais falsidades, com a atenuante da ignorância (que não culpa a quem já assim aprendeu dos seus antepassados, e nunca a razão lhe abriu os olhos neste tema).
Os tratados posteriores mostram a impossibilidade prática de cumprimento do tratado de Tordesilhas na totalidade antes do séc. XVIII. Portanto os propagadores daquelas falsidades, HOJE, deveriam supor então, por boa fé, que também os portugueses não sabiam ter passado passar a linha do tratado. Mas aqueles que se gabam de ter Reis com título de "Católicos", título dado por Papa também castelhano (conhecido pela corrupção moral), devem então sentir ainda maior obrigação em conter tais acusações, pelo menos, dar o benefício da dúvida. É lamentável que se difundam tais falsidades, com a atenuante da ignorância (que não culpa a quem já assim aprendeu dos seus antepassados, e nunca a razão lhe abriu os olhos neste tema).
Apenas no séc. XVIII surgiu tecnologia suficiente para possibilitar a marcação da linha do tratado em terreno real (não apenas no mapa). Esta dificuldade era acrescida pela curvatura da terra, a dimensão da terra, e os vários cálculos para demarcar a linha foram adiantados por vários especialistas até ao séc. XVIII.
O alargamento do Brasil foi feito pelos bandeirantes que, pela sua constante actividade, e perante a impossibilidade de marcação prática das linha do tratado, acabaram por exceder as expectativas. Nunca Portugal tentou defender as terras no Brasil contra uma demonstração de que parte dessas terras passavam realmente a linha. Como veremos, Portugal e Castela acharão mais tarde que o "princípio civilizacional" é superior ao "princípio territorial" resolvendo assim os problemas em torno da marcação geográfica.
O coro castelhanista que grita hoje que Portugal roubou, o diz só por má fé ou ignorância.
Os Castelhanos foram contra a dita Bula Papal Inter Coetera (4 de maio de 1493) em 2 de julho do mesmo ano ao fazerem uma mudança posterior ao tratado? A alteração foi aceite e proposta de Portugal veio depois, a 5 de setembro. Mas teria sido isto tudo contra a autoridade Papal? Teriam então todos os tratados posteriores constituído um acto de desobediência ao Papa!? Não creio e espero que nenhum castelhanista chegue tão longe. O tratado foi então alterado com concordância dos dois reinos e sem desobediências.
Os Castelhanos foram contra a dita Bula Papal Inter Coetera (4 de maio de 1493) em 2 de julho do mesmo ano ao fazerem uma mudança posterior ao tratado? A alteração foi aceite e proposta de Portugal veio depois, a 5 de setembro. Mas teria sido isto tudo contra a autoridade Papal? Teriam então todos os tratados posteriores constituído um acto de desobediência ao Papa!? Não creio e espero que nenhum castelhanista chegue tão longe. O tratado foi então alterado com concordância dos dois reinos e sem desobediências.
Todos os tratados posteriores provam que as impossibilidades práticas do Tratado de Tordesilhas não podiam ser resolvidas senão por outros meios, como foi o do princípio civilizacional patente no Tratado de Madrid e adiantado por Portugal.
Os castelhanistas não sabem o que é roubo? Deus queira que não, pois Isabel a Católica fez vários saques à Guine e permitiu outros. Este território português (Guiné) era protegido com VÁRIAS Bulas Papais, o mesmo as suas águas. Mas, poderia dizer-se que Isabel a Católica só respeita tratados e não respeita Bulas? Não, pois o Tratado de Alcáçovas acordado por Portugal e Castela, que supunha um travão nos saques de Castela, foi também transgredido pela dita rainha. Como poderíamos passar à Índia tranquilamente com este tipo de gente sempre por perto? O tratado de Alcáçovas, que dividia o mundo horizontalmente a partir de Canárias, e tinha ele aprovação Papal, foi igualmente desrespeitado por Isabel a Católica quando Colon chegou às "novas terras" que estavam dentro do limite português. Mas, nesse tempo, já o Papa tinha morrido sucedendo-lhe o castelhano Alexandre VI (a geografia não é doutrina, nem moral, nem bons-costumes...)
Enfim, se Isabel a Católica tivesse respeitado as Bulas, não teria havido tratado de Alcáçovas, e se tivesse respeitado o Tratado de Alcáçovas não teria de haver Tratado de Tordesilhas. E todos estes não teriam de ter existido caso Castela tivesse guiado por Reis honrados.
Este artigo, muito mal escrito por resumir muito, diz boa coisa. Estes temas estão sendo desenvolvidos de forma mais atenta num conjunto de artigos já postados (suspensos por agora) que relacionam temas maravilhosos: S. Tomé e o Brasil, os descobrimentos de Portugal e os pseudo-descobrimentos de Castela, Cristóvão Colon, o secretismo forçado de Portugal, Isabel a Católica ...
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