Vou mostrar-vos alguns textos escritos pela mão da Irmã Lúcia e publicados no livro "Memórias da Irmã Lúcia" (8ª edição, Agosto de 2000 - Secretariado dos Pastorinhos - Fátima), livro que me foi oferecido pelo próprio Santuário de Fátima, por vontade de Mons. Luciano Guerra, então Reitor do mesmo Santuário. Portanto. É credível a publicação dos documentos, e por isso reveladora. Mostrarei primeiro vários textos para que se tome noção da caligrafia da Irmã Lúcia.
Na última imagem, peço especial atenção do leitor para a caligrafia, e para a ausência assinalada. (É favor clicarem nas fotos para ampliação)Onde pára o "que tanto ansiais por conhecer"? Que caligrafia é esta? |
3 comentários:
Muito obrigada pelas páginas que você nos oferece aonde fica bem evidente que a letra é de duas pessoas diferentes, que mostram duas personalidades bem diferentes.
A letra é diferente, sem dúvida. Contudo há várias POSSIBILIDADES a ter em conta:
1 - A pessoa que escreve é a mesma e tenta escrever de forma mais legível, com letras mais separadas, com velocidade menor (pausadamente). Pois a psicografia revela que esta caligrafia é realmente pausada, comedida, com menor velocidade de escrita. Há características comuns nas duas caligrafias que não descartam a possibilidade de ser a mesma personalidade sob condições diferentes de clareza caligráfica ou até dificuldade em escrever (por doença passageira, por exemplo).
2 - A Irmã Lúcia ditou, outra pessoa escreveu, e a Irmã Lúcia assinou.
3 - O texto não foi escrito nem ditado pela Irmã Lúcia.
Convém não misturar nesta análise supostas intenções relativas à FRASE POSTERIORMENTE OMITIDA. Pois, no caso de estarmos perante um embuste ele poderia ser intencionalmente duplo: fazer acreditar que os embusteiros tinham a intenção de de fazer credível a frase que depois foi omitida. ISTO É MUITO IMPORTANTE pois os únicos que seriam interessados na NÃO OMISSÃO DA FRASE são aqueles que hoje estão a dizer que o texto não foi escrito pela Irmã Lúcia, e os que hoje apresentam o texto como sendo escrito pela Irmã Lúcia são aqueles que OMITEM A FRASE do texto. Se tudo isto foi preparado, ou seja, se é realmente um embuste, é um duplo embuste que (armadilha inteligentíssima). Cuidado...
Entre todas as possibilidades, parece-me prudente ficar com as mais simples. Neste momento há especulações mirabolantes que afirmam que a Irmã Lúcia ficou em Espanha e que para Portugal foi criada uma falsa Lúcia a que chama "Lúcia de Coimbra". Isto é um absurdo que implica ignorância, desconhecimento da cultura portuguesa e até europeia,pouca prudência e enfim tantas coisas que são próprias da uma investigação sóbria.
Neste momento estou a preparar uma refutação concludente a tais especulações. É uma pena que até agora tais especuladores não tenham consultado a medicina dentária nem se apoiaram em análises de imagem 3D. Muitas outras falhas permitiram a conclusão a que eles chegam, melhor, parece-me que eles concluíram e reuniram as "provas" depois.
Surge um triplo problema: a associação de três suposições:
1- A especulação das "duas Lúcias";
2- O facto da retirada da frase polémica;
3- As diferenças caligráficas.
Eu já adiantei que a teoria das "duas Lúcias" é absurda, já adiantei que as diferenças caligráficas não têm de ser interpretadas como se tivessem sido escritas por duas pessoas diferentes, e por fim é certíssimo que aquela frase polémica foi retirada posteriormente. Disto podemos constatar 3 níveis de situação: uma é especulação infundada, outra tem várias possibilidades,e outra é um facto inegável. Tempo que se esteja também a fazer uma leitura que parte da especulação até ao facto em vez de partirem apenas de facto. Enfim...
O livro de onde retirei o texto é de 2000, e o Secretariado dos Pastorinhos, entre os vários livros da Irmã Lúcia, apenas disponibiliza a publicação de 2007 deste mesmo. Também nesta edição, creio que é a última,a transcrição do texto descartou a frase polémica (ver pág. 203): http://www.pastorinhos.com/livros/pt/MemoriasI_pt.pdf
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