05/02/11

VIGIAI E ORAI - para pensar (I)

"A Igreja, nos últimos tempos, será espoliada da sua virtude. O espírito profético esconder-se-á, não mais terá a graça de curar, terá diminuta a graça da abstinência, o ensino esvair-se-á, reduzir-se-á, senão desaparecerá de todo o poder dos prodígios e dos milagres. Para o anticristo está a ser preparando um exército de sacerdotes apóstatas." (São Gregório Magno)
"(...) em um século, nos passamos de um modernismo restrito a um modernismo generalizado." (Émile Poulat, Histoire, Dogme et Critique dans la Crise Moderniste, Albin Michel, Paris, 1962, Avant Propos da 3a edição, em 1995 p. VII)
"O Vaticano II foi uma espécie de confirmação daquilo que os teólogos tnham feito antes do Concílio: Rahner, Chenu, Congar e os outros (...) os teólogos que tinham sido condenados, afastados das cátedras de ensino, mandados para o exílio, [foi] a sua teologia que triunfou no Vaticano II." (Padre Schillebeeckx, in 'Jesus', Maio de 1993)
"Dois amores erigiram duas cidades, Babilónia e Jerusalém: aquela é o amor de si até ao desprezo de Deus ; esta, o amor de Deus até ao desprezo de si." (Santo Agostinho, A Cidade de Deus,2, L. XIV, XXVIII)
"Mas hoje, o que chamamos de modernismo em história religiosa, tem um sentido muito particular. Com este nome designamos uma doutrina e um movimento que foram condenados pelo Papa Pio X, através da encíclica ‘Pascendi’. O Papa Pio X — que foi canonizado — designa o modernismo como uma heresia que tem duplo aspecto: o de ser uma síntese, uma soma de todas as heresias, e o de se esconder traiçoeiramente no interior da Igreja.(...) E eu desejo me exprimir livre e claramente sobre este assunto. Quando eu releio os documentos relativos ao modernismo tal como foi definido por São Pio X, e os comparo aos documentos do Concílio Vaticano II, não posso deixar de ficar desconcertado. Porque aquilo que foi condenado como uma heresia, em 1906, foi proclamado como sendo e devendo ser, de agora em diante, a doutrina e o método da Igreja. Dito de outra forma, os modernistas de 1906 me aparecem como precursores. Meus mestres dele faziam parte. Meus pais mo ensinaram. Como Pio X pôde repelir aqueles que hoje me aparecem como precursores?" (Cfr. Portrai du Père Lagrange, Jean Guitton, Éditions Robert Laffont, Paris, 1992, p. 55 - 56).
A verdade é que o próprio Concílio não definiu nenhum dogma e conscientemente quis expressar-se num nível muito mais modesto, meramente como Concílio pastoral; entretanto, muitos o interpretam como se ele fosse o super dogma que tira a importância de todos os demais Concílios.” (Cardeal Joseph Ratzinger, Alocução aos Bispos do Chile, em 13 de Julho de 1988, in Comunhão Libertação, Cl, año IV, Nº 24, 1988, p. 56)
"Nesse sentido, nós todos somos modernistas. Que aqueles que duvidam disso, ou o contestem, releiam os documentos pontifícios, o decreto Lamentabili e a encíclia Pascendi (1907). O fato é que o longo juramento antimodernista instituído por São Pio X, em 1910, foi abolido (ou resumido a algumas linhas) por Paulo VI um pouco mais de meio século depois." ( Émile Poulat, op cit. Avant Propos da 3a edição, 1995, p. XVII)

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