Informo que fiz algumas alterações no texto do artigo dedicado ao que chamei de ECLESIADEISMO, onde trato também o perigo da separação da Doutrina relativamente à Missa, a memória do que passou com o IBP, o blogue "A Casa de Sarto" e outros assuntos periféricos. O texto que melhorei ainda não me parece bem expressivo. (Consulte o artigo AQUI)
Quanto aos "neologismos" de "modernista conservador" e "modernista progressista", tenho a dizer que um dos frutos das conversações da FSSPX com Roma é ter-se comprovado que entre os modernistas também há uma versão conservadora. Tal afirmação é de fonte segura e apenas vai ao encontro do que tenho dito relativamente à "catalogação" das "espécies católicas". Evidentemente que os restantes são os "tradicionalistas", são muito poucos. São classificações que podem variar porque a situação na Igreja mudou muito depois do Concílio Vaticano II. Dou o exemplo do uso de "conservadores" no tempo do Concílio, ou pouco depois, com o qual se designavam os que conservavam a doutrina contra os inovadores (progressistas). Mas a referência era a Doutrina Católica tal como tinha sido apresentada pela Igreja sempre e não como a apresenta hoje. Em suma, a Doutrina de sempre tinha adeptos conservadores (fieis a ela) e outros que a tentavam mudar (progressistas). Tendo ganho os progressistas, no Concílio Vaticano II, essa "Doutrina" foi sendo gradualmente substituída por uma "doutrina" que por sua vez, hoje, tem adeptos conservadores e progressistas. Ora, é lógico que os conservadores de ontem não são os conservadores de hoje, e que os progressistas de ontem são a grande parte dos conservadores de hoje e que tomaram os grandes cargos na Igreja. No fundo, se tivermos em conta o sentido que as coisas levaram no mundo e no pós concílio, um progressista de hoje acaba por se ir convertendo quase sempre num conservador do amanhã e o progressista de amanhã escandalizaria o progressista de hoje. Em tudo isto só há uma única legitimidade: conservar sempre a Doutrina de sempre (primeiro), e toda a pastoral necessária tem de ser serva humilde da Doutrina de sempre, o será melhor quanto melhor a fizer transparecer e aplicar.
O caso da Nova Missa é preocupante por estar em colisão com a Doutrina da Missa. Os "abusos litúrgicos" apenas são frutos naturais dessa "esquizofrenia". É evidente então que a Missa é um assunto profundamente Doutrinal e tão implicado com a Doutrina (inseparáveis). Como o Santo Padre agiu primeiro relativamente ao Missal Romano (Summorum Pontificum), sem estarem garantidas rápidas correcções à actual Doutrina da Missa, teme-se que, por tempo indeterminado, estejam assim garantidas as condições para um habitat da Missa antiga mas com a doutrina moderna. Tal como Roma não abordou as colisões que existem da nova Missa com a Doutrina de sempre, também não verá colisão entre a Missa de sempre e as modernas doutrinas. Como se crê que Roma nunca se retrata em casos meramente jurídicos, como a pseudo-excomunhão do Arcebispo. Lefebvre, e o Bispos Castro Mayer com os 4 Bispos então recém sagrados, não se crê que algum dia o faça por algo mais grave e doutrinal: os erros implicados no Motu Próprio Summorum Pontificum (em que se consagra a nova Missa como uma irmã gémea cuja mãe é a própria irmã gémea). Também se crê que nem o Papa acredita no que escreveu em tal documento e que aceitar tal atitude ao Papa é nivelar todos os restantes Motus Próprios à mesma falta de seriedade. Ainda há quem acredite que é moralmente correcto enganar os fiéis para obter um resultado positivo, mas quem assim crê esquece que os frutos obtidos com tal esquema de maus fins só pode resultar mal. Enfim, parece-me, no fim de contas, que o demónio reservou um dos seus maiores trunfos para o final do jogo: conseguir opor a Doutrina ao Santo Sacrifício, introduzindo uma pseudo-doutrina e fazendo sair dela o pseudo-Missar Romano para depois trancar na Missa de Sempre a mentalidade da pseudo-doutrina......................................................................
Pelos incómodos dos que se sentem afectados, as minhas desculpas. Estou aberto a sugestões e críticas e a ser cada vez mais doutrinado e moralizado.
(Rezemos uma Avé-Maria)
1 comentário:
"Como o Santo Padre agiu primeiro relativamente ao Missal Romano (Summorum Pontificum), sem estarem garantidas rápidas correcções à actual Doutrina da Missa, teme-se que, por tempo indeterminado, estejam assim garantidas as condições para um habitat da Missa antiga mas com a doutrina moderna." ouuu, e também: ...estejam assim garantidas as condições para m habitat da Missa antiga com o pensamento MENOS-TRADICIONAL.... e por aí fora! Mas o facto é consumado hoje, 2018.
Enviar um comentário