28/09/10

BENTO XVI CONTRA A IGREJA? - FALSO ECUMENISMO

Em 1992, pontificado do Papa João Paulo II, foi publicado um livrinho intitulado Osservatore Romano 1990 (faz par com outro de 1991), em Buenos Aires, e da autoria do Rev. Pe. Tam (se não me engano) quando ainda pertencia à FSSPX.

O livro consiste em recolhas de textos do órgão oficial do Vaticano, L’osservatore Romano do ano 1990, pouco coincidentes com a doutrina. Além da simples recolha, os textos transcritos são colocados lado a lado com a respectiva doutrina ofendida. Genial pela forma rápida e directa de demonstração do estado a que chegou a situação entre os mais autorizados meios católicos.

Não acho que o livro seja tão perfeito assim, tem as suas imperfeições; mas é uma estratégica iniciativa, e boa base de trabalho.

Deixo-vos então uma mostra a respeito do falso ecumenismo da "Nova Igreja":

O Santo Padre João Paulo II, a 22 de janeiro de 1990:

“Um primeiro aspecto refere-se ao esforço ecuménico, ou seja, o cumprimento da unidade entre os cristãos, danificada pelas divisões ocorridas ao longo dos séculos. Este foi um dos principais objectivos do Concílio Vaticano II e continua sendo uma das metas fundamentais da missão eclesial, consequência natural da visão da Igreja como povo de Deus, uno e único, no caminho pela história e em diálogo com todos os homens. A Igreja de Deus que está em Roma, por seu singular identidade e vocação, está chamada a assumir com especial força e determinação esta tarefa, enquanto sede do Sucessor de Pedro, ou seja, daquele ao qual foi confiado de modo particular o ministério da unidade.”*

Mas o Santo Padre Pio XI na Encíclica Mortalium Animo, a 6 de janeiro de 1928:

Falsas Noções de Unidade – “É desconcertante o que alguns se esforçam por introduzir na ordem estabelecida por Nosso Senhor Jesus Cristo com a Nova Lei. Sabendo perfeitamente que é muito raro encontrar homens absolutamente desprovidos de sentido religioso, eles alimentam a esperança de que poder-se-iam atrair os homens, apesar da suas diferenças religiosas, a unirem-se à profissão de certas doutrinas aceites com um fundamento comum de vida espiritual. Por isso, mantêm reuniões, celebram congressos, conferências com um número considerável de assistentes; convidam para as discussões a todo o tipo de homens indistintamente, infiéis de toda a espécie, os fieis, e incluso aqueles que têm a maldição de ter-se separado de Cristo ou que negam asperamente e obstinadamente a divindade da sua natureza e de sua missão. Semelhantes erros não têm nenhum direito a ser aprovados por católicos, porque são apoiados sobre a opinião de que todas as religiões são mais ou menos boas ou louváveis, no sentido de que todas representam por igual – ainda que de formas diferentes – o sentimento natural e inato que nos conduz a Deus e nos inclina com respeito ante sua potência. Alem de se perderem em completo erro, os que sustêm desta opinião rejeita de um só golpe a religião verdadeira, falsificam as noções e inclinam-se ao ateísmo. É portanto evidente que há que abandona-los totalmente.”

O ecumenismo na Igreja está abafado, depois da introdução de um outro conceito de ecumenismo, protestante e dos finais do séc. XIX (mas como que “oficializado” no pós Concílio Vaticano II). Vemos a condenação que dele fez o Santo Padre, que já nesse tempo detectava movimentações para revolucionar a Doutrina.

O falso ecumenismo, chamemos assim a este que não é da Igreja mas que o Santo Padre passeia hoje, é distinto do ecumenismo de sempre (desconhecido hoje da esmagadora maioria).

Como é possível também que o Santo Padre Bento XVI continue a permitir o falso ecumenismo, contra tudo o que a Igreja sempre ensinou?

(* - Está escrito "A Igreja de Deus que está em Roma" e não "A Igreja de Deus, que está em Roma", fazendo entender que a Igreja de Deus não é a que está em Roma, e a que está em Roma seria uma entre outras da Igreja de Deus.)

1 comentário:

Anónimo disse...

a tua visão é intersante e acredita que todos estamos de acordo: estamos contra o "falso ecumunismo". a favor do "verdadeiro ecumunismo".

sabes, na nossa família á quem se porte mal e nós, pela garça de deus, devemos corrigir.

é interessante como há uma mutua confiança, colaboração e a verdade, mesmo assim, está na mãe pois ela é a nossa mae e devemos prestar toda a confiança mas tb toda a ajuda.

não sei porqué mas recorda-me o livro: diálogos sobre a fé, de ratzinger. e de alguma maneira recora-me algumas passagens, Colóquios Noturnos em jeruzalem.

amo essa concordancia do antigo e do novo porque a mãe tem filhos de vários feitos, independentemente de todos prestárem atenção a ela.

eu amo a mae! :-)

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