09/07/17

MODERNISMO - A DEFINIÇÃO É NECESSÁRIA E URGENTE

O modernismo aplica-se e desdobra-se a várias áreas, como seja à filosofia, teologia, sociologia, artes em geral etc.. tomando depois cada qual certo rumo próprio.
 
O blog ASCENDENS insiste que a definição de MODERNISMO é VITAL na Igreja, e era urgente. A indefinição tem feito estragos incalculáveis entre os católicos: uns porque atacam o "modernismo", outros porque dizem não ser "modernistas", outros porque querem olha o modernismo parcelarmente, outras diversas coisas. É um assunto sério, e não há tempo para melindrices.
 
Ao longo dos anos demos indícios e clarificações sobre o MODERNISMO (embora, por prudência e receio nunca tenha sido feito artigo ou obra acabada), esse problema fundamentalmente ONTOLÓGICO; também sobre o problema da volatilidade do conceito no uso, sintoma do mesmo modernismo.
 
O perigo de não saber o que é MODERNISMO e combater o "modernismo" é real,e cada vez será mais notório. O perigo de não saber o que é MODERNISMO e sem saber motivo válido colocar-se fora dele é um problema, que acontecerá cada vez mais. SIM. Não receamos dizer que não poucos que se dizem tradicionalistas são meros "modernistas-conservadores" (havemos de explicar isto melhor, porque poderá parecer contraditório).

Eu, autor deste blog, conheço várias "regiões" da Igreja, o seu clero (vida e formação); falo de algo que conheço de dentro, por décadas, e desde tenra idade, quando me refiro a "modernismo". A literatura respeitante serviu-me mais de complemento, afinação, e confirmação. Da própria pele me sai que: HÁ QUE SABER DEFINIR MODERNISMO, sim , MAS que tal exercício não pode ser feito sem GRANDE PERIGO (porque muitos que se dizem inimigos do modernismo estão mais em situação de ter de corrigir-se, e não poderia acontecer que tentassem uma "definição" que os sirva, piorando ainda mais a situação actual). Da nossa parte, sempre acusámos o que hoje aqui mostramos, sempre dissemos haver confusão de conceitos etc... somos insuspeitos.
 
A visão ONTOLÓGICA é um dos melhores antídotos contra o modernismo, mas sem intelectualismos demasiados, e mais com sentido pratico do olhar do dia a dia.
 
Pois bem ... a quem por esse tempo aqui e em outros lugares fechou os olhos a tal apelo nosso, cá vai:

"O modernismo foi um erro combatido a seu tempo. Ainda hoje influencia certa teologia. Mas, não tem o menor sentido viver numa cruzada paranoicamente anti-modernista! Acusam de modernismo grandes teólogos do século XX, como Henri de Lubac e Yves Congar e denigrem a memória do grande teólogo Hans Urs von Balthasar! Todos esses teólogos eminentes e santos, apesar de serem somente padres, foram feitos cardeais por João Paulo II Magno e são queridíssimos de Bento XVI. Quanto a de Lubac, Ratzinger o considera um de seus mestres! Será que João Paulo II e Bento XVI são hereges modernistas? Ou será que são ignorantes tolos, que nem percebem o perigo desses teólogos? " (artigo de D. Henrique da Costa, 29 de Dezembro de 2008 ainda como Cónego, publicado ainda no seu site pessoal)
 
Chocante? Para alguns será, para outros quase, e para outros estará tudo em conformidade.

Como é mau ter título de "modernista", ninguém o quer ter; como é moda o título de "tradicionalista", muitos o querem. Há que ter esta realidade em grande conta, e reflectir seriamente.

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