24/06/17

O DRAMA - A Associação CAUSA TRADICIONALISTA

Algo propagado nas redes sociais pela associação cultural "Causa Tradicionalista":

Ohh gente misteriosa, dizeis "liberalismo-absolutismo-maçonaria-democrático" depois de no nosso programa "Conversas de Café" usarmos "iluminismo-liberalismo-maçonaria"!

Como colocais "liberalismo" na mesma linha de "absolutismo" se aqueles que em Portugal aceitaram ser chamados "absolutistas" estavam declaradamente nos antípodas ideológicos dos liberais?

E pelo que pugnais vós afinal? Pelo "poder de decisão dos povos"!?. Mas isto não era da propaganda liberal?

Perante tanta confusão... decidam-se! Ou quente, ou frio.

18 comentários:

PT disse...

Acusam o liberalismo (ao qual chamam absolutismo) e clamam por mais liberalismo. Isto é de loucos!

anónimo disse...

Caro PT,

obrigado por comentar.

Muitos dos elementos que integram essa associação são carne para canhão, são boas pessoas até. Há boa gente que, arrastada pelos aspectos que se sabiam previamente ser necessários para os atrair e manter, ali estão sob crença de "um restauro" iminente, que na verdade mais é um desespero. Se perguntamos a alguns dos ingénuos não saberão apresentar razão irrepreensível da sua crença restauracionista; perante a refutação que lhe façam votam ao mesmo, porque nestes mais fácil é a constância do desejo fantasioso que a razão, a realidade, a verdade, lucidez.... etc. Mas dos enganados, nem todos são assim.

Há depois os enganados enganadores, que anos antes da associação ser montada já tinham um estranha acção, na minha opinião, e sem estar agora com maiores explicações, que consistiu em travar a difusão e conhecimento da TRADIÇÃO PORTUGUESA (ou seja a Tradição católica segundo a civilização portuguesa - que muito tem a ensinar ao mundo mas que é praticamente desconhecida e corrige certos vícios e imperfeições de outros meios tradicionalistas - a Civilização Lusa corrige e resolve sertãs lacunas e erros, é a chave que falta), captando-lhe prematuramente os interessados que viessem, dando-lhes uma sopa ora de catolicismo-liberal, ora de tradicionalismo-à-espanhola, ora qualquer coisa que não seja o que deve mas que seja o suficiente para convencer.

Esse grupo pré-associativo, que são eles os criadores de tudo o que seguiu, desde então (e acho que estamos a falar dos anos de 2012, por aí) tiveram duas constantes características:
- Não abdicar da ideia de que o Poder vem do Povo, ou delegado por Deus ao Povo... etc. (há mais coisas por esta linha);
- Não se importar de aceitar ou alterar tudo o resto que agrade às pessoas dentro da "fatia política" onde se resolveram instalar.

Como bem sabe, fomos atacados durante anos, PESSOALMENTE, por uma das mães dessa discreta movimentação da qual saiu a referida associação. Ataques que eram pessoais, difamatórios, caluniosos, todos falsos, sendo que, nem para nos defendermos alguma vez esgrimimos contra essa senhora coisas pessoais; pelo contrário: apresentámos partes da doutrina da Igreja necessárias aos pontos discutidos, e em amena situação tentei incentivá-la a rezar o terço todos os dias. Publicamente fomos chamados de terroristas que misturávamos por termos a doutrina da Igreja por referência das coisas que se haviam de opinar e decidir.

O blog ASCENDENS e seu autor passaram a ser o alvo a abater, mas, como já foram em todos os pontos discordantes refutados pelo seu autor antes da criação da própria associação.......... não só ocultam este blog aos seus seguidores, como nunca procuraram rebater abertamente os pontos discordantes, como aos novos adeptos tratam logo de fazer insistente publicidade das "verdades" que os fixem nos erros rebatidos e os afastem de conhecer a verdade. Esta mesma ignóbil actitude foi usada depois do Concílio Vaticano II no estudo da Teologia: ao mesmo tempo que desaparece a cadeira de Apologética, os "argumentos" contra-ortodoxos foram apresentados como verdades fundamentais repetidas vezes sem conta (veja-se o efeito que isto causa num estudante que, por acaso, iniciasse a leitura de um desses velhos livros de teologia "cheios de erros").

O mesmo grupo pré-associação tem conseguido manter os seus interesses iniciais (o programa), em troca aceita toda a restante decoração que atrai os sócios.

Etc. etc... o assunto dava um livro.... (ou dará...)

Aproveito para solicitar a testemunhos que se manifestem.

Volto sempre.

anónimo disse...

NOVIDADE

A associação CAUSA TRADICIONALISTA reagiu à nossa publicação, publicando no dia seguinte um texto que reafirma o seu erro (como se fosse um bem - toma o erro pela verdade). Este texto é acompanhado de uma bela imagem de Deus protegendo o brasão de Portugal, prova da confusão geral e do crescente estado de necessidade na Igreja: usam-se os nomes e meios católicos mas com um sentido corrompido e até inverso. Vamos ao texto:

"A génese da Nação.

Uma Nação não se improvisa, forma-se ao longo dos tempos. Um Estado pode formar-se apenas pela força das armas e da sorte; uma Nação precisa de tempo para nascer.
Uma Nação pode existir mesmo que subjugada por um poder estranho. O Estado pode improvisar-se por uma revolução.
As manifestações da vida de uma Nação, a sua forma especial de ver e expressar a religião, a ciência, a literatura e a arte não dependem da actividade do Estado, produzem-se à parte, são muitas vezes contrárias a ele, lutam contra ele, ou são oprimidas pela sua força.
Uma Nação sê-lo-á mesmo que dividida em vários estados e se perdida a independência subjugada por outro. A Nação passa da pluralidade política imposta pela força, formada por pactos, ou pelas duas simultaneamente, de um Estado federativo a um Estado centralizador, sem que, nessas mudanças de soberania, nessas trocas e transmutações de Estados deixe de existir o todo moral e a unidade histórica que a forma.
Uma união de diferentes crenças, raças, classes e línguas pode constituir um poder comum, por exigências de ordem e defesa, contra a agressão, mas nunca formarão uma Nação, até que, com o decorrer dos séculos, através de várias gerações, se construa uma unidade moral, se atenuem as diferenças e se forme uma tradição comum que lhes dê uma unidade marcante."

Comparando isto ao que a ala Liberal defendeu no séc. XIX, a diferença é que aqueles tinham ainda conhecimento das coisas católicas que estes já ignoram largamente.

anónimo disse...

anónimo/a ...

quem segue de perto as nossas publicações consegue reagir tão rápido quanto o/a anónimo/a

publicidade 100%, refutações 0%

Volte identificado/a, e torne-se credível com argumentação.

Até ...

anónimo disse...

NOVIDADE II

A associação Causa Tradicionalista acaba de apagar a publicação aqui denunciada, e há uma hora atrás colocaram outra.... também errada:

"O poder e a sua legitimidade

Os ideais revolucionários venceram em França, mas só mais tarde se impuseram na Península Ibérica, onde durante este tempo se foram introduzindo continuamente vírus constitucionalistas o que conduziu a que os tradicionalistas tivessem de recorrer a uma gloriosa, mas inglória luta pela defesa da Constituição histórica.
O poder não nasceu do capricho arbitrário das maiorias que num dia dizem uma coisa e no seguinte afirmam outra, mas sim do direito natural que se transfere em forma de legitimidade – no caso da nossa Monarquia da legitimidade de origem conservada e apoiada na legitimidade de exercício.
A origem do poder, por ter tradição e natureza genuinamente católicas, começou a ser questionada pelos filósofos racionalistas do século XVIII. Esta contestação, partindo do seu carácter marcadamente anti clerical, próprio das revoluções, contribuiu para mais tarde deturpar o direito natural, acabando no jus-naturalismo racionalista que fez aparecer um sem número de constituições originárias de processos revolucionários, tendo como princípio as ideias defendidas pelos filósofos racionalistas anteriores à concretização dos acontecimentos propriamente revolucionários."

Desta vez vamos ajudar esta gente...

1 - "Os ideais revolucionários venceram em França, mas só mais tarde se impuseram na Península Ibérica, onde durante este tempo se foram introduzindo continuamente vírus constitucionalistas o que conduziu a que os tradicionalistas tivessem de recorrer a uma gloriosa, mas inglória luta pela defesa da Constituição histórica."

Quase tudo bem, mas para o vulgo isto dá confusão. Os ideais revolucionários em Portugal foram IMPOSTOS por uma minoria organizada, o mesmo tinha acontecido em França. Contudo, quando nos chegou aqui a ameaça, já sabíamos quem eram os inimigos, e não nos importámos de aceitar a designação maldosa de "absolutistas" (nome retirado de um contexto tal), e tomámos tb. a designação de "tradicionalistas" (que era nome conhecido noutro contexto tal). É feio colocar a França e depois a Península Ibérica, visto que o caso de Portugal não é o caso de Espanha. A Espanha era já constitucionalista (eles mesmo assumiram o liberalismo nesta vertente, e perseguiram a oposição); o nosso caso posterior foi mais de um "descuido" contextual que depois foi corrigido (portanto Portugal fez frente ao constitucionalismo juntamente com o próprio Rei). Em Portugal o constitucionalismo só entrou para ficar por força das armas e contra Portugal, e pela mão dos liberais comandados por um usurpador (D. Pedro IV). O autor, provavelmente, com "constituição histórica" quer dizer que em vez da Constituição queria-se continuar com o costume e dependência mais directa à Tradição como regra de discernimento etc...

(a continuar)

anónimo disse...

2 - "O poder não nasceu do capricho arbitrário das maiorias que num dia dizem uma coisa e no seguinte afirmam outra, mas sim do direito natural que se transfere em forma de legitimidade – no caso da nossa Monarquia da legitimidade de origem conservada e apoiada na legitimidade de exercício."

O poder não nasce, têm-se. O caso de Portugal não é o caso da Espanha, nem o caso de um Principado x, nem o caso da república tal, nem o caso de um reino não cristão etc.. Não se pode considerar pela linha mediana entre todos para daí fazer como que um universal ... Quem mais tem a perder até somos nós, visto termos monarquia tradicional visível até 1834 quando TODOS.... TODOS a tinham já perdido ou tinham perdido seus legítimos reis.

O poder não vem apenas pela via natural; veja-se o Caso de Saúl, primeiro rei de Israel, que foi directamente indicado por Deus. É esta monarquia aquela que os reinos cristãos procuram para fundamentar a maior legitimidade, o maior valor perante o restante. No caso de Portugal a legitimidade do Rei, segundo parece, é Divina, pelo menos assim se acreditou, quando Nosso Senhor lhe dá o território pelas gerações vindouras etc...O Poder na nossa monarquia apoia-se na legitimidade de exercício!? De onde veio a legitimidade do exercício!?.....

3 - "A origem do poder, por ter tradição e natureza genuinamente católicas, começou a ser questionada pelos filósofos racionalistas do século XVIII." ... começa a parecer estranho isso de "a origem do poder" ... o autor deve estar a usar um conceito anacrónico.... Não se entende nisto!

4 - "Esta contestação, partindo do seu carácter marcadamente anti clerical, próprio das revoluções, contribuiu para mais tarde deturpar o direito natural, ..."

Não foi o partidarismo, ou clubismo que explicam a deturpação do direito natural, mas sim a perca e afastamento do pensamento católico (justa interpretação do Tomismo), o relaxamento dos costumes a desgraça (falta da graça) que desordenaram o pensamento de muitos, e que a agrupação destes para partilhar "novas ideias" acabou fazer aparecer ideias com corpo racional que, evidentemente estavam erradas e que no erro acabariam obrigatoriamente por colidir com o pensamento católico. A construção de pequenos erros ao nível do Direito Natural foram uma bola de neve que veio a desencadear as consequências lógicas da aplicação de erros.

5 - "...acabando no jus-naturalismo racionalista que fez aparecer um sem número de constituições originárias de processos revolucionários, tendo como princípio as ideias defendidas pelos filósofos racionalistas anteriores à concretização dos acontecimentos propriamente revolucionários."

Andou a ler tradicionalistas espanhóis!? ... O problema do constitucionalismo não é uma versão qualquer dele, mas sim ele mesmo. Em Portugal o anti-costitucionalismo acabou por revelar-se muito claramente contra uma qualquer CONSTITUIÇÃO. Pode dizer-se, e disse-se que as nossas leis e costumes anteriores eram a nossa "Constituição", mas nunca verdadeiramente que eram a Constituição. Na prática, considerava-se que tendo leis e costumes não tínhamos que criar um perigoso código DISCUTÌVEL para ser assente fora de contextos de tempo e lugar etc.

Anónimo disse...

Esses da associação dizem que são ajudados pelos padres da FSSPX

anónimo disse...

Anónimo,

eu e outros já obtivemos essa informação pelo responsável da página de facebook da associação "causa tradicional". Não seria nada de admirar, nem de alegrar, não se sabe até que ponto essas coisas acontecem, nem como. O blog A Casa de Sarto já tinha em Portugal ensaiado o ressurgimento dessa mitigada meia-linha que não reconhecemos como Portuguesa, mas sim como inferior (assim digo, porque sempre foi essa a convicção). O problema é que estas posições não se fundam no Tradicionalismo mas sim na experiência dos movimentos proclamados como tal; porque o tradicionalismo é um posicionamento e princípio, que gradualmente vai sendo substituído pela experiência dos grupos ou pelo próprio grupo que se diz tradicionalista. A já acostumada porta do mundo jurídico, pela força e candura que lhe costumam todos atribuir, tem avançado em demasia, possibilitando o enraizamento de erros... e, para quem está a entender o que digo mas tem dúvidas, farei uma analogia ilustrativa do caso da condenação de Mons. Lefebvre, a qual queria valer com a força de cânones sobre a força da verdade, da moral, da doutrina etc. a que eles devem estar sujeitos. Vemos o caso dos tradicionalistas espanhóis, nas suas inúmeras ramificações, vemos o que foi essa gente do António Sardinha em Portugal com as suas tantas divisões; vemos o que foi a unidade de tantos e invejáveis séculos da nossa tradicional monarquia é Deus que a pode dar e a nos a obrigação de a defender mesmo quando é impossível operá-la.

Não concordamos com quem se guia pelos efeitos, e não principalmente pelos princípios. Para uns, não vale a pena sacrificar os outros, nem nos é legítimos.

Pior que a república seria o regresso de outra monarquia. O único que nos é obrigatório defender é a NOSSA e MESMA monarquia. Salazar!? Salazar foi fruto de ocasião, e não nos é legítima tentar o mesmo.

Quem tiver dúvidas disto, pergunte aqui.

Miles disse...

Informo o "Ascendens", que tenho em consideração de grande admirador d'"A Casa de Sarto", que esta última vai voltar à actividade regular proximamente e com todas as temáticas tão ao gosto do "Ascendens".

anónimo disse...

... todo eu sou alegria! ...

Olga Teixeira disse...

provavelmente, a maior desgraça de Adam Weishaupt era ter tido ascendência judia...

«Meu plano geral é bom, embora nos detalhes pode haver falhas.»
«Moralidade irá realizar tudo isso e a moralidade é o fruto da iluminação.»
Adam Weishaupt

Adam Weishaupt

Olga Teixeira disse...

todos vivem de opiniões...

anónimo disse...

Ora ora... quem voltou. Como tem passado, Olga?

Não que fique contente com achar que "todos vivem de opiniões", mas fico contente por ficar finalmente claro que assim tem pensado.

"todos vivem de opiniões", crê! Aqui seguimos a VERDADE, o que nos coloca nos antípodas.

Veio em defesa da associação "causa tradicional"? É sócia?

Pode deixar aqui as suas opiniões, que nós comentaremos.

Até já ...

anónimo disse...

Cara Olga,

relativamente às frases desse pioneiro dos Iluminados (pior que maçonaria), o famigerado Adam Weishaupt, há que lembrar que: o plano geral era mau, e a moralidade incompactível com os meios e os fins, e que a ideia de "iluminação" é tudo menos católica.

Não?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
anónimo disse...

(o comentário anterior foi apagado devido ao recurso de ofensas pessoais, e ameaças físicas)

Lourenço de Almada disse...

Caros

Enquanto dedicarmos mais tempo a fazer guerrinhas internas e olhar a falhas nos detalhes de cada um, fruto de sermos filhos de Deus e não sermos deuses, nem anjos, que nos obriga a falharmos no encontro de uma constante busca da perfeição do Bem, o mosso opositor principal vai crescendo cada vez mais com isso e se vai alimentando da nossa desunião.

Um abraço de Bem Haja,
D. Lourenço

anónimo disse...

Caro Lourenço de Almeida, obrigado por comentar.

Para entender o que quer realmente dizer, pergunto a que coisa se refere com "fazer guerrinhas"! Refere-se às denúncias feitas no blog ASCENDENS relativamente aos erros da associação Causa Tradicionalista!?
A que se refere com "internas"!? Quando a associação apareceu aos seus impulsionadores foi negada a ajuda ao projecto/intenção! Justamente pq. não somos da mesma linha... Não é "internas", é "externas".
"Falhas nos detalhes"!? ... Não diz a que se refere! Até parece que coisas que a Igreja condenou são detalhe!
"...de cada um"!? ... a que se refere!? Os apelos aqui feitos são de posição, fundamento, princípios!
Não somos Deuses, diz bem! Mostre-me agora onde comentou num espaço da associação Causa Tradicionalista o mesmo tipo de crítica! Mostra!?
"que nos obriga a falharmos" ... não obriga nada... Basta estudar o Catecismo!
"Busca da perfeição do Bem" é um conceito de "bem" muito estranho, digamos!
"O nosso opositor principal vai crescendo..." nosso!? ... O nosso (daqui) opositor tem em si a associação Causa Tradicionalista! "Desunião"!? Antes da associação aparecer já tinha a nossa advertência de que não aparecesse! Apareceu, problemas intermináveis! "Desunião" Nunca estivemos unidos nem queremos unir em nós o erro que nos custou em não aceitar!

Acho que não está a entender a situação. Mas, se voltar a comentar aqui, pode ser que gradualmente as suas dúvidas desapareçam!

COm os melhores cumprimentos,
Pedro Oliveira

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