01/08/16

A COINCIDÊNCIA - Sto. INÁCIO DE LOYOLA e D. JOÃO V

St. Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus
Ontem, Domingo, dia 31 de Julho, coincide a comemoração da morte de D. João V e a de Sto. Inácio de Loyola . 

Igreja do Colégio do Espírito Santo (Évora - Portugal)
Como o próprio Santo dizia a respeito de um antepassado de D. João V, o seu mais alto patrocinador na terra, "D. João III de Portugal, é o verdadeiro pai dos Jesuítas"; e explicam os da Companhia de Jesus que: tal se dizia, porque foi este Rei quem apostou nos Jesuítas, e os sustentou no seu crescimento e difusão. Os primeiros colégios e edifícios jesuítas são patrocinados e edificados por Portugal, e é o Rei que inicialmente amplifica o universo dos iniciais planos da Companhia de Jesus. O primeiro templo de estilo jesuítico, coisa que muitos não sabem, foi construído por patrocínio da Coroa Portuguesa, em Portugal (Igreja do antigo Colégio do Espírito Santo - Évora). A capela mais cara da história, foi planeada e edificada por D. João V dentro da Igreja de S. Roque, em Lisboa, templo dos Jesuítas que o próprio Rei frequentava (D. João V também foi muito protector dos Jesuítas).

Pormenor da capela do Divino Espírito Santo e S. João Baptista, na Igreja de S. Roque (Lisboa)
D. João V Rei Fidelíssimo, o Magnânimo
Colocar lado a lado um Santo e um Rei, pode não parecer seguro, caso não fosse D. João V aquele que recebe de Roma, para a Coroa Lusitana, o título de Reis Fidelíssimos ("Já mui antes que o Santo Padre Bento XIV concedesse aos Reis de Portugal a sobremaneira honrosa denominação de Reis Fidelíssimos, o Santo Padre Eugénio IV havia concedido aos nossos Reis, que depois da sua Exaltação ao Trono fossem Sagrados à maneira dos Reis de França, e que o Ministro desta Cerimónia Religiosa fosse o Arcebispo de Braga; e não se apontara em nenhum dos séculos da existência destes Reinos algum intervalo notável de anos, em que a Sé Apostólica deixasse de outorgar-lhes as mais exuberantes graças, e privilégios" - D. Fr. Fortunato de S. Boaventura, no "A Contra-Mina", nº42, pag. 2). Em termos simbólicos, D. João V está para o título "Rei Fidelíssimo", como Isabel de Castela está para o título "Rainha Católica", o que ajuda a valorizar esta coincidência do dia da morte, que Deus quis conferir ao Rei e ao Santo.

Em 1717, no mesmo ano da fundação da Maçonaria, D. João V vence a última batalha marítima contra os muçulmanos junto com a Santa Sé, a Batalha de Matapam.

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