06/08/15

GAZETA DE LISBOA - retalhos (I)

A Gazeta de Lisboa teve início em 1715 e traz notícias de todo o mundo. Iremos recortar apenas a parte dedicada a Portugal e Espanha:

1715
(10 e Agosto)

Espanha - Por ordem da Côrte de Madrid chegada 24 de Julho a Barcelona se fez logo partir a armada destinada à expedição de Malhorca, o que se executou dentro de sete dias, sendo composta de 300 embarcações, em que entram os navios de guerra, e seis Galés. Embarcaram-se nelas doze batalhões franceses, doze Castelhanos, e mil cavalos com artilheiros, e minadores; e no caso que sejam necessários, se mandarão embarcar mais dez batalhões franceses, e dez castelhanos que ficarão prontos. Os Cabos desta empresa são o castelhano de Hasfeld Mestre de Campo General, com os Marqueses de Queclus, de Lecheraine, Conde de Ribadeo, e Mons. de Guerchois Sargentos mores de Batalha. Os Malhorquinos têm feito todas as disposições possíveis para se defender, havendo levantado redutos guarnecidos de artilharia, e retratamentos nas partes onde parecia possível o desembarque. Diz-se que tem 800 cavalos, ou Dragões alemães, e ingleses, 2000 Infantes de tropas pagas, e há grande número de ordenanças, que hão tomado as armas. Esta expedição se aprestou para lhe evitar outros maiores socorros que podiam receber. Por cartas de Paris se sabe que ElRei Cristianíssimo [França] teve já a notícia de que havendo-se feito a armada á vela, havia achado as costas de Malhorca em com estado de [?] que sobrevindo um grande vento os lançou para uma parte daquela ilha, onde os Malhorquinos não tinham tropas; e que assim fizeram ali o desembarque sem nenhuma oposição. Acrescenta-se que S. Majestade Cristinaíssima dera esta notícia [?] à meia dizendo: "Já o Rei meu neto não tem mais [?] nos teus Estados."]

Portugal - Suas Majestades que Deus guarde possuem boa saúde [?] Principe nosso Senhor está com alguma melhora, com que nos [?] de um grande cuidado. O Bipos de Miranda D. João Franco de Oliveira, que fora Bispo de Angola, e Arcebispo da Bahia, morreu em Condeixa sua pátria em 2 do corrente. O Arcebispo de Évora D. Simão da Gama faleceu nesta Cidade a 5 na madrugada, e a 6 foi conduzido à Cidade de Évora para ser sepultado na sua Catedral. Todos os Oficiais de guerra que se achavam em grande número nesta Côrte, receberam ordem para dentro de três dias se recolherem às suas Províncias, e [?].

(17 de Agosto)

Espanha - escrever-se de Madrid, que o Marquês Marique havia partido de Malhorca a 16 de Junho, [etc. números de guerra]. Por aviso de Pais de 8 de Julho se acrescenta, que havendo-se feito este desembarque sem oposição, o General Hasfeld havia ganhado uma praça chamada Alcudia, que o Governador queria defender ao princípio, mas que os moradores o haviam obrigado a render-se: que ali se haviam feito 400 prisioneiros, e achado 50 peças de artilharia, cuja nova se havia mandado por expresso a Sua majestade Cristianíssima que ao presente se entendia estar reduzida toda a Ilha á obediência de Sua Majestade Católica; os últimos avisos dizem, que as tropas que reduziram Malhorca voltaram já a Catalunha; porém esperam-se ainda com individuão as notícias deste sucesso.

Portugal - Suas majestades logram saúde perfeita: o Príncipe N. Senhor continua na sua melhora com grande satisfação da Côrte. D. Pedro Alvares da Cunha Senhor de Tábua, e Tinchante de S. majestade chegou da Ilha da madeira onde esteve por Governador com uma viagem de 28 dias, e na mesma embarcação chegou o Bispo do Funchal D. José de Sousa de Castelo-Branco. Por cartas de Cadiz se tem aviso, que o Brigadeiro D. Luís José da Gama, irmão do marquês de Nisa, chegou àquela Cidade livre do cativeiro do Rei de Mequinez, tendo alcançado a liberdade antes de lhe chegarem as letras para a satisfação do seu resgate, havendo-a o Capitão de um navio francês, que se achava no porto Salé, abonado generosamente, obrigando a ela a sua pessoa, e o seu navio: este Cavaleiro vindo já liberto foi novamente apresado por um corsário de Tanger, e levado àquele porto; donde havendo escrito a Salé, e provando o ajuste do seu resgate foi mandado livre a Cadiz.

(24 de Agosto)

Espanha - Madrid 9 de Agosto: As cartas de Alicante, dizem haver entrado naquele porto um navio Português de 54 peças de artilharia, e 140 homens de guarnição, o qual havia sustentado um combate de 5 horas conra três corsários de Tunes, os quais foram obrigados a retirar mui mal tratados, ficando mortos só 10 homens da parte dos Portugueses. Das notícias de Madrid se diz que S. majestade Católica vai reformando os novos Regimentos dos Tribunais, repondo-os na mesma forma em que se achavam dispostos, no reinado do defunto Rei Carlos II, e se acham já restituidos àsua primeira forma os Conselhos da Fazenda, e Índias; e se dá que chegara à dita Côrte Mons. Aldobrandi por ordem de S. Santidade, para nela tratar de negócios da Santa Sé.

Portugal - Lisboa 14 de Agosto: D. Tobias de Boura Cavalheiro Irlandês, a quem S. majestade Católica escolhei para passar à Suécia com o carácter de seu Enviado extraordinário, e se achava há dias nesta Côrte por não ter ocasião pronta de embarcação para Estocolmo, se há embarcado com efeito num navio Inglês, que o há de conduzir até Hamburgo. O Conde de Óbidos Meirinho mór do Reino, e Aio de Suas Altezas os Senhores Infantes Dom António, e Dom Manuel, deu infelizmente uma grande queda ao sair da sua carruagem, em tal soma, que quebrou uma perna; mas na moléstia desta cura, cuja primeira operação sucedeu com o mais constante valor, teve também a honra de ser visitado por estes dois Príncipes. O Brigadeiro D. Luís José da Gama de quem numa das precedentes se há falado, é sobrinho deste Conde, na atenção deste parentesco havia já o Senhor Infante D. Manuel oferecido todo o dinheiro, que fosse necessário para o seu resgate; e efectivamente o houvera feito, se a generosa grandeza de S. Majestade, não tivesse tomado por sua conta a liberdade deste Cavalheiro, fazendo passar logo todos os créditos necessários para a sua satisfacção.

(31 de Agosto)

Espanha - Madrid 16 de Agosto: As cartas de Malhorca referem, que havendo a armada feito desembarque naquela Ilha a 16 de Julho em Cala-Longa, marchara logo o Conde de Asfeld com todo o Exército sobre a cidade de Palma, que é a capital, fortificada com 15 baluarte, e guarnecida com 3000 homens de tropas pagas, à ordem do Marquês de Buby, e fez notificar aos moradores, que lhes faria toda a boa passagem se quisessem entregar-se na obediência de seu verdadeiro Soberano, porque de outra sorte experimentariam o último rigor. O General Marquês de Ruby resoluto a defender fez marchar as tropas para as muralhas, porém os moradores tomando as armas, fizeram uma espécie de túmulo, que o obrigou a capitular as condições seguintes. [seguem as "Condições, em que Conviveram os Comandantes das Tropas dos Dois Partidos para a Evacuação das Ilhas de Malhorca, e Ibiza"].

Portugal - Lisboa 31 de Agosto: Mons. Firrao Núncio Extraordinário de S. Santidade, que em 25 do passado apresentou a S. majestade em audiência pública as faixas, de que o Papa fez presente ao Príncipe nosso Senhor, recebeu ordem para ficar continuando a sua assistência nesta Côrte, e tratar nela alguns negócios da Santa Sé, e em 17 do corrente teve a primeira audiência de S. Majestade. A grande aplicação que S. Excelência tem às letras lhe fez erigir no seu palácio uma doutíssima Academia de conferências literárias sobre história, e Cânones sagrados. Sábado 24 do corrente: se fez primeira conferência, em que se discorreu sobre a história, Cânones, e Dogmas do Sagrado Concílio Neceno, assistindo a ela o Eminentíssimo Senhor Cardeal da Cunha, e Mons. Bicht Núncio Apostólico Ordinário nesta Côrte, alguns Senhores da primeira qualidade, e os Religiosos mais doutos dos Conventos desta Côrte. Abriu a conferência com uma muito erudita, e eloquente oração o Exc. Senhor Conde da Ericeira; fazendo-se digno acredor do aplauso de todos os Académicos, como sempre o tem sido em todos os actos literários. Os sujeitos a quem coube por sorte por bilhetes o discorrer nesta primeira sessão, foram o Doutor João da Mota Cónego Magistral da Capela Real; o Pe. João Tavares da Companhia de Jesus, Resultor dos casos de S. Roque; o Pe. Mestre Fr. José da Purificação religioso da Ordem de S. Domingos, Lente de Prima de Teologia. O primeiro discorreu sobre os Sagrados Cânones; o segundo sobre os Dogmas; o terceiro sobre a história do  dito Concílio: todos doutra, e eruditamente com aprovação do auditório.

REFORMA DO EXÉRCITO: Sua majestade, que Deus guarde, querendo aliviar aos povos de alguns dos tributos que lhes havia imposto com a ocasião da guerra, foi servido ordenar por Decreto de 20 do presente mês de Agosto, que se reformasse o seu exército, ficando aquele número de Infantaria, e Cavalaria que fosse preciso para guarnição das Praças fronteiras, e que dos 34 Regimentos de Infantaria de lotação de 600 praças cada um que havia no Reino, se formassem neste Regimentos de 500 homens cada um, repartidos em dez companhias de 10 [50?, 60?,80?] praças cada uma, in[?]os os Oficiais delas, além dos dois Regimentos da Armada Real, e da [?] do Comércio, que são da lotação de 1000 homens cada um, e do da cidade do Porto, os quais por não serem pagos pela repartição das Fronteiras, ficam na mesma forma em que se acham, importando por este modo toda a Infantaria em 12600 homens.
Em quanto à Cavalaria foi também o dito Senhor servido, que dos 20 Regimentos de Cavalaria que havia de lotação de 480 cavalos cada um, se escolhessem 3000, e deles se formassem 10 Regimentos de 300 cavalos, repartidos em dez companhias, tendo cada uma 30, inclusos os Oficiais dela, e assim mais dos Soldados desmontados para suprimirem as faltas dos que adoecerem.
Os Regimentos de Cavalaria se hão de formar pela maneira seguinte dos dois, que há na Corte, se hão de escolher doze companhias, e do Alentejo hão de vir oito para complemento das vinte, que nesta Província da Estremadura hão de ficar perfazendo dois Regimentos.
Dos da Província do Alentejo, e dos Reinos do Algarve se hão de formar 48 tropas, as 8 que hão de vir para a Côrte, e as 40 que hão de ficar naquela Província em 4 Regimentos.
Dos dois Regimentos que há na Província da Beira, se hão de escolher 10 tropas, que com 8 que hão de ir da Província do Minho, fazem 20 para os dois Regimentos de Cavalaria, que ficam na dita Província.
Na de Trás-os-Montes há 3 Regimentos de Cavalaria, dos quais se hão de escolher 16 tropas, e da Província do Minho hão de ir 4 para também fazem o computo de dois Regimentos que naquela Província hão de ficar.
No Reino do Algarve, e na sobredita Província do Minho não fica Cavalaria alguma.
ENQUANTO À INFANTARIA: Ficarão 5 Regimentos em Lisboa, e Província de Estremadura.
No Alentejo 7; Na Beira 2, Na de Trás-os-Montes 2; Na do Minho 2; No Reino do Algarve 2; Foi também S. Majestade servido fazer meter a todos os Oficiais, que ficam reformados de que vençam a metade dos 6 soldos enquanto não forem acomodados nos postos, que vagarem das mesmas graduações, para o que hão de ter preferência a outros quaisquer opositores.
OS OFICIAIS QUE SUA MAJESTADE NOMEOU PARA os ditos Regimentos, são os seguintes: [etc...]

Faz-se aviso às pessoas curiosas da língua Francesa haver chegado a esta Côrte há pouco tempo, um estrangeiro apelidado De Ville Francês de nascimento, natural da Cidade de Paris, o qual fala língua Latina, Alemão, Italiano, Castelhano, e Português; e tem um método muito fácil para ensinar em pouco tempo a toda a sorte de pessoas, ainda às de cinco para seis anos, as que quiserem servir-se do seu préstimo se podem encaminhar a casa de Manuel D[?] Livreiro na rua da Cordoaria velha.

(5 de Setembro)

Espanha - Madrid 23 de Agosto: Tem-se ffeito aviso de Nápoles aos Senhores Castelhanos, que têm estado naquele Reino, para que mandem cuidar deles; e fazer a cobrança dos seus rendimentos, de que se infere que a paz entre esta Coroa, e o Império se acha muito adiantada. Sua Majestade confirmou ao Marquês de Monteleon o seu ordenado de Embaixador no assento dos negros; o mesmo fez a D. Luís de Miraval nosso Embaixador na Holanda; e agora se mandaram dar no mesmo assento 8000 dobrões ao Duque de Osluna para a despreza da sua jornada; porém os Ingleses não querem aceitar estas livranças, de que se mande que a guerra com Inglaterra está mui vizinha. Por cartas de Cadiz se sabe, que um pataco Francês de 50 toneladas chamado a Galé de Cadiz, montado de 4 canhões com 12 homens de equipagem, pelejou à vista daquele porto por tempo de duas horas contra uma galeota de Tanger, da qual se livrou pelo muito valor, de destreza de M[?] Louzier seu Capitão, que estava resoluto a vender cara a sua liberdade, e que um navio Inglês chegado dois dias depois aquele porto refere, que antes de sair de Tanger, vira recolher a dita galeota tão mal tratada, que logo se mandara desarvorar, e encalhar em terra, que não tinha mais que 5 peças de artilharia, mas que era guarnecida de 140 homens, de que levava 40 mortos, e muitos feridos.

Portugal - Lisboa 7 de Setembro: Sua majestade que Deus guarde, foi servido nomear a Sebastião Pessanha de Andrade Promotor do Santo Ofício de Évora, para Arcebispos de Goa. Também nomeou Ministros para o Tribunal da Junta do Tabaco, para Deputados ao Doutor Belchior da Cunha Brochado Conselheiro da Fazenda, António de Beja de Noronha Desembargador do paço. Para procurador da Fazenda Real no dito Tribunal o Doutor Lopo Tavares de Araújo Desembargador doas Agravos; e para Confessor o Doutor Manuel Fernandes Varges Desembargador da Casa da Suplicação desta Cidade, Auditor que foi do Exército em Catalunha. D. José Maria Leonardo de Castro filho único José de Castro faleceu em ado com pouco mais de um ano de idade, e sentimento geral de toda a Corte, por ser mui desejado há muito tempo, e não terem outro sucessor na sua casa, havia nascido a 26 de Julho do ano de 1714 e foi sepultado na Inglaterra de S. Francisco num dos jazigos de seus Avós. No mesmo dia pariu a Excelentíssima Condessa da Galheta com bom sucesso uma filha.
Por aviso de Salé de 12 de Agosto se sabe haverem saído daquele porto dois navios armados de 16 peças e de 250 homens cada um, para andarem a corso nos nossos mares, e que ainda se estavam aprestando outros. Um navio Inglês chegado de Hamburgo a 28 do passado refere, que arribando a Po[?]moath, donde saiu há 15 dias, vira estar aquele porto 48 horas fechado para fazer marinheiros para as naus de guerra, que a toda a pressa se estão armando em Inglaterra.
Na Gazeta passada se fez relação dos Oficiais maiores, que S. que Deus guarde nomeou para haverem de ficar na reforma geral do seu exército; e como nela se declaravam as Províncias em que haviam de ficar somente os Coronéis, por se não ter ainda feito repartição dos Oficiais subalternos, que pertencem a cada Coronel, se dá agora notícia na forma seguinte: [etc..]

Na Oficina Real Deslandesiana se imprimiram este ano de 1715 os livros seguintes:
- Tratado Analítico, e Apologético, sobre os provimentos dos Bispados da Coroa de Portugal, livro de folha, Autor Manuel Rodrigues Leitão, Colegial, que foi no Colégio Real de S. Paulo na Universidade de Coimbra; e Lente de Cadeira de Decreto na mesma Universidade, Desembargador da Casa da Suplicação, e Deputado da Fazenda, e Estado da Rainha nossa Senhora, e depois Fundador, e Propósito da Congregação do Oratório da Cidade do Porto; vende-se na Portaria da mesma Congregação desta Cidade;


- Mathaeus Explanatus, livro de folha quarto tomo fim da obra; Autor Fr. Manuel da Encarnação Pontevel, Religioso da Ordem de S. Domingos. Vende-se na Portaria do mesmo Convento;
- Cirurgia Reformada, dois tomos num só volume de folha, Autor o Licenciado Feliciano de Almeida Cirurgião do número da Casa de S. Majestade. Vende-se em casa do mesmo Autor na rua da Atalaia, e na rua Nova em casa de Manuel Vaz Tagarro;
- Expurgatório Theologiae Moralis, livro de quarto. Autor o Pe. Manuel Sanches Clérigo Presbítero do hábito de S. Pedro. Vende-se em casa do mesmo Autor na sua dos Odreiros;
- Tácito Português, livro de quarto, Autor Luís de Caito Feliz. Vende-se na mesma Oficina na rua da Figueira;
- Rosa de Nazaré nas Montanhas de Hebron, livro de quarto, Autor o Padre Alexandre de Gusmão da Companhia de Jesus. Vende-se na rua nova de Almada em casa de Feliz Zorita. Vende-se também no Colégio em casa de Manuel Gomes;
- Fortificação Moderna, livro de quarto, traduzido de Francês no idioma Português;
- Cirurgia Completa, livro de quarto, Autor Mons. Le Clerc, traduzido de Francês em Português por João Vigier; vende-se em sua casa, e em casa de Feliz Zorita.

(14 de Setembro)

Espanha - Madrid 27 de Agosto: Ante ontem se celebrou o dia do nascimento de S. Alteza o Príncipe de Astúrias, que entrou em 9 anos: passando todos os Cavalheiros, e Ministros a beijar as mãos a SS. MM. e AA.. O Duque de Saint-Agnant Abaixador de França, infinou o seu festejo com um magnífico jantar, a que foram convidadas as primeiras pessoas de distinção desta Corte. Ordenou S. Majestade Católica que as Damas casadas, que servem a Rainha sua Esposa, não morem, como até agora dentro no Paço; e assim se pôs logo em execução. Estas Damas são a Senhora Duquesa de Havre sobrinha da Princesa dos Urfinos. D. Teresa de Cordova Marquesa de la Casta mulher de D. Alexandre Lanti Sobrinho da mesma Princesa. A Princesa de Robecque filha do Príncipe de Solre que vive em França, e a Marquesa de Crevecoeur filha do Príncipe de S. Buono.

Portugal - Lisboa 14 de Setembro: A 7 do corrente se celebrou em palácio o dia de anos da Sereníssima Rainha N. Senhora beijando as mãos a Suas Majestades toda a Nobreza, e Ministros da Côrte: No mesmo dia beijaram também a mão a ElRei N. Senhor que Deus guarde, o Conde de Valadares D. Miguel Luís de Meneses, o Conde de Santiago Aposentador mór, o Conde de Val dos Reis, o Conde de Coculim, e D. José Manuel Deão da Capela Real, e Sumilher de Cortina, pela mercê que S. Maj. lhes fez de os nomear Deputados da junta dos três Estados. Também S. Maj. fez mercê ao Duque D. Jaime da Presidência da mesa da Consciência e Ordens Militares em 9 do corrente; o Marquês de Marialva Gentil-homem da Câmara de S. Majestade baptizou a 7 um filho, a quem deu o nome de Pedro relativo ao de ambos seus avós os Marqueses de Marialva, e de Angeja; e no dia seguinte baptizou o Conde de Vila Verde seu irmão uma filha, a quem puseram o nome de Maria, e é a sua primogénita.

(a continuar)

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